Campanha em 2015-16: 57-25, primeiro na conferência Leste
Playoffs: venceu na final o Golden State Warriors em sete jogos
Técnico: Tyronn Lue (segunda temporada)
GM: David Griffin (quarta temporada)
Destaques: LeBron James, Kyrie Irving e Kevin Love
Time-base: Kyrie Irving – J.R. Smith – LeBron James – Kevin Love – Tristan Thompson
Elenco
2- Kyrie Irving, armador
20- Kay Felder, armador
5- J.R. Smith, ala-armador
4- Iman Shumpert, ala-armador
12- Jordan McRae, ala-armador
14- DeAndre Liggins, ala-armador
10- Markel Brown
32- John Holland, ala-armador
3- Mike Dunleavy, ala
23- LeBron James, ala
24- Richard Jefferson, ala
1- James Jones, ala
0- Kevin Love, ala-pivô
8- Channing Frye, ala-pivô
21- Cory Jefferson, ala-pivô
33- Jonathan Holmes, ala-pivô
13- Tristan Thompson, ala-pivô
00- Chris Andersen, pivô
Quem chegou: Kay Felder (draft), John Holland, Jonathan Holmes, Chris Andersen, Mike Dunleavy, DeAndre Liggins, Cory Jefferson, Markel Brown
Quem saiu: Mo Williams, Timofey Mozgov, Matthew Dellavedova, Sasha Kaun
Revisão
David Blatt começou a temporada 2015-16 com a missão de fazer o Cleveland Cavaliers conquistar o primeiro título de sua história. Após a frustração por ter perdido para o Golden State Warriors sem dois de seus principais astros, Kevin Love e Kyrie Irving, a ideia era preparar o grupo para os momentos mais importantes da campanha. No entanto, Irving ainda estava lesionado e demorou a estrear. Mo Williams retornava ao time após passagens por Utah Jazz, Portland Trail Blazers, Minnesota Timberwolves e Charlotte Hornets. O veterano assumiu a titularidade nos primeiros jogos, mas logo pediu para voltar para a reserva e assim, Matthew Dellavedova “preparou o terreno” para a volta de Irving. Como Dellavedova foi bem, Williams perdeu espaço na rotação quando Irving estava pronto.
O Cavs era o primeiro colocado da conferência Leste, mas a diretoria não estava contente com a forma que o time jogava. A equipe não espaçava a quadra como o astro LeBron James queria e Blatt não queria ceder. O fim disso, todo mundo sabe. Blatt foi demitido e deu lugar a Tyronn Lue. Semanas depois, o brasileiro Anderson Varejão, que estava na equipe desde 2004-05, foi trocado para o Portland Trail Blazers e Channing Frye chegou. Tudo para deixar o jogo mais aberto.
Aos poucos, deu certo. O Cavaliers passou a vencer jogos em sequência e com muitos arremessos de longa distância. O time foi aos playoffs atropelando todos os adversários até encarar o Toronto Raptors. Ali, o time de Ohio sentiu algumas dificuldades, mas ainda assim superou a equipe canadense em seis jogos.
Aí, veio a final que todos imaginavam.
Mais uma vez, o Golden State Warriors estava do outro lado. O time californiano havia batido o Cavs nos dois confrontos durante a fase regular de forma incontestável. Mas o Warriors estava cansado, após uma disputa contra o Oklahoma City Thunder na final do Oeste. Tudo bem. A equipe superou o recorde de vitórias do Chicago Bulls de 1995-96, mas isso virou obsessão. Stephen Curry chegou baleado. Draymond Green foi suspenso. Andrew Bogut perdeu jogos na decisão. Mas o Cavs não tinha nada com isso e conquistou, de forma brilhante, o primeiro título da franquia.
O perímetro
Demorou, mas J.R. Smith assinou extensão com a equipe e fica por mais quatro anos. Smith não é brilhante. Passa longe disso. Porém, é ótimo arremessador de longa distância e tem um enorme ímpeto ofensivo. Deve ser o titular durante a temporada, apesar de ter perdido toda a preparação para 2016-17. Reserva ou não, vai dividir tempo de quadra com Iman Shumpert, um especialista em defesa. Shumpert não sabe arremessar, porém. Eventualmente, acerta de três, mas seu trabalho é marcar o melhor jogador ofensivo do outro lado. Jordan McRae e DeAndre Liggins são opções.
Kyrie Irving foi o autor da cesta que deu o título ao Cavs, participou ativamente da medalha de ouro nas Olimpíadas e agora vai começar a temporada completamente saudável. Irving teve problemas com contusões no passado e espera estar pronto para liderar a equipe ao lado de LeBron James. Seu reserva, inicialmente é o calouro Kay Felder, que ganhou a disputa interna com Markel Brown (que pode ser dispensado). A diretoria mira em Mario Chalmers, entretanto. O ex-jogador do Miami Heat está sem equipe desde a contusão sofrida na temporada passada pelo Memphis Grizzlies e pode pintar em breve.
James segue como o principal nome do time, porém terá seu tempo de quadra reduzido (ao menos, é o que Lue planeja) e vai poupar o seu astro sempre que puder. É bom lembrar que o camisa 23 faz pelo menos 25 pontos por jogo desde 2004-05. Os veteranos Mike Dunleavy, ex-Chicago Bulls e Richard Jefferson, que se aposentou e depois se arrependeu, serão alternativas. James Jones, amigão de LeBron, continua na equipe e quer disputar a sua sétima final consecutiva.
O garrafão
https://www.youtube.com/watch?v=roWGi7a3jmA
A confiança no trabalho de Tristan Thompson é tão grande que a diretoria não foi atrás de nenhum nome de peso. Até acertou com Chris Andersen. Mas Andersen deve ter tempo de quadra reduzido e acredita-se que o novato Jonathan Holmes, que apareceu bem na pré-temporada, será o principal reserva de Thompson.
Kevin Love precisa ser mais efetivo no ataque, já que na defesa nunca foi lá o seu forte. Há três anos, Love era um jogador de All Star Game, fazia 26 pontos e 12 rebotes regularmente. Sim, no Cavs ele é apenas a terceira opção ofensiva e todo mundo sabe que será limitado a isso, exceto quando James e/ou Irving estiverem fora. Mas nos playoffs, a situação foi tão caótica que ele perdeu a titularidade para Jefferson.
O Cavaliers ainda conta com Channing Frye e Cory Jefferson. Enquanto o primeiro é um ala-pivô que espaça a quadra, Jefferson possui chances remotas de seguir no elenco.
Análise geral
Para o Cavs, nada de novo. O time manteve boa parte dos campeões de 2015-16 e pouco se reforçou. Na balança, aparentemente perdeu mais do que ganhou, já que Matthew Dellavedova e Timofey Mozgov serão titulares em suas novas equipes e foram importantes para o Cavaliers em determinados momentos. Mas o grupo segue forte o suficiente para seguir no topo da tabela da conferência Leste. Pode até ser que termine a fase regular atrás do Toronto Raptors ou até mesmo do Boston Celtics, porém será nos playoffs que o time estará em modo de ataque.
Poupar jogadores durante a temporada regular pode ser positivo. Mas tem o outro lado. É o rust or rest. Em uma tradução literal, é a ferrugem ou o descanso. Os dois lados da moeda já foram mostrados no passado com o San Antonio Spurs, quando Gregg Popovich segurava Tim Duncan, Tony Parker e Manu Ginobili em partidas consideradas menos difíceis.
Vencer pela segunda vez é a meta, mas os adversários estão mais fortes. Claro que com a contratação de Kevin Durant pelo Warriors, a situação fica um pouco mais difícil para superar o time de Oakland. No entanto, isso não pode servir como desculpa para o Cavs não fazer o mínimo que se espera da equipe.
A expectativa é a mesma dos últimos anos. Vai brigar pelo primeiro lugar e quer o bi.
Previsão: primeiro lugar na conferência Leste