A ascensão meteórica de Zion Williamson na NBA foi interrompida com apenas 19 partidas pela pandemia do coronavírus. Mas, agora, o prospecto mais badalado dos últimos anos está preparado para voltar à ação e tentar reconduzir o New Orleans Pelicans aos playoffs. O ala-pivô de 20 anos reconhece que foi complicado manter um condicionamento físico adequado na incerteza sobre o retorno dos jogos.
“Foi muito difícil manter-me em forma porque, até agora, não sabemos exatamente qual é a situação que estamos vivendo. Mas, dentro do possível, meu padrasto e eu encontramos formas diferentes de trabalhar no meu condicionamento dentro e fora de quadra. Não vou dizer como fizemos porque preciso manter alguns segredos”, brincou o jovem astro, na entrevista coletiva de reapresentação da equipe.
Mas Williamson não contou apenas com a ajuda do padrasto: o jogador conseguiu uma permissão especial da liga para frequentar as instalações do Pelicans mesmo durante o isolamento, sob o argumento de que ainda está em reabilitação de uma cirurgia. Ele não pôde trabalhar com o estafe do time, mas, novamente, contou com a ajuda do padrasto. E, aparentemente, essa rotina deu resultados.
“Eu acho que, em termos físicos, Zion parece fantástico. Está bem. Seu arremesso também está melhor. Ele vem trabalhando e é ótimo vê-lo assim, pois trata-se de um dos jogadores que atraem mais atenção e holofote na NBA e no mundo. Estou surpreso e bastante orgulhoso por observá-lo lidar com tudo isso com tamanha humildade”, afirmou o ala-armador e colega de elenco, Josh Hart.
Impulsionado pela estreia de Williamson, o Pelicans vivia franca ascensão na tabela da conferência Oeste e até começava a flertar com a faixa de classificação para os playoffs. Agora, a equipe só precisa manter-se na nona colocação e a quatro jogos de diferença do oitavo lugar para ter uma chance de entrar no “mata-mata”. Com elenco descansado, o jovem acredita que essa classificação é só o começo.
“Eu acredito que esse time, com todos saudáveis, pode ser realmente especial. É só uma questão de desenvolvermos entrosamento, enfrentarmos o desafio mental que será a bolha e ficarmos juntos. Sinto que, se conseguirmos criar uma união interna para encarar as batalhas que estão por vir, podemos fazer algo muito especial em Orlando e além”, previu o dono de 23.6 pontos em média nessa temporada.
Mas, antes de pensar em “além”, tudo terá um começo em Orlando. E Williamson, como alguém que pensou que a temporada pudesse ter terminado em março, vê a volta às quadras com gratidão e confiança. “A NBA ter conseguido viabilizar tudo isso deixou-me muito feliz. Confio na liga e que essa ‘bolha’ será um ambiente dos mais seguros, protegidos do que está acontecendo. Estou empolgado”, concluiu.