Previsão da temporada – Phoenix Suns

Equipe do Arizona terá dificuldades para voltar aos playoffs após seis temporadas de jejum

Fonte: Equipe do Arizona terá dificuldades para voltar aos playoffs após seis temporadas de jejum

Phoenix Suns

Campanha em 2015-16: 23-59, 14° na conferência Oeste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Earl Watson (primeira temporada completa; interino em 2015/16)
GM: Ryan McDonough (quarta temporada)
Destaques: Eric Bledsoe, Devin Booker
Time-base: Eric Bledsoe – Devin Booker – T.J. Warren – Jared Dudley – Tyson Chandler

Elenco

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2- Eric Bledsoe, armador
11- Brandon Knight, armador
8- Tyler Ulis, armador
1- Devin Booker, ala-armador
20- Archie Goodwin, ala-armador
19- Leandrinho Barbosa, ala-armador
23- John Jenkins, ala-armador
17- P.J. Tucker, ala
12- T.J. Warren, ala
3- Jared Dudley, ala/ala-pivô
0- Marquese Chriss, ala-pivô
35- Dragan Bender, ala-pivô
15- Alan Williams, pivô
21- Alex Len, pivô
4- Tyson Chandler, pivô

Quem chegou: Dragan Bender (draft), Marquese Chriss (draft), Tyler Ulis (draft), Leandrinho Barbosa, Jared Dudley

Quem saiu: Mirza Teletovic, Jon Leuer, Ronnie Price, Chase Budinger

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Revisão

O Suns iniciou a temporada 2015/16 sonhando com o retorno aos playoffs, após cinco anos de jejum. A equipe trouxe reforços pontuais – Tyson Chandler, Mirza Teletovic e Jon Leuer – para tentar resolver as maiores carências do time: eficiência defensiva, melhor aproveitamento nas bolas de três pontos e rebotes. E o técnico Jeff Hornacek continuou apostando no jogo de transição e no esquema com dois armadores começando e terminando as partidas (Bledsoe e Knight).

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A não contratação do ala-pivô LaMarcus Aldridge e a imaturidade de Markieff Morris, que ficou irritado com a franquia por causa da troca envolvendo o irmão gêmeo (Marcus), foram um sinal de que seria mais um ano sofrível para o torcedor do Suns. Para completar, as lesões de Bledsoe e, posteriormente, de Knight e T.J. Warren, encerraram qualquer chance do Suns em fazer uma boa temporada. 

Sem poder contar com sua dupla de armadores, Hornacek deu tempo de quadra ao novato Devin Booker, que não decepcionou. Com apenas 19 anos, o ala-armador mostrou muita personalidade e foi o destaque do time na segunda metade da temporada. Com o time desfigurado, o Suns foi colecionando derrotas e mais derrotas, que culminaram na saída de Hornacek, que estava no último ano de contrato. O assistente Earl Watson assumiu como interino até o fim da temporada. O próximo passo da mini-reformulação no meio da temporada foi a saída do indisciplinado Markieff.

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Com a temporada no vinagre, o resultado era o que menos importava àquela altura. O objetivo era dar espaço aos jovens. Watson passou, então, a testar algumas formações em quadra. Em vários jogos, a dupla titular no perímetro foi formada por Booker e Archie Goodwin, e Alex Len passou a jogar na posição 4. Apesar do fim de temporada repleto de derrotas, Watson agradou a direção do Suns e assinou um contrato para dirigir a equipe pelos próximos três anos.

O perímetro

O Suns tem a sua força ofensiva no perímetro, especialmente no trio Eric Bledsoe, Devin Booker e Brandon Knight. Os dois primeiros serão os titulares, enquanto o terceiro já entra forte como postulante ao prêmio de melhor reserva da temporada. Bledsoe teve um grande desempenho nos 31 jogos que disputou em 2015/16 antes de sofrer uma grave lesão no joelho esquerdo, tanto que foi o cestinha da equipe e mostrou evolução como arremessador de longa distância e defensor. Já Booker é a “menina dos olhos” do time de Phoenix. Jogador mais jovem do draft do ano passado, o ala-armador deixou ótima impressão em seu ano de estreia na NBA. Quando Bledsoe e Knight se machucaram, ele mostrou personalidade e assumiu as rédeas do time, com apenas 19 anos. O camisa 1 do Suns mostrou que não é apenas um grande arremessador. Ele mostrou talento também para armar o jogo e finalizar perto da cesta. Booker precisa melhorar, agora, seu desempenho na defesa. Mantendo a tradição, o Suns selecionou no draft mais um jogador de perímetro oriundo da Universidade de Kentucky, o armador Tyler Ulis. Ele será a terceira opção na posição 1 e, por isso, deverá ter pouco espaço em sua primeira temporada na liga.

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Complementando o perímetro, a equipe do Arizona conta com duas opções para dividir tempo de quadra na posição 3 – T.J. Warren e P.J. Tucker. O primeiro deverá começar a temporada como titular, já que Tucker ainda se recupera de uma cirurgia nas costas. Além disso, o técnico Earl Watson vai ter que se virar para distribuir minutos entre Leandrinho e os jovens Archie Goodwin e Tyler Ulis. O brasileiro, por sinal, está de volta ao Suns para ser uma liderança no vestiário e passar tranquilidade e experiência aos companheiros. 

https://www.youtube.com/watch?v=Q6D988rbfPo

O garrafão

Não seria exagero afirmar que o Suns tem um dos garrafões menos talentosos da NBA. A dupla titular no começo da temporada deverá ser formada pelos veteranos Jared Dudley e Tyson Chandler. Dudley, assim como Leandrinho, retorna a Phoenix para trazer experiência ao elenco. Eles vão se juntar a Chandler como lideranças no vestiário da equipe. E claro, Dudley vai atuar como um stretch four, ou seja, terá a função de espaçar a quadra e matar umas bolinhas de três pontos. Ainda na posição 4, o time do Arizona conta com duas promessas selecionadas na loteria do draft deste ano: Marquese Chriss (19 anos) e Dragan Bender (apenas 18 anos). O primeiro parece mais pronto para a NBA por conta de seu atleticismo invejável e vem de um bom desempenho nos jogos de pré-temporada. Já o franzino atleta croata, apesar de ter um potencial absurdo, é um trabalho de longo prazo, uma joia a ser lapidada.

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Já Chandler deverá dividir tempo de quadra com o jovem Alex Len. A quinta escolha do draft de 2013 entra no último ano de seu contrato de calouro disposto a “desabrochar” de vez na liga. Len é capaz de fazer um grande jogo e, em seguida, simplesmente sumir de quadra. Ele se tornou o primeiro atleta de 22 anos a anotar 19 pontos, pegar 16 rebotes e distribuir seis assistências em um jogo da NBA. O pivô ucraniano precisa dar um passo a mais na carreira e ser mais consistente. Fechando o elenco, o Suns tem o jovem Alan Williams, um especialista em rebotes.

Análise geral

A direção do Suns parece que tomou um choque de realidade. Efetivou o jovem treinador Earl Watson, que é muito respeitado pelo elenco; trouxe de volta os veteranos Leandrinho e Jared Dudley, jogadores identificados com a franquia e que serão importantes lideranças de vestiário em uma equipe em processo de reformulação; e foi muito bem em suas escolhas no draft (Dragan Bender, Marquese Chriss e Tyler Ulis). A opção pela dupla de alas-pivôs evidencia que o time de Phoenix pensa em um projeto de médio e longo prazo. E isso é o certo a se fazer. Com o elenco que tem, não dá para imaginar o Suns brigando por classificação para os playoffs.

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A quarta franquia que mais venceu jogos na história da NBA (apesar de ainda não ter conquistado um título sequer) deve ficar mais um ano na fila. Seria a sétima temporada seguida sem passar à pós-temporada. O objetivo maior em 2016/17 é desenvolver os jovens atletas. O Suns confia muito na estrela em ascensão chamada Devin Booker. Outros três jovens do elenco – Archie Goodwin, T.J. Warren e Alex Len – entram no último ano de seus contratos de calouros, e a franquia espera uma melhora do trio para consolidar uma base para o futuro com Booker, Chriss e Bender.

Portanto, esta deverá ser mais uma temporada de sofrimento para os torcedores do Suns. Mas, como disse acima, pelo menos desta vez dá para perceber um certo planejamento da direção da franquia. A expectativa é que os jovens da equipe continuem se desenvolvendo, especialmente Booker, e que Watson tenha tranquilidade em trabalhar com um elenco recheado de atletas com menos de 25 anos (nove ao todo). Quem sabe daqui a uma, duas temporadas, a equipe volte a brigar pelos primeiros lugares da conferência Oeste. 

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Previsão: 12° lugar na conferência Oeste

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