Tony Parker sempre foi visto como um armador subestimado. O titular do San Antonio Spurs possui quatro títulos da NBA, quatro seleções para um dos quintetos ideais da liga e carreira irretocável no basquete internacional, mas é constantemente ignorado na lista dos melhores armadores da atualidade. Mas o craque francês não se vê como um injustiçado pelo público. Para ele, isso é apenas um reflexo da qualidade dos seus concorrentes de posição.
“Jogar não é duro para mim porque amo o que faço, mas é um grande desafio pelos vários grandes armadores que existem na NBA hoje. Eu estou dizendo há uns três ou quatro anos que vivemos a era de ouro dos armadores. É inacreditável o número de grandes atletas que temos na posição atualmente”, exaltou Parker, em entrevista ao analista Scoop Jackson, da ESPN.
Apesar da grande e espetacular competição que enfrenta, o ídolo texano acredita ser – pelo menos – uma presença obrigatória em qualquer debate sobre os melhores da posição. “É sempre difícil dizer quem é o melhor. Acho que, se fizermos uma lista dos cinco melhores, todos os escolhidos podem fazer de tudo em quadra e são ótimos para seu time. E eu estou entre eles, definitivamente”, afirmou.
Parker faz parte da discussão, mas costuma “perder” espaço nas listas para jogadores mais jovens e atléticos ou veteranos de números mais expressivos, mas sem suas conquistas. A falta de reconhecimento individual pode revoltar como muitos atletas, mas não passa nem perto de incomodar o francês. Ele está tranquilo com o que já ganhou na carreira e, por isso, minimiza rankings de posição.
“Não fico bravo porque, no fim das contas, eu tenho os aneis de campeão e isso é o mais importante para mim. Quando tudo estiver terminado e você for olhar os números, cheguei a cinco finais e sete decisões de conferência. Sou abençoado e muito sortudo pelo grande time que tenho e, se nós temos títulos, rankings individuais não importam”, finalizou o jogador de 32 anos.
Em sua 13ª temporada na NBA, Parker é um dos responsáveis pelo enorme sucesso do Spurs desde o fim do século passado. Além das conquistas já citadas, ele foi seis vezes convocado para o Jogo das Estrelas e conduziu a seleção francesa ao primeiro título europeu de sua história em 2013. O veterano possui 976 partidas com a camisa do Spurs, com médias de 19.0 pontos e 5.7 assistências.
