Fonte: Nathaniel S. Butler / AFPPor cerca de uma década, o Golden State Warriors assombrou a NBA com sua dinastia, mas chegou a hora de trocar jogadores para seguir vivo na temporada. O time californiano não é mais o mesmo desde o último título, em 2021/22. As coisas mudaram, os atletas estão mais velhos e não produzem mais o que conseguiam, então o momento é agora.
A trade deadline acontece em menos de um mês, mas a direção não pode se dar ao luxo de aguardar todo esse tempo para mudar de patamar. Hoje, o Warriors é um time que não asussta mais ninguém, está cada vez mais fraco e perdeu o brilho que tinha.
Mas mudar por mudar é um tanto vazio. A diretoria precisa entender que se o objetivo é lutar por vaga nos playoffs, é necessário “pagar um preço mais alto” por isso. Simplesmente porque os jogadores do Warriors perderam valor de mercado, então não adianta trocar na NBA se achar que caras como Klay Thompson e Draymond Green estão em alta.
Não estão.
E muito longe disso, pois fazem uma temporada muito ruim e não estão ficando mais jovens.
Por mais que os números ofensivos de Green sejam superiores aos anos anteriores, ele pouco jogou. Aliás, mais prejudicou do que ajudou em 2023/24. Duas suspensões antes de a temporada bater em um terço é algo para colocar no livro dos recordes.
Mas ele está perto de retornar às quadras, né? Vamos ver como o Warriors lida com sua presença em quadra.
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Nem mesmo Stephen Curry vem bem o bastante pelo Warriors na temporada 2023/24 da NBA. E estamos falando de um cara que revolucionou a liga. Mas o tempo passa até para os melhores, né? Nas últimas semanas, então…
Curry passa por uma fase ruim, mas nem tanto por sua culpa. A diretoria quis manter o atual grupo, mesmo sabendo que isso iria pesar contra ela. Assim, deixou de trocar Green quando teve a chance na última temporada. Teve oportunidades de negociar Andrew Wiggins. Apenas não quis.
Talvez, a direção do Warriors tenha entendido que seus jogadores poderiam lutar pelo título outras vezes após vencer o Boston Celtics em 2021/22. Mas ao mesmo tempo, a equipe teve uma mudança em quem manda na coisa toda.
Bob Myers deixou o carto após a quarta conquista, mas estendeu os contratos de Jordan Poole e Wiggins. Até mereciam na época, mas aquilo fez o Warriors pagar ainda mais taxas na NBA. Então, com a fama de gastar muito e trocar poucos jogadores, Golden State foi engessando ainda mais sua folha salarial. E quando trocou, o time abriu mão de James Wiseman, com salário baixo.
Apenas depois da última temporada é que o Warriors negociou Poole, mas por um veterano. Apesar de Chris Paul ainda ser genial organizando o jogo, a equipe já tinha um cara que fazia isso (Green), além de outro da mesma posição (Curry).
Será que a escolha foi certa? De qualquer forma, apesar de ser meio que um “engenheiro de obra pronta” criticar uma decisão assim, outros caminhos poderiam ser tomados.
Warriors precisa trocar jogadores para sobreviver na temporada da NBA?
Bem, o ponto é simples. Enquanto Stephen Curry estiver na NBA, o Golden State Warriors não vai partir para uma reformulação. A não ser que seja em seu ano de despedida ou algo assim, a franquia vai fazer de tudo para que ele volte a conquistar mais um título. De 2025 até 2029, a equipe possui todas as próprias escolhas.
Então, trocar Draymond Green, Klay Thompson e Andrew Wiggins pode ser uma opinião pouco popular perante seus torcedores e é possível entender. Mas dar “contrato de gratidão” não parece ser o caminho certo.
Enquanto Thompson está em seu último ano de acordo, seu salário é alto e ele tem mercado na NBA. Embora não seja jovem, os US$43.2 milhões são atrativos na liga. Seja para onde ele for, é difícil cravar que ele vai estender. Então, abrir tal quantia na folha é bem interessante.
Green, por outro lado, tem uma questão difícil. Ele está voltando de suspensão, acabou de estender o contrato e quer se redimir pelos erros em 2023/24. Até aí, tudo bem. O valor é bem mais baixo que o de Thompson (US$22.3 milhões), mas o problema está na duração. O acordo vai até 2026/27.
A não ser que ele vá para o Detroit Pistons, um time que ele se identifica por várias razões (é de Michigan, fez faculdade lá, sua família é do Estado e frequentava as instalações da equipe quando criança). Aí, ele pode ser o mentor daqueles jovens atletas que tanto carecem de alguém assim.
Do contrário, não sei se outra equipe iria nele agora. Mas supondo que sim, são os mesmos que sempre manifestaram algum interesse: Dallas Mavericks e Los Angeles Lakers.
Aí vem a pergunta: o Warriors fortaleceria o elenco de um rival de Conferência ou vice-versa?
Wiggins é o primeiro
Se o Warriors vai trocar alguns jogadores, o ideal é iniciar por Andrew Wiggins, que possui mercado na NBA. Embora não esteja bem na atual temporada, é um ótimo defensor e que pode ser bastante útil. Com Steve Kerr, creio que já não funciona mais. Mas não que ele não saiba jogar ou tenha pouco interesse. Só não está dando mais. É como um namoro ou casamento que você vai levando há muito tempo sem saber exatamente o motivo. Vocês dois estão se enganando (siga @mastojumper no Instagram para mais conselhos matrimoniais. Mentira, não siga. Não tem nada lá).
O ponto é: Wiggins pode render algumas peças interessantes para a equipe. Tem rumor dele com alguns times, mas nada realmente sólido. Pelo valor, o Warriors poderia receber algum bom jogador expirante, com vontade de fazer a diferença ao lado de Stephen Curry. Daí, se a coisa funcionar, o próximo passo é estender o acordo. Caso contrário, abre espaço na folha.
Aliás, talvez seja o ideal para Golden State agora. Investir em jogadores assim, de “aluguel”. Pois se não ficam, o espaço que abrem para contratações na agência livre começa a ser intrigante.
De novo, talvez.
Porque se o Warriors conseguir jogadores como Pascal Siakam, por exemplo, aí é necessário fechar a extensão.
Daí, precisa enviar Jonathan Kuminga, outro que não funciona mais com Steve Kerr.
Por fim, negociar Green e Thompson.
Não sei se o Warriros vai trocar todos estes jogadores, mas onde existe fumaça, tem fogo.
De acordo com o jornalista Shams Charania, do portal The Athletic, todo o elenco está disponível, exceto Curry. Então, é bom acompanharmos o que vai acontecer nas próximas semanas. Até porque, pior que está não fica.
Ou fica?
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