WNBA precisa proteger Caitlin Clark de jogadoras

Novata, Clark vem enfrentando dificuldades e críticas de outras atletas

Caitlin Clark jogadoras WNBA Fonte: Reprodução / X

Há muito tempo, a WNBA não via jogadoras tão especiais entrando na liga como Caitlin Clark. Claro, grandes nomes apareceram nos últimos anos, como Lauren Jackson e Sue Bird lá atrás e A’ja Wilson e Sabrina Ionescu recentemente. Mas Clark trouxe algo além do basquete. Ela já era uma estrela antes de pisar nas quadras da liga, enquanto a rivalidade com outras atletas crescia no basquete universitário.

Mas quando Caitlin Clark faz sua estreia, outras jogadoras da WNBA parecem ter ficado… irritadas? Afinal, por que uma garota que nunca havia jogado na liga tinha muito mais fama do que outras que “ralavam” muito antes dela e não tinham o mesmo reconhecimento?

Bem, é algo até comum quando uma jogadora aparece mais que outras. É algo que acontece qualquer liga, qualquer esporte, seja entre homens ou mulheres. A atenção dada a Clark é maior mesmo e as outras que lidem com isso. Fim de papo.

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No entanto, não vem sendo assim após dez jogos desde sua estreia.

Chennedy Carter, por exemplo, parecia um caminhão desgovernado quando fez uma falta criminosa em Clark. Relógio parado, reposição de bola e… pancada. Qual é, WNBA? Deram uma falta comum? Depois de revisão é que marcaram flagrante. Não precisava de vídeo.

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Aquilo é flagrante na NBA sem pensar duas vezes.

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Mas a WNBA não viu a mesma coisa. Parece uma coisa amadora e vou explicar os motivos.

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Primeiro, a WNBA não protege Clark ao colocar jogos difíceis contra o Indiana Fever no início da temporada. O que a NBA faz? Vamos pegar Victor Wembanyama, por exemplo, que enfrentou cinco times que não foram aos playoffs nos 11 primeiros jogos do jovem do San Antonio Spurs. Você simplesmente não joga “aos leões”. Vá com calma, deixe seu futuro astro entender como é o ambiente, como são as partidas e, depois, começa a dificultar as coisas.

Depois, tem de tratar uma novata que já possui patrocínios de empresas como Nike, Gatorade, Panini e State Farm com muito mais cuidado. Se todas as marcas viram potencial nela, se a ESPN está cuidando de sua imagem, a WNBA tem de tratar Clark como a NBA fez com Michael Jordan.

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As pessoas estão indo ao ginásio não é por conta de Carter. É por conta de Clark e ponto final. Ela acabou de fazer 31.6 pontos e 8.9 assistências por Iowa, no basquete universitário. Chegou na WNBA, e só tem pancada.

Burrice sem tamanho

Não tem um jogo que ela faça e não leve várias pancadas. Não faz sentido. É um enorme, gigantesco tiro no pé.

Se Caitlin Clark está levando público e interesse das pessoas pela WNBA, é sinal de que a eterna briga sobre diferenças salariais pode diminuir. E sobre o que a NBA e a WNBA são mesmo? Dinheiro.

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Com interesse das pessoas, elas vão jogar em ginásios maiores, com uma cobertura mais ampla e muito mais o que? Exatamente. Dinheiro, fama, espetáculo. Tudo aquilo que a NBA construiu a partir de Magic Johnson e Larry Bird na rivalidade do basquete universitário e Michael Jordan ampliou anos depois.

Angel Reese, rival de Clark no basquete universitário, joga pelo Chicago Sky, o mesmo da brasileira Kamilla Cardoso e de Chennedy Carter. Ao invés de Reese ficar quietinha no canto dela quando Carter derrubou Clark, ela ficou pulando de alegria. O vídeo abaixo (com cerca de dez segundos) mostra isso.

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O normal seria Reese ser a antagonista de Clark dentro de quadra, lutando por bolas perdidas, marcando e atacando, mas não é bem assim. Ela festeja o fato de sua colega a derrubar.

Repercussão

Primeira escolha do Draft da WNBA de 2024, Caitlin Clark colocou outras jogadoras em evidência enquanto fazia sua estreia. A liga teve a maior audiência em 23 anos, com 2.13 milhões de espectadores, mas a direção parece não entender o tamanho disso.

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Apesar de ser uma liga de relativo sucesso comercial, apenas 12 times disputam o torneio. Então, a partir da próxima temporada, Golden State e Toronto vão entrar na briga. É pouco, mas existe um claro sinal de que as pessoas querem acompanhar. Claro, não agradar todo mundo, mas é um início.

Recentemente, Clark anotou 30 pontos em uma partida e a expectativa sobre ela só aumentou, mas três dias depois veio uma Carter, do nada, para fazer seu nome.

De acordo com o ex-jogador Matt Barnes, que hoje é um analista da NBA, é algo que vai acontecer ao longo da temporada.

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“Tudo isso que nós vimos vai acontecer de novo. Elas vão testar Clark mentalmente e fisicamente, enquanto cotoveladas, jogadas desleais vão ser comuns. Minha pergunta é: quando alguém vai fazer algo para proteger suas estrelas”, afirmou. “Ela apanhou na frente de todo mundo em todos os jogos, mas ninguém do Indiana Fever fez nada para proteger Clark. Então, isso não entra na minha cabeça”, concluiu Barnes.

Se até Luka Doncic tem um PJ Washington e a arbitragem para proteger, por que ela não tem?

Infelizmente, Caitlin Clark e a WNBA vão seguir vendo notícias de jogadoras assim o ano inteiro e ninguém vai fazer nada.

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