Giannis Antetokounmpo pode ainda não estar no “trono” da NBA, mas está cada vez mais próximo do topo. Com apenas 24 anos, o astro do Milwaukee Bucks foi escolhido MVP da última temporada e comandou a franquia à melhor campanha da liga nesse ano. O que ele já pode fazer com tão pouca idade impressiona, mas, talvez, o mais assustador seja o que ainda acredita que pode tornar-se.
“Há muitos aspectos do jogo em que posso melhorar. Eu preciso aprimorar a minha técnica e existem vários pontos a serem trabalhados ainda. Muita gente diz que já sou um dos melhores jogadores da liga, muito dominante, mas realmente acho que posso chegar a outro patamar. Acredito ter atingido só 60% do meu potencial, do quão bom posso ser”, avaliou o craque grego, em entrevista à ESPN.
O que ficou faltando para Antetokounmpo foi o título, obviamente: o Bucks acabou “parando” nas finais de conferência, diante do futuro campeão Toronto Raptors, em seis partidas. O jovem ala apostava que a equipe de Wisconsin tinha chances reais de título na temporada passada e não escondeu o desapontamento com a eliminação precoce, mas continua vendo caminho claro e aberto para a glória.
“Eu gostaria que Kawhi Leonard tivesse permanecido em Toronto, pois adoraria enfrentá-lo em uma série de playoffs mais uma vez. Mas a NBA é assim: trocas acontecem e jogadores mudam de times. Teremos nova oportunidade em 2020, com o campo aberto para candidatos, e precisamos tirar vantagem disso para realizarmos feitos grandiosos, chegarmos ao objetivo final”, projetou.
Para muitos, o duelo com Leonard na decisão do Leste jogou luz sobre algumas das melhorias que Antetokounmpo ainda precisa fazer em seu jogo para comandar um elenco campeão. O astro, sincero, não discorda. “Eu trabalho todos os dias para, se estiver na mesma situação daquela série no futuro, possa jogar melhor. Eu quero reagir melhor, executar melhor, performar melhor”, reconheceu o MVP da liga.
O craque finalizou a última campanha com médias de 27.7 pontos, 12.5 rebotes e 5.9 assistências, além de quase 58% de conversão nos arremessos de quadra – todas, maiores marcas da carreira. A ótima temporada em um mercado pequeno, como Milwaukee, sempre levanta discussões sobre o futuro do jogador, que será elegível para assinar um contrato supermáximo com a franquia em 2020.
“Eu só quero ser parte de um time campeão. Meu objetivo sempre será o mesmo: melhorar diariamente com os olhos no título. E, contanto que estejamos alinhados sobre isso, por que não atuar uns 20 ou 25 anos em Milwaukee? Por que não ficar aqui após o fim da carreira, ser dirigente ou treinador? Enquanto compartilharmos essa mentalidade, não há motivos para ir embora”, concluiu o ala, mantendo seu discurso de lealdade ao Bucks.