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Russell Westbrook já conseguiu a temporada com média de triplo duplo. Na derrota do Oklahoma City Thunder para o Phoenix Suns, o astro precisava de seis assistências para atingir tais números. Conseguiu oito, mas nem assim foi bom o bastante para ele. Westbrook queria mais. A meta era superar o recorde que havia igualado durante a semana, deixando Oscar Robertson para trás.
Tudo bem. Eu entendo, juro. Mas essa obsessão pode deixar uma mancha.
Claro que daqui a alguns anos, ninguém vai ficar lembrando que o camisa 0 forçava passes ou seus colegas deixavam o caminho livre para ele pegar rebotes (Steven Adams deve ganhar uma pizza por jogo), porém é impossível deixar de notar tais fatos.
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Sim, a temporada que Westbrook faz é algo fenomenal e possui números de MVP. Na história da NBA, apenas Robertson e ele tiveram campanhas com triplo duplo de média. Estamos presenciando algo grandioso, sem dúvida alguma. No entanto, a forma que acontece chega a incomodar em alguns momentos.
Contra o Suns, especificamente, ele havia “amassado” o aro. Acertou apenas seis em 25 tentativas. Tinha que passar a bola mesmo, já que a noite não estava tão boa assim nos arremessos. É uma justificativa mais do que plausível. Só que tudo tem limite.
No entanto, ninguém quer ser o Andrada da vez. Quem foi Andrada? Eu sei, provavelmente você nunca ouviu falar dele. Ele é o goleiro que levou o milésimo gol de Pelé. Ele queria ser lembrado por isso? Claro que não. E isso aconteceu no Rio de Janeiro, diante do Vasco. Com o Maracanã lotado, Pelé sofreu pênalti e a torcida adversária vibrou. Quando ele fez o gol, foi aplaudido de pé — até porque na época tinha a geral, mas mesmo assim.
O Suns não queria ser o time que levou o 42° triplo duplo de Westbrook. Simples assim. Especialmente no fim da partida, quando a equipe do Arizona liderava por larga vantagem e o armador ainda estava em quadra. Fazendo o que? Buscando números. Poderia estar no banco, descansando, já que em uma semana começam os playoffs. Mas o time está tratando de resolver primeiro a questão do recorde. Justo?
Ainda restam três jogos para que ele consiga superar Robertson. Deve passar, pois o Thunder vai encarar o Denver Nuggets duas vezes nesse período. Não que o Nuggets seja ruim, longe disso. É que o time luta por uma vaga na pós-temporada contra o Portland Trail Blazers, e sua missão não é parar Westbrook, mas sim, garantir um lugar entre os oito melhores do Oeste.
Particularmente, acho que ele quer acabar logo com isso e, neste domingo, terá mais uma chance. Mesmo que não consiga o 42°, Westbrook já pode se orgulhar de ter feito uma temporada memorável. Ele busca a história.