Portland Trail Blazers
2015-16: 44-38, quinto lugar na conferência Oeste
Playoffs: Eliminado pelo Golden State Warriors na semifinal de conferência em cinco jogos
Técnico: Terry Stotts (quinta temporada)
GM: Neil Olshey (quinta temporada)
Destaques: Damian Lillard, C.J. McCollum
Time-base: Damian Lillard – C.J. McCollum – Moe Harkless – Al-Farouq Aminu – Mason Plumlee
Elenco
0 – Damian Lillard, armador
6 – Shabazz Napier, armador
3 – C.J. McCollum, ala-armador
23 – Allen Crabbe, ala-armador
5 – Pat Connaughton, ala-armador
8 – Al-Farouq Aminu, ala
4 – Maurice Harkless, ala
1 – Evan Turner, ala
10 – Jake Layman, ala
17 – Ed Davis, ala-pivô
11 – Meyers Leonard, ala-pivô
21 – Noah Vonleh, ala-pivô
24 – Mason Plumlee, pivô
31 – Festus Ezeli, pivô
54 – Greg Stiemsma, pivô
Quem chegou: Shabazz Napier, Evan Turner, Jake Layman (draft), Festus Ezeli, Greg Stiemsma
Quem saiu: Cliff Alexander, Gerald Henderson, Chris Kaman, Luis Montero, Brian Roberts
Revisão
A previsão era a mais pessimista possível. Depois de perder jogadores como LaMarcus Aldridge, Wesley Matthews, Nicolas Batum, Robin Lopez e Arron Afflalo, era inaceitável acreditar que o Portland Trail Blazers chegaria aos playoffs. Claro que para Terry Stotts, seus jogadores e torcedores, as chances eram melhores que um eventual 15° lugar na concorrida conferência Oeste. Mas chegar em quinto na temporada regular e avançar sobre o lesionado Los Angeles Clippers para a semifinal, aí sim surpreendeu de vez.
Claro que sabíamos do potencial de Damian Lillard e não havia um segundo nome naquele time até então. C.J. McCollum era projetado como o seu reserva ou até mesmo de Gerald Henderson. Mas este último começou a temporada machucado e McCollum ganhou a posição para jamais perdê-la. O ala-armador tornou-se o segundo cestinha da equipe e mostrou ter mais do que apenas um ímpeto ofensivo.
O Blazers começou bem a temporada, seguiu vencendo e assombrando quem o enfrentava. Deu no que deu. O time foi o verdadeiro vencedor de 2015-16. Perdeu quase todo time titular (dos bons) e mesmo assim, foi longe. Muito longe.
O perímetro
Com Damian Lillard e C.J. McCollum, o Blazers tem as suas principais armas para o ataque. Os dois representaram 49% das cestas de três e 41.1% dos pontos totais de toda equipe. É algo comparado somente ao que o Golden State Warriors fez em 2015-16, com Stephen Curry e Klay Thompson (46.6% em três pontos e 44% de todos os pontos).
A ideia é jogar com formações mais baixas, como em boa parte do ano passado, especialmente quando Terry Stotts sacou Meyers Leonard da equipe. O ótimo defensor Al-Farouq Aminu e o ala Moe Harkless vão fazer as posições quatro e três, respectivamente. Isso se não for o contrário em algumas ocasiões. Mas o Blazers ainda trouxe Evan Turner, ex-Boston Celtics, que sabe coordenar o ataque. Turner vai ajudar nas decisões tomadas e vai tirar um pouco o peso sobre Lillard. O time conseguiu manter Allen Crabbe, um grande arremessador de longa distância, que esteve muito próximo de ir para o Brooklyn Nets. Crabbe recebeu proposta do Nets, mas o time do Oregon a cobriu.
O garrafão
Na área pintada, Mason Plumlee é bastante versátil e consegue arremessar de média distância, além de ser um ótimo passador para alguém da posição. Ed Davis, Meyers Leonard e Noah Vonleh, vão brigar por alguns minutos na rotação enquanto Festus Ezeli se recupera de lesão. Ezeli foi contratado por US$ 15 milhões pelas próximas duas temporadas, após deixar o Golden State Warriors. O pivô, de 27 anos, traz intensidade ao garrafão, embora não seja grande opção ofensiva. Apesar de o time não contar com nenhum especialista no assunto, o Blazers foi o quinto que mais rebotes pegou em toda a campanha passada, com média de 45.5.
Análise geral
https://www.youtube.com/watch?v=0TlQP_KzOko
O Blazers tem a chance de repetir o que fez em 2015-16 e ir mais além. A ideia é utilizar a base que deu certo e progredir em cima dela. A ótima apresentação do Blazers na temporada passada deixou a sensação de que essa equipe tem futuro e, com os ajustes corretos, o time pode ser ainda mais forte. Impactante no ataque e bem dirigido por Stotts, o time vai brigar pelos primeiros lugares da conferência Oeste, sem surpresas.
Lillard deveria ter ido ao Jogo das Estrelas e foi esnobado. Apesar disso, ganhou respeito pela ótima campanha e acabou sendo eleito para o segundo time ideal da NBA. A tendência é que volte ao ASG. Enquanto isso, McCollum vai se estabelecendo como um dos melhores cestinhas jovens da liga. A diretoria do Blazers pode até dizer que tudo foi planejado e que havia a confiança suficiente para que o time chegasse onde chegou. Mas, sinceramente, lembra muito o que aconteceu com o Toronto Raptors há alguns anos, quando Masai Ujiri chegou para fazer a reconstrução do elenco, mas nem precisou e o time deu liga e hoje é um dos melhores do Leste. Por mais times assim.
Previsão: quarto lugar na conferência Oeste