Um monte de coisas

O que era para ser apenas um texto, acabou virando um monte de coisas. Boa sorte aos leitores

Fonte: O que era para ser apenas um texto, acabou virando um monte de coisas. Boa sorte aos leitores

Pensei o dia todo sobre o que eu iria escrever. Na realidade, tinha a certeza que não faria nada sobre o Jogo das Estrelas, até porque já havia feito na semana passada. Mas como algumas coisas aconteceram, não tenho como deixar em branco.

Então, o que era para ser um texto simples, acabou mudando tudo. Boa sorte!

Reservas do ASG

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Como é que querem que eu tenha respeito por uma lista onde Anthony Davis é esnobado? Sim, Davis deveria estar lá com um pé nas costas não só pelos números impressionantes, mas também pelo que ele tem feito para o New Orleans Pelicans ainda sonhar com uma improvável classificação aos playoffs. Sem Jrue Holiday, as coisas ficaram ainda mais difíceis.

De qualquer forma, não sou contra a ida de Dirk Nowitzki. Na lista que mandei para que o Ricardo Stabolito postasse meu artigo da semana passada, o alemão estava na primeira. Então, depois, coloquei Davis em seu lugar. Porém, fiquei com dor na consciência ao ver que Dirk estaria fora. Por que? Simples. Nowitzki faz um ano abaixo do que tinha anteriormente, é fato. Mas ainda assim ele consegue apresentar números suficientes para credenciá-lo e além disso, está com 35 anos e fazendo tudo isso. 

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Como Kobe Bryant não deve ir, por conta da lesão, abre uma vaga que pode ainda ser de Davis. Espero que isso aconteça, até pelo fato de o jogo ser em New Orleans.

Outra escolha me deixou de orelha em pé. Foi Joe Johnson e acho que a maioria aqui vai concordar comigo. Por que, raios, Johnson está lá? Ele possui os piores números desde a sua terceira temporada, quando ainda atuava pelo Phoenix Suns. Para completar, só agora que o Brooklyn Nets entrou na zona de classificação do Leste. Vale lembrar toda a expectativa que existia em cima dessa equipe antes do início de 2013-14. Kyle Lowry poderia estar facilmente em seu lugar, até por conta da boa campanha que faz o Toronto Raptors.

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Eu torcia por Paul Millsap, mas ainda mais para Al Jefferson. Pensei até que seria possível os dois, mas por conta de um grande número de jogadores para a posição, que ainda conta com Roy Hibbert, Joakim Noah, e Chris Bosh, achei que alguém ia acabar sobrando. Foi Jefferson, que tem feito de tudo para melhorar aquele outrora horroroso Charlotte Bobcats. Uma pena.

Jogadores que pararam cedo

Pensei nesse assunto nos últimos dias até que o Cearah, amigo meu, pediu para que eu escrevesse algo sobre o assunto. Meio coincidência, meio que não. 

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Há algumas semanas eu assistia a um jogo de Brad Daugherty, ex-jogador do Cleveland Cavaliers, e lembrei do quanto ele era realmente bom. Primeira escolha do draft de 1986, Daugherty atuou pelo Cavs por oito temporadas, sendo que em cinco deles ele esteve no All Star game. Infelizmente, os problemas no joelho fizeram com que ele encerrasse sua carreira aos 28 anos.

Outro pivô que eu gostava era o Jayson Williams, que jogou no Philadelphia 76ers e no New Jersey Nets durante a década de 90. Ótimo defensor, Williams só ganhou espaço em sua sexta temporada. Dois anos depois, foi para o Jogo das Estrelas e era um dos caras mais legais da NBA. Seus problemas começaram em 1998-99, quando quebrou a perna e jamais conseguiu retornar às quadras. Para o seu azar, ele estava no primeiro de seis anos de contrato, no valor de US$ 90 milhões de dólares. E como não tem algo que não possa piorar, Williams foi condenado a cinco anos de prisão por matar o seu mordomo, sendo liberado após 18 meses.

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Um armador que atuou por poucos anos foi T.J. Ford. O atleta, escolhido pelo Milwaukee Bucks na oitava posição do draft de 2003, tinha um futuro promissor. Entretanto, sofreu uma lesão parecida com a do ala-pivô Ryan Anderson em seu primeiro ano. Os médicos achavam que ele deveria parar naquela época, mas ainda assim conseguiu jogar por alguns anos. Frequentemente sentindo fortes dores nas costas, Ford parou aos 28 anos como reserva no San Antonio Spurs em 2011-12.

Apenas um ano foi suficiente para convencer a muitos que Jay Williams teria um grande futuro na NBA. E teria mesmo. Segunda escolha do Chicago Bulls em 2002, atrás apenas de Yao Ming, Williams estava de férias e resolveu dar um “rolezinho” em sua moto. O resultado foi uma fratura na pélvis, três deslocamentos de ligamentos em seus joelhos e um rompimento total dos ligamentos. Tentou voltar a jogar em 2006, sem sucesso. 

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Danny Manning era fantástico no Los Angeles Clippers e jogou até os 36 anos. Mas por que sua carreira foi interrompida somente aos 36? Bem, ele se machucou gravemente no joelho em sua primeira temporada e ainda assim conseguiu ser selecionado duas vezes para o Jogo das Estrelas. O problema é que enquanto jogava, seus joelhos foram se deteriorando e constantemente deixava de atuar. Em apenas três dos 15 anos ele esteve em todas as partidas. Poderia ter feito mais, caso não tivesse se machucado tanto.

Um cara que eu gostava muito era Jamal Mashburn, um dos triple jays, do Dallas Mavericks dos anos 90. Mashburn jogava ao lado de Jason Kidd e Jim Jackson. Apesar do sucesso, o Mavs daquela época era ridículo de tão ruim. As lesões o impediram de ter uma carreira monstruosa. Depois de passar sem muito brilho pelo Miami Heat entre 1996 e 2000, foi para o Charlotte Hornets, onde finalmente conseguiu participar do All Star game, em 2002-03. No ano seguinte, porém, ele se machucou novamente e acabou se aposentando.

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Outros jogadores, como Grant Hill, Yao Ming, e Tracy McGrady, até chegaram a atuar bem depois de sérias lesões. Mas outros, como Penny Hardaway, Ralph Sampson, e Brandon Roy, não tiveram a mesma sorte. 

Hill chegou a jogar o ASG depois de se machucar, foi o melhor defensor do Phoenix Suns nos gloriosos anos de Steve Nash e parou na temporada passada quando praticamente não atuou pelo Los Angeles Clippers. Yao, constantemente mais votado para ser titular no Jogo das Estrelas por conta de seus conterrâneos, provou seu valor e foi realmente muito bom. Só que as contusões no pé e no tornozelo acabaram com ele, encerrando sua carreira aos 30 anos. Já McGrady, ídolo principalmente do Orlando Magic e Houston Rockets, vivia com dores nas costas. Se arrastou durante várias temporadas até que teve uma chance de ouro para finalizar sua brilhante carreira no San Antonio Spurs com um título. Pouco entrou em quadra e do banco, viu o Miami Heat ficar com o caneco.

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Hardaway fazia uma das melhores duplas da NBA ao lado de Shaquille O’Neal no Orlando Magic. Com a saída de Shaq para o Los Angeles Lakers, Penny ficou com sozinho e não conseguiu repetir a final de 1994 contra o Houston Rockets. Para piorar, dois anos depois ele se machucou seriamente e nunca mais foi o mesmo. Perambulou por outros três times até dizer chega em 2007-08.

Sampson era uma das Torres Gêmeas originais, com Hakeem Olajuwon. Teve quatro anos espetaculares no Houston Rockets, especialmente o primeiro, quando obteve o prêmio de calouro do ano, jogou o ASG, e teve médias de 21.0 pontos e 11.1 rebotes. Então, ele passou por cirurgia no joelho e definitivamente, jamais passou perto de seus grandes feitos. 

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Agora, Roy teve um azar gigantesco. Foram cinco anos de muitas lesões no joelho enquanto atuava pelo Portland Trail Blazers até que precisou interromper sua carreira em 2011-12, aos 27 anos. Tentou, em vão, retornar às quadras na temporada passada pelo Minnesota Timberwolves. Mas após cinco jogos e sem condições físicas, se aposentou de vez.

Super Bowl

O que um site (blog, que seja) de NBA tem a ver com futebol americano? A resposta é bem simples: nada. Na verdade, quase nada. Mas é algo que gostaria de destacar.

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Antes de tudo, é o jogo mais importante do esporte americano, bem mais do que a final da NBA. É apenas uma partida, onde nem sempre o melhor vence. Entretanto, o que envolve esse embate é que tem de ser considerado.

Na última semana li um estudo da ESPN que aponta o futebol americano como a primeira opção (de longe) entre os esportes nos Estados Unidos com 35% de preferência. A NBA, você deve querer saber, então eu conto para vocês: é apenas o quinto, com meros 6%, atrás de beisebol, futebol americano de faculdades (College football), e corridas automobilísticas (leia-se Nascar). 

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Os comerciais são os mais caros da TV norte-americana, onde uma propaganda de 30 segundos custa nada menos que US$ 4 milhões de dólares e é um dos eventos esportivos mais assistidos em todo o mundo, perdendo somente para a final da Champions League.

Além disso, tem o fato de a rivalidade ser real, longe daquela que “existe” na NBA. Com toda sinceridade, a liga da bola laranja perde feio em vários quesitos, incluindo nesse. Talvez, bem talvez, Lakers x Celtics, por conta da história de finais. Só que no futebol americano, a coisa pega.

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No fim de 2013, um pai teve a brilhante ideia de brincar com a filha. Ela, torcedora do Chicago Bears, recebeu uma camisa do Green Bay Packers. O resultado não poderia ser diferente. 

Nesta semana, uma rádio de Denver baniu todas as bandas de Seattle em sua programação. Duvida? Clique aqui. Tudo bem que chega a ser surreal, mas é algo engraçado que mostra exatamente como a NFL é encarada nos Estados Unidos.

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A rivalidade da NBA acaba sendo de jogadores, não de times. 

Não me entenda de forma diferente. Eu amo NBA, mas o profissionalismo da NFL é algo bem superior. Tudo que envolve o futebol americano acaba ganhando proporções ainda maiores. E aqui no Brasil, por conta das transmissões serem cada vez mais amplas, o esporte ganha mais adeptos e cresce assustadoramente.

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Meu palpite para a final é que o Broncos vence e assim, Peyton Manning se aposenta com o seu segundo título na carreira aos 37 anos.

Para finalizar

E não é que limaram o Mestre Tureta?

Não sei se foi demitido ou se foi por pedido próprio, mas Tureta era quase que um folclore nos comentários do canal Space. Tem gente que torce o nariz, porém ele era querido por muitos, incluindo eu. Uma pena.

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Boa sorte ao Tureta, que mandou vários abraços ao Jumper Brasil enquanto esteve lá.

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