Há jogadores que ganham a idolatria dos torcedores naturalmente, enquanto outros atraem uma antipatia surpreendente. E as razões para isso, no fim das contas, nem sempre são compreensíveis. O astro Trae Young, por exemplo, adquiriu um status crescente de vilão dentro da NBA nos últimos tempos. Ele enxerga-se, no entanto, como alguém injustiçado por sua vontade de vencer.
“Não é divertido ser um vilão na NBA, para começar. Nunca desejei ter esse tipo de imagem. E não gostaria que isso crescesse, certamente. O que acontece é que sou ‘alimentado’, antes de tudo, pela arquibancada. Na série contra o Knicks, com dois minutos da primeira partida, a torcida de Nova Iorque estava me xingando. Quero vencer, então o que vou fazer?”, refletiu o craque do Atlanta Hawks.
Young refere-se ao confronto de primeira rodada dos playoffs de 2021. A equipe da Geórgia eliminou o Knicks em cinco partidas mesmo sem a vantagem de mando de quadra. Ele foi o protagonista do duelo por causa das atuações, especialmente, em Nova Iorque. Decidiu vitórias fora de casa, enquanto era cada vez mais xingado pelos fãs. Foi chamado, aliás, até de careca.
“Eu jogo basquete e, a princípio, não falo nada para os torcedores dos outros times. Não provoco, não grito para ficarem quietos ou coisas do tipo. Só entro em quadra para dar um show aos fãs e, sobretudo, tentar vencer os jogos. Se os fãs querem me hostilizar, então não é o meu problema. Não posso fazer nada. Portanto, essa culpa não é minha”, cravou o armador de 24 anos.
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Boston
Isso aconteceu mais uma vez nos playoffs desse ano, contra o Boston Celtics. Trae Young virou um vilão na NBA depois de provocar a torcida adversária na virada do time na quinta partida da série. No entanto, ele argumenta que a história não é contada inteira. E, realmente, tem razão. Poucos lembrar que, anteriormente, os torcedores locais começaram a chamá-lo de superestimado em lances livres.
“Nesse ano, novamente, a torcida de Boston foi quem começou a gritar contra mim no fim do quinto jogo. Não disse nada para nenhum torcedor durante aquela série ou naquela partida. Nós estávamos bem, nenhuma hostilidade, então veio do nada. Acertei o arremesso da vitória naquela noite, comemorei e, por isso, virei um vilão mais uma vez?”, questionou o ídolo do Hawks.
Young reforça que, em termos de provocações, nunca foi quem iniciou rivalidades por onde passou. Mas, a partir do momento que foi provocado sem motivo, sente ter o direito a resposta. “Todas as palavras ou provocações que faço são reações, para resumir. Eu só estou respondendo a postura dos torcedores da outra equipe. Então, isso é totalmente normal”, concluiu o armador.
Desrespeito
Vilão. Careca. Superestimado. Em cada confronto ou situação, Young é alvo de uma hostilidade diferente das arquibancadas adversárias. Mas, além da provocação, elas tem um ponto em comum. Ou, a princípio, isso é o que acredita o analista Kendrick Perkins. Todos os comentários negativos, para resumir, refletem um desrespeito inaceitável com a figura e basquete do astro.
“Estou simplesmente cansado com o desrespeito a Trae. Quando vamos sair dessas narrativas e, por fim, começar a contar a história verdadeira sobre a sua carreira? Esse cara, antes de tudo, entrega 25 pontos e dez assistências todas as noites. É um verdadeiro superastro, pois ‘cresce’ em cada ocasião importante. Por isso, o desrespeito precisa acabar”, sentenciou o comentarista da ESPN.
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