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O Minnesota Timberwolves entra na temporada 2015-16 sabendo que há 12 anos não se classifica para os playoffs. Embora tenha um elenco jovem e promissor, o time passa por uma eterna reconstrução, desde a saída de Kevin Garnett para o Boston Celtics. Garnett ficou seis anos no Boston Celtics, mais um e meio no Brooklyn Nets, retornou e a situação continua a mesma.
Claro que suas funções em quadra hoje já não são mais as mesmas. Ele está com 39 anos e o relógio não parou. Garnett perdeu explosão física e teve seus minutos reduzidos de forma gradual. Agora, com tantas opções no elenco, resta saber quem é que vai aparecer no garrafão. E isso logo se remete ao calouro Karl-Anthony Towns, primeira escolha do draft.
Towns chega em um grupo repleto de jogadores para a área pintada e pode ver seu primeiro ano apenas como aprendizado. Por mais que seja talentoso, ele terá de disputar espaço com atletas como Nikola Pekovic, Gorgui Dieng, Adreian Payne, Anthony Bennett, e claro, Garnett.
O técnico Flip Saunders adiantou que pretende utilizá-lo nas duas funções de garrafão, ou seja, como ala-pivô e pivô. Mas a pergunta que fica: vai sobrar tempo?
Pekovic perdeu espaço por conta de seguidas contusões e de uma defesa pra lá de questionável. O pivô montenegrino é talentoso no ataque e não existem grandes contestações sobre isso. Mas nas últimas duas temporadas, ele ficou de fora de 79 partidas. Isso significa que até o Valdívia jogou mais que ele no Palmeiras. E quando o assunto é segurar a bronca em seu aro, ele falha miseravelmente. Ele não sabe defender nem um prato de comida. E olha que estamos falando de um sujeito de 2,11 metros e quase 130 quilos.
Na contramão de Pekovic, vem Dieng. O jogador senegalês é maníaco por defesa e por rebotes. Aos 25 anos, ele está provando ser um atleta muito mais competitivo e pronto para a posição do que o suposto titular. Seu problema é não ter grife. Isso mesmo. No grupo do Timberwolves, ele seria, na teoria, a terceira ou quarta opção para o garrafão, sem distinguir posições.
Payne chegou em troca com o Atlanta Hawks no meio da temporada e agradou mais que Bennett o ano todo. Para se ter uma ideia, ele foi titular em 22 dos 29 jogos pela equipe. Ainda lhe falta amadurecimento e uma melhor consistência nos arremessos de longa distância para ganhar espaço com todos sadios. E é justamente nessa que Bennett parece ser a carta fora do baralho.
Primeira escolha de 2013, o ex-jogador do Cleveland Cavaliers tem cheiro, cara, pinta e jeito de bust. Visivelmente mais magro durante o Pan, Bennett teve uma boa participação pela equipe canadense, jogando mais dentro do garrafão. Claro que estamos falando do basquete FIBA, mas é uma evolução.
Eu não sou GM de nenhuma equipe, porém tenho uma opinião de que o time precisa se livrar de dois deles, pois Nemanja Bjelica pode fazer o tal stretch four. Bjelica possui um arremesso consistente de longa distância e pegou 8.5 rebotes na última edição da Euroliga em cerca de 27 minutos. Hoje, ele seria apenas a sétima opção, principalmente por causa da defesa.
A re-assinatura de Garnett com o Wolves é uma verdadeira incógnita. O veterano fechou por dois anos, porém ele é muito mais importante hoje do lado de fora do que dentro da quadra. O desenvolvimento de Dieng, Bennett, Payne, e principalmente Towns, depende de quantos minutos ele vai jogar nesse período. Nem cogito Pekovic, pois ele vai atuar por 38 partidas e depois ficará no estaleiro. Mas algo precisa ser feito com alguma urgência neste garrafão.
Na noite de sexta-feira, um rumor envolvendo uma troca entre o Portland Trail Blazers e o Timberwolves apareceu na mesma velocidade em que sumiu. Nenhum nome foi divulgado, no entanto, as equipes conversaram sobre uma negociação. Fracassou, porém parece conter ao menos um desses jogadores.
Se estivéssemos falando de uma temporada puramente de aprendizado para o jovem grupo, Pekovic seria nome certo em qualquer tipo de permuta. Existem vários times precisando de uma presença ofensiva no garrafão e o camisa 14 está sobrando.
Com tantos jogadores ali, o prêmio de melhor calouro da temporada pode cair no colo de Jahlil Okafor, do Philadelphia 76ers ou até mesmo de Emmanuel Mudiay, do Denver Nuggets. Towns aparece como zebra, ao menos na minha opinião.
Jogo rápido: como você distribuiria os minutos da área pintada do Wolves? São 96 para sete jogadores. Você trocaria alguém por escolhas futuras de draft ou investiria em todos eles, sabendo que em algum momento as contusões vão chegar?
