Um time cheio de calouros pode ser um bom negócio

Durante a próxima temporada o Houston Rockets será forçado a pagar por seus próprios esforços ao tentar seduzir o Orlando Magic para trocar o pivô Dwight Howard com a franquia: ela se livrou de seus jogadores mais experientes – e consequentemente com contratos mais caros – e se encheu de escolhas de draft e jovens […]

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Durante a próxima temporada o Houston Rockets será forçado a pagar por seus próprios esforços ao tentar seduzir o Orlando Magic para trocar o pivô Dwight Howard com a franquia: ela se livrou de seus jogadores mais experientes – e consequentemente com contratos mais caros – e se encheu de escolhas de draft e jovens jogadores.

O tempo passou, Howard foi parar no Los Angeles Lakers, e a franquia se vê sem boa parte da equipe que foi a base da última temporada: Samuel Dalembert, Luis Scola, Chase Budinger, Goran Dragic, Kyle Lowry, Courtney Lee, entre outros, foram embora. O único veterano remanescente é o ala-armador Kevin Martin.

Agora, a franquia tem no elenco, além de  cinco calouros (Terrence Jones, Jeremy Lamb, Royce White, Donatas Montiejunas e Scott Machado), vários outros jogadores com pouca experiência na liga: Omer Asik, Jeremy Lin, Patrick Patterson, Chandler Parsons, Marcus Morris, Toney Douglas, e outros.

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Com tantos jogadores crus, a torcida do Rockets tem que se preparar para uma ou duas temporadas sendo o saco de pancadas da NBA, até que seus jovens ganhem experiência e o time volte a ser competitivo – como aconteceu com o Cleveland Cavaliers em 1986-87.

Naquela temporada, o Cavs estava em (mais um) processo de reconstrução do elenco, que teve desempenho fraco nos anos anteriores. Assim, se livrou da estrela World B. Free, que mesmo fazendo 23.4 pontos por partida não conseguia melhorar o nível dos seus companheiros, e do promissor Roy Hinson, além de outros role players, para apostar em calouros e em um novo treinador, Lenny Wilkens.

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Assim, chegaram à franquia os calouros Brad Daugherty, Ron Harper, John “Hot Rod” Williams, Mark Price e Johnny Newman, e desses cinco, três foram os titulares em todos os jogos da temporada regular (Daugherty, Harper e Hot Rod). A franquia teve uma campanha de 51 derrotas e 31 vitórias, mas o embrião da equipe estava formado para os anos seguintes.

Daugherty, considerado o melhor jogador do Cavs antes de LeBron James, teve médias de 15.5 pontos, 8.1 rebotes e 3.8 assistências, com um aproveitamento de 53,8% nos arremessos; “Hot Rod” Williams conseguiu 14.6 pontos, 7.9 rebotes e 2.1 tocos. Mas quem mais se destacou foi Ron Harper: atuando 37.4 minutos, seus números foram de 22.9 pontos, 4.8 rebotes, 4.8 assistências, 2.5 roubos e um toco. Os três fizeram parte do time ideal de calouros naquela temporada – que também contou com o Calouro do Ano, Chuck Person, do Indiana Pacers e com Roy Tarpley, do Dallas Mavericks.

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Eles reergueram a franquia, que no ano seguinte já conseguiu voltar aos playoffs. Mesmo com a saída de Harper em 89, o Cavaliers figurou como uma das franquias fortes da NBA no fim da década de 80 e início da década de 90. Foram oito idas para a pós-temporada em nove anos consecutivos, incluindo três campanhas com mais de 50 vitórias, mas infelizmente eles sempre cruzavam com o Chicago Bulls no caminho – foram cinco eliminações para o time de Michael Jordan.

Apesar do melancólico fim de carreira de Daugherty em 1994, devido às lesões, ele entrou para a história da franquia sendo convocado para cinco All-Star Games e liderando a franquia em quase todos os fundamentos quando se aposentou, até ser superado por LeBron James e Zydrunas Ilgauskas – Mark Price se tornou o primeiro jogador do Cavaliers a ser integrante do time ideal da NBA, em 1993.

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Então, torcedor do Rockets, apostar na “base” pode acabar sendo ruim agora, mas com certeza o futuro trará bons resultados.

 

 

 

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