Reformulação total no Bulls?
Alguns técnicos têm estado na corda bamba desde o começo da temporada, e Jim Boylen, do Chicago Bulls, é um deles. Houve já certa dúvida e especulação sobre quem seria o primeiro treinador a ser demitido na atual temporada, mas tudo indica que Jim Boylen vai puxar a fila. No comando de um elenco talentoso, ele não tem conseguido extrair resultados em Chicago, o que trouxe grande dose de frustração para torcida e diretoria.
O time terminou a temporada passada em boa fase, e a expectativa era de que com a manutenção do núcleo e boas adições na offseason a equipe pudesse competir por uma vaga nos playoffs, ou pelo menos estar nesta bolha. Com apenas seis vitórias em seus 18 primeiros jogos, parece que a paciência de Jerry Reinsdorf, dono da franquia, estaria no limite. Além de Boylen, Reinsdorf estaria propenso a demitir o GM Gar Forman, por uma série de decisões ruins que foram se acumulando ao longo do tempo. Doug Collins, que foi técnico do Bulls nos anos 80, é um dos principais conselheiros de Reinsdorf e nunca foi muito fã de Forman. Sua opinião tem pesado bastante contra o GM perante o dono da franquia, e com isso a ideia de uma reformulação total de diretoria e comissão técnica vem ganhando força em Chicago.
Independentemente da situação de Forman, Boylen é o principal ameaçado, pois sua demissão pode até mesmo servir de bode expiatório para o GM numa tentativa desesperada de se manter no cargo. Trocas também não podem ser descartadas em Chicago, pois o encaixe do elenco não foi o ideal e existem carências em determinadas funções com sobras de opções em outras. A busca por maior equilíbrio pode entrar na pauta a partir de 15 de dezembro, quando se abre a temporada de trocas dos contratos assinados na última offseason.
Pelicans tem decisão difícil com Ingram
Com o anúncio das extensões de contratos de calouro antes da temporada, uma ausência que se destacou foi a de Brandon Ingram. O New Orleans Pelicans optou por não fazer uma proposta ao atleta, e com isso ele ficou em posição para se tornar agente livre restrito ao final da atual campanha.
De lá pra cá, Ingram deu um salto de produção dentro de quadra e com isso valorizou seu nome fora dela. O GM David Griffin já disse que tem intenção de renovar com o atleta na offseason e mantê-lo no time para fazer dupla com Zion Williamson, mas a temporada de afirmação do jovem de 22 anos vai deixar muita gente interessada.
Numa offseason que projeta poucos nomes de peso no mercado, com certeza Ingram vai receber uma oferta de contrato máximo ou próxima disso, e o Pelicans vai precisar pagar caso deseje manter o jogador. A decisão se torna ainda mais difícil com a expectativa de um encaixe complicado entre Ingram e Zion, mas a equipe vai contar com o restante de toda esta temporada para fazer esta avaliação.
Aaron Gordon no radar de muitos times
Defensor de excelente nível, versátil, prestes a entrar em seu auge e com contrato amigável. Não são poucos os predicados que qualificam Aaron Gordon, e por isso mesmo vários times estão de olho na situação do ala-pivô no Orlando Magic.
A equipe da Flórida tem muitos nomes para seu frontcourt. Nikola Vucevic, Mo Bamba, Jonathan Isaac e Al-Farouq Aminu, além do próprio Gordon, disputam minutos nas posições de garrafão. O resultado é que Isaac e o próprio Gordon por vezes são deslocados para o perímetro, de modo a acomodar todo mundo.
De qualquer forma, a ascensão de Isaac nesta temporada fez de Gordon uma peça dispensável em Orlando. Não é que o time queira trocá-lo, mas levando em conta seu valor no mercado, pode ser um movimento interessante para Orlando reforçar outras posições mais carentes, como a armação.
Seu contrato é outro grande atrativo. Ele assinou uma extensão de US$ 76 milhões por 4 anos em 2018, mas com salário decrescente ao longo dos anos. O Magic fez este tipo de negócio justamente pensando em agregar valor de troca ao jogador. Com isso, seu último ano de contrato vale US$ 16,4 milhões, apenas 13% do teto salarial projetado para 2022. Uma verdadeira barganha para algum time de acabe adquirindo o atleta.
Shams Charania (The Athletic) não citou interessados, mas já disse que várias franquias estão monitorando a situação de Gordon em Orlando com bastante apetite. As lesões recentes de Aminu e Vuvevic fazem com que o Magic não tenha pressa em trocá-lo, mas assim que estes jogadores voltarem, as especulações podem aumentar. Vale a pena ficar de olho, pois este é um nome que deve fazer parte de qualquer especulação de troca grande nesta temporada.
Valor de troca de estrelas do Spurs
Na coluna passada, falamos muito sobre a dificuldade que o San Antonio Spurs teria em trocar DeMar DeRozan e LaMarcus Aldridge, pela baixa percepção de valor de troca de seus astros perante outras franquias. Frank Urbina e Alex Kennedy (Hoopshype) conversaram sobre o tema com diversos executivos da NBA, e todos compartilharam o sentimento de dificuldade em encontrar um negócio que interesse ao Spurs.
De modo geral, a incerteza sobre o próximo contrato de DeRozan e seu encaixe difícil na maioria dos times da NBA permeiam as dúvidas sobre o ala, enquanto que no caso de Aldridge o principal fator é a idade, já que times não estão dispostos a dar um ativo de valor por um atleta que possivelmente não tenha mais do que uma temporada em alto nível restante em sua carreira.
Enquanto isso, o Spurs segue patinando na competição e a situação fica cada vez mais delicada. A diretoria liderada por R.C Buford nunca esteve tão pressionada desde que assumiu o comando da franquia, em 1997.