Dallas Mavericks (42-40)
Temporada regular: 6º lugar da conferência Oeste
Playoffs: eliminado na primeira rodada para o Oklahoma City Thunder em cinco jogos
MVP da campanha: Dirk Nowitzki (18.3 pontos, 6.5 rebotes, 1.8 assistência, 44.8% de aproveitamento nos arremessos de quadra)
Pontos positivos
– Mais um ano se passa e Dirk Nowitzki continua sendo o principal atleta da franquia de Dallas. Com 38 anos, o alemão fez mais uma temporada com ótimas médias para a idade. Além dos números, o jogador é um líder das mais variadas formas e se o Mavericks foi aos playoffs nesta temporada, muito se deve à ele.
– Outro atleta que merece ser destacado como uma agradável surpresa é o pivô georgiano Zaza Pachulia. O atleta de 32 anos obteve sua melhor média de pontos desde 2006-07 (8.6 pontos por partida) e a melhor marca nos rebotes na carreira(9.4 rebotes por noite). Os números podem não ser tão expressivos, mas não esperava-se muito do jogador que assumiu a posição após a saída de Tyson Chandler da equipe.
– A própria classificação da equipe para os playoffs. O elenco desta última temporada da franquia do Texas não era dos melhores dos últimos tempos. Tanto é que, apesar de classificar-se em sexto lugar, duas vitórias separaram o Mavs do Utah Jazz que terminou na nona posição da conferência Oeste. Mesmo sem ir longe, o time garantiu-se mais um ano na fase de mata-mata (desde 2000-01, a franquia de Dallas deixou de ir aos playoffs apenas na temporada de 2012-13).
Pontos negativos
– Deron Williams: quando chegou em Dallas há um ano atrás, alguns ainda tinham esperança de ver o jogador que era nos tempos de Utah Jazz. Parece que aquele atleta não voltará a existir. Na última campanha, Williams teve a chance de assumir o protagonismo da equipe, mas obteve sequências irregulares e não conseguiu desenvolver seu jogo.
– Aproveitamento tiros de três pontos: o Mavericks foi a quinta equipe que mais tentou arremessos de três pontos. Apesar de arriscar nos tiros de longa distância, conseguiu apenas um aproveitamento de 34.4% (oitavo pior da liga).
– Falta de profundidade do elenco: Se analisassem a equipe titular do Mavericks no papel, apesar das incógnitas de alguns atletas, o time não era considerado ruim. No entanto, a segunda unidade deixava a desejar em algumas posições e isso acabou pesando tanto para conseguir uma campanha na temporada regular melhor, quanto no confronto diante do Oklahoma City Thunder nos playoffs.
Análise
Voltando um ano atrás antes da temporada 2015-16 ter início, as previsões para o Dallas Mavericks não era das melhores. As apostas feitas por Mark Cuban geraram muitas dúvidas nos especialistas da liga. O proprietário da franquia apostou para formar sua dupla de armação em Deron Williams, que há anos não consegue desenvolver um basquetebol de primeira linha e em Wesley Matthews que apesar de ser bom jogador, passou por uma lesão grave no tendão de Aquiles.
Williams como já dito anteriormente, não conseguiu repetir suas grandes atuações nos tempos de Jazz. Apesar de ter atuado por 65 jogos na fase regular, o armador de 32 anos voltou a lesionar-se e disputou apenas três partidas no confronto contra o Thunder. Não que ele tenha sido o desastre que Rajon Rondo foi há um ano atrás, mas existia alguma esperança de vê-lo novamente entre os melhores armadores da liga. Matthews por sua vez, acumulou médias de 12.8 pontos por jogo e sua defesa não deixou a desejar.
Na ala, a expectativa em torno de Chandler Parsons era um rendimento melhor do que quando chegou em Dallas no meio da penúltima campanha. No entanto, ele não jogou da forma que se esperava e no final de março, passou por uma cirurgia no joelho direito que o deixou de fora do restante da temporada. Na área pintada, para quem apostou em uma redução de minutos de quadra para Dirk Nowitzki, enganou-se. O alemão jogou 1.9 minuto a mais do que em 2014-15 e liderou mais uma vez sua equipe aos playoffs. Além de Pachulia, Dwight Powell foi uma boa surpresa e hoje é peça importante na rotação de garrafão do técnico Rick Carlisle.
Futuro
O Mavericks foi uma franquia ativa nesta offseason e trouxe algumas apostas que ao contrário da última campanha, poderá render melhores frutos não só para a temporada que está por vir, mas também nos próximos anos. Chandler Parsons, Zaza Pachulia e Raymond Felton foram os principais atletas que deixaram o elenco.
A principal aquisição do Mavs foi o ala Harrison Barnes. Vindo do Golden State Warriors, o jogador de 24 anos assinou com a franquia do Texas pelo valor máximo e é visto como o futuro da organização. Por ter aceitado a proposta de US$ 94 milhões em quatro temporadas, Barnes terá uma exigência bem maior do que vinha tendo em Oakland. Além dele, Andrew Bogut também chega do Warriors e vai suprir a ida de Pachulia para os campeões do Oeste.
O Mavs também acertou a contratação do ala-armador Seth Curry. O irmão mais novo do astro Stephen Curry assinou seu primeiro contrato totalmente garantido com os texanos. Ele chega para dar profundidade ao elenco e vai disputar minutos de quadra com Devin Harris e J.J. Barea.
Com o novo elenco, o Mavs não terá vida fácil no Oeste. As apostas feitas para este ano teoricamente são melhores do que penúltima temporada, mas o foco da franquia deverá ser no desenvolvimento de Harrison Barnes para se tornar o rosto da organização. A equipe vai disputar uma vaga para os playoffs, no entanto não seria completa surpresa caso ficasse de fora da fase de mata-mata.