Fonte: GARRETT ELLWOOD / AFPJá imaginou como seria a seleção da Iugoslávia no basquete se não tivesse ocorrido a separação dos países? É sempre bom lembrar que as últimas duas premiações de MVP na NBA foram para o sérvio Nikola Jokic, pivô do Denver Nuggets. No entanto, o esloveno Luka Doncic está sempre entre os principais nomes da liga.
Então, fizemos um exercício de imaginação para montarmos uma seleção só. Aqui, entram Croácia, Sérvia, Eslovênia, Montenegro, Bósnia, Macedônia do Norte e Kosovo. No entanto, este último país nunca teve um representante na NBA.
A separação da Iugoslávia mudou tudo, incluindo o basquete
A Iugoslávia foi um país que se desintegrou em 1991, enquanto guerras civis explodiam na região. O resultado não poderia ser mais trágico: 140 mil mortes, de acordo com o Centro Internacional para Justiça de Transição. Mas a situação provocou uma crise humanitária, devastando famílias inteiras, graves problemas econômicos e muita destruição ao londo de mais de uma década.
Basicamente, se você era de um país, obrigatoriamente estava em embate com outro.
Mas se você já viu Once Brothers, vai entender do que estamos falando. O documentário, com produção em 2010, mostrou como a separação da Iugoslávia detonou inimizades no basquete. Apesar de terem grande ligação, Vlade Divac e Drazen Petrovic cortaram relações. Divac, inclusive, é o responsável pela narração.
O antigo GM jogador do Los Angeles Lakers teve participação decisiva na NBA anos depois, como GM do Sacramento Kings, mas vamos falar disso mais tarde.
Croácia foi finalista das Olimpíadas de 92
Embora aqueles países estivessem flertando com o ódio, a Croácia prosperou no basquete. Claro, a seleção croata contava com grandes nomes como Dino Radja, Toni Kukoc e o próprio Petrovic. Aqui, escrevi um pouco sobre a carreira deste último.
Como resultado, a Croácia encarou o Dream Team na final olímpica. Apesar de a seleção que tinha Michael Jordan, Magic Johnson e Larry Bird, entre outros, vencer, a performance dos croatas foi incrível.
Posteriormente, a Sérvia ficou com duas medalhas de prata, ambas perdendo o título para os Estados Unidos. Primeiro, em 1996, ainda sob o nome de Iugoslávia, a seleção tinha, além de Divac, Dejan Bodiroga e Sasha Danilovic como principais jogadores. Depois, no Rio de Janeiro, em 2016, os sérvios perderam com um jovem Nikola Jokic, além de Bogdan Bogdanovic e Milos Teodosic.
Draft de 2018
O recrutamento de 2018 celebrou o pivô Deandre Ayton como a primeira escolha, pelo Phoenix Suns. Entretanto, o Sacramento Kings tinha a segunda pick naquele ano. Enquanto Ayton era o jogador que o Suns realmente queria, a direção do Kings não tinha certeza de quem iria indicar.
Obviamente, Luka Doncic era um nome alto nas cotações, mas havia um problema: Vlade Divac.
Apesar de Divac ter feito uma grande carreira como jogador, sendo All Star em 2001, sua gestão no time californiano não foi lá essas coisas. Na verdade, foi horrível.
Mas Divac tinha todas as chances de optar por Doncic e poderia ser a escolha natural para atuar ao lado de De’Aaron Fox, escolha de um ano antes.
Claro, Doncic foi MVP da Euroliga aos 19 anos, então era o que precisava ser feito. Já falávamos sobre ele em 2017 (leia os comentários que alguns fãs do Mavs já previam…).
Todavia, por problemas com o pai do astro do Dallas Mavericks, ele selecionou Marvin Bagley.
O torcedor do Kigns não tem um minuto de paz. Deu tudo certo, né?
Então, vamos remontar a seleção da Iugoslávia, sem separação, como uma das melhores do basquete atual.
A SELEÇÃO
Titulares
Luka Doncic (Eslovênia)
Bogdan Bogdanovic (Sérvia)
Bojan Bogdanovic (Croácia)
Nikola Vucevic (Montenegro)
Nikola Jokic (Sérvia)
Banco
Goran Dragic (Eslovênia)
Mario Hezonja (Croácia)
Cedi Osman (Macedônia)
Nemanja Bjelica (Sérvia)
Dario Saric (Croácia)
Dragan Bender (Croácia)
Nikola Mirotić (Montenegro)
Boban Marjanović (Sérvia)
Jusuf Nurkic (Bósnia)
Ivica Zubac (Croácia)
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