A sensação da NBA, Victor Wembanyama, não tem dúvida sobre o basquete da Europa ter um jogo mais físico do que a liga dos EUA. Após a derrota para o Portland Trail Blazers pela Summer League, no domingo, o jovem falou sobre as diferenças dos jogos. Esse, inclusive, foi seu último jogo na liga de verão. O San Antonio Spurs decidiu por poupar o jogador que vinha de temporada completa na França.
“Em primeiro lugar, há mais espaço aqui. Os jogadores pulam mais alto, tem maior habilidade, são mais rápidos, mas o jogo por si só é menos pegado. Ainda sofro muitas faltas, mas nada comparado ao que acontece lá. O basquete europeu é mais físico, temos mais empurrões, jogadas de box out. Porém não vejo isso como negativo, os melhores jogadores do mundo estão aqui, eu gosto mais do estilo da NBA”, completou o astro.
Victor Wembanyama ainda está se adaptando ao jogo da NBA em relação a Europa. A diferença de desempenho entre o primeiro e segundo jogo foram tema de discussões. Contra o Charlotte Hornets, na última sexta feira (7), somou apenas nove pontos, com 2-13 nos arremessos de quadra. Porém se recuperou contra Portland, no domingo, com 27 pontos e 12 rebotes. O que não mudou foi seu impacto defensivo. Afinal, somou uma média de quatro tocos nos dois jogos.
“Eu só preciso me sentir mais confortável. Confortável com o estilo de jogo diferente, a quadra e com meu corpo. Antes do jogo de hoje (contra Portland), eu tinha apenas dois treinos e um jogo. Ainda assim, sigo me adaptando”, comentou o francês.
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O jogador de 19 anos teve quatro temporadas na Europa. A última, com o Metropolitans 92 da primeira divisão francesa. A primeira escolha do Draft de 2023 liderou uma grande campanha até as finais da liga. No entanto, foi varrido pelo Monaco, em série de melhor de cinco jogos.
Tema é discussão há muito tempo
Não foi só Victor Wembanyama que já foi questionado sobre questões desse gênero. Luka Doncic por exemplo foi um dos que já reclamou do número de tempos que se pode pedir na NBA. O astro do Dallas Mavericks também falou sobre o por que de sua pontuação ter aumentado tanto em relação ao seu tempo no Real Madrid.
“Aqui na NBA é mais fácil de pontuar do que na Europa. É verdade que há mais espaçamento aqui, e a quadra fica muito mais aberta, isso tudo com a regra dos três segundos no garrafão. Acho que isso facilita muito para os pontuadores”, exclamou Luka em entrevista ao jornal Washington Post.
Em entrevista a JJ Redick, Doncic também falou sobre o assunto.
“O basquete europeu é um jogo mais coletivo, mais tático. A quadra é ‘menor’, as faltas são diferentes, as regras são diferentes e você tem menos tempo. Na NBA você tem jogadores quase impossíveis de marcar e é por isso que é mais difícil jogar aqui do que na Europa. Mas com certeza é mais fácil fazer muitos pontos na NBA também”, explicou o esloveno.
“Se na Europa você tem um cara como Rudy Gobert, ele pode ficar o tempo que quiser dentro do garrafão protegendo o aro. Imagine o quão difícil seria pontuar?”, finalizou Doncic.
Giannis Antetokounmpo
Duas vezes MVP da NBA, Giannis Antetokounmpo também comparou o basquete praticado na Europa com o jogo dos EUA.
“O jogo na Europa é, acima de tudo, muito mais difícil do que o da NBA. Não falo isso em forma de desrespeito, o talento aqui é muito maior, mas o espaço te permite muitas coisas. Você pode conduzir a bola, criar jogadas com muito mais facilidade, lá o jogo é sobretudo mais intenso”, ressaltou o grego no Media Day do Milwaukee Bucks antes da temporada 2022/23.
“Há muito mais variação defensiva. Você está contra uma defesa de um contra um e no último segundo percebe que está contra uma zona. Não sei se é por que o talento é menor e eles precisam compensar essa questão, mas apenas não há tanto espaço. E isso me ajuda na NBA, jogar lá te prepara muito bem para a nova temporada, por que você enfrenta as defesas daqui e percebe que há todo esse espaço a mais para fazer jogadas. A quadra fica enorme e sinto que sou capaz de fazer coisa”.
Nikola Jokic
No mesmo Media Day só que pelo Denver Nuggets, Nikola Jokic comentou as declarações de Antetokounmpo.
“Eu concordo. Lá a quadra é menor, os pivôs podem ficar o tempo que quiserem no garrafão. A linha de três pontos também é mais curta”, explicou o futuro campeão da NBA na temporada 2022/23.
“É mais difícil? Desse modo sim. Você precisa ter o raciocínio muito rápido, ou estará em apuros. A ajuda defensiva é muito mais visível na NBA do que na Europa, quando você se dá conta, a ajuda já está lá, é um jogo acima de tudo mais aplicado. Você tem que pensar uma jogada a frente, sempre que pode”, completou o MVP das últimas Finais.
Os grandes nomes europeus da NBA, então, compactuam com Victor Wembanyama em achar o jogo praticado na Europa mais difícil. O tema foi pauta na última offseason. Sobretudo pelo EuroBasket, disputado por Doncic, Jokic e Antetokounmpo. O torneio também teria a presença de Wembanyama, mas ele foi cortado por uma lesão um mês antes do evento.
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