Fonte: Andrew D. Bernstein / AFPZion Williamson quer se livrar de suas várias lesões, e garante se inspirar em LeBron James, seu exemplo de longevidade, para isso. O ala-pivô fez uma aparição surpresa no podcast do ex-jogador Gilbert Arenas: Gil’s Arena. Entre outras coisas, o astro do New Orleans Pelicans contou sobre algumas dificuldades no começo de sua carreira e o que planeja fazer para se recuperar.
“É difícil cara, tenho 22 anos, tenho todo o dinheiro do mundo, mas é o que parece. É difícil. Preciso de pessoas ao meu redor que me passem, acima de tudo, sabedoria. Estou nesse ponto agora por conta de certas coisas”, explicou Zion.
Williamson atuou em apenas 29 partidas na última temporada, enquanto ficou fora de toda a campanha anterior.
“Você é novo e nesse contexto, se acha invencível. Tive muito tempo para pensar nas pessoas ao meu redor, assim como quero ouvir mais as pessoas que realmente querem me ajudar. Uma dessas pessoas é o Coach K (Mike Krzyzewski, seu técnico em Duke). Mas eu tenho que assumir as minhas responsabilidades. Há muitas coisas que poderia ter feito melhor nesse período. Eu não fiz. Estou atrás de consertar esses erros”, refletiu o jovem.
Agora, ele planeja se espelhar em LeBron James para retomar o seu basquete em alto nível.
“Quero trabalhar como LeBron nesta offseason. Quero ser flexível, com foco na academia. Essas coisas que vão me deixar mais tempo em quadra do que apenas querer emagrecer ou perder um monte de peso. Mas eu não estou ficando fora porque quero”, conta Williamson.
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“Eu sou um atleta que, quando estou assistindo meus companheiros de equipe perdendo um jogo, nunca fico bem. Afinal, eu sei que se estivesse em quadra podia mudar o resultado final. O que eu quero que as pessoas saibam sobre mim é que. acima de tudo, quero estar jogando. Eu quero estar na quadra. Eu não estou feliz com a situação”, finalizou o jovem.
Ausências pesadas em números
A carreira de quatro anos de Zion Williamson se resumiu a 114 jogos até aqui, muito pouco para quem era comparado com LeBron James quando entrou na NBA. Apenas na fase regular, são 194 partidas em que o jovem não atuou. Além disso, sua porcentagem de presença pela franquia, desde que foi a primeira escolha do Draft de 2019, é de 37%.
O retrospecto do New Orleans Pelicans com o astro em quadra é de 57 vitórias e 57 derrotas. Quando está fora, são 86 vitórias e 117 derrotas. Ou seja, cerca de 42.3% de aproveitamento. O irônico, entretanto, é que na única temporada (2021/22) em que Zion Williamson não entrou em quadra, foi a que o Pelicans chegou aos playoffs no período.
Excluindo os jogadores que foram primeiras escolhas posteriormente a Williamson (Anthony Edwards, Cade Cunningham, Paolo Banchero e Victor Wembanyama), ele é um dos nomes mais altos no Draft que menos atuou na NBA. Em outros tempos, a primeira escolha que menos jogou na NBA foi Andy Tonkovich, com apenas 17 jogos em uma única temporada em 1948/49, pelo extinto Providence Steamrollers.
Pouco depois, Mark Workman foi a primeira escolha do Draft de 1952, após grande temporada universitária por West Virginia. Entretanto, a carreira não decolou. Após apenas três anos e 79 jogos, ele se aposentou.
Por fim, o conhecido caso de Greg Oden. Primeira escolha de 2007, uma antes de Kevin Durant, o pivô atuaria apenas em 105 jogos, lidando com lesões no joelho que destruíram sua carreira. Oden tentou jogar até 2016, mas só ficou na NBA por três anos.
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