A última chance de título para LeBron James no Lakers

Com forte montagem de elenco, Lakers e James podem ter a última chance de vencer um título juntos

título LeBron James Lakers Fonte: Ethan Miller / AFP

A temporada 2023/24 é decisiva para o Los Angeles Lakers, afinal, pode ser a última chance de um título para LeBron James na equipe. Após a remontada durante a campanha de 2022/23, que levou a equipe do 13º posto até as finais da Conferência Oeste, Los Angeles apostou em manter a base principal do elenco. E trouxe reforços pontuais para que a franquia pudesse brigar para ser campeã.

Nomes como Gabe Vincent, Taurean Prince e Christian Wood, entre outros, reforçam uma base que busca voos ainda mais altos na nova temporada. A equipe também apostou em renovações com vários atletas importantes: Anthony Davis, Austin Reaves, D’Angelo Russell e Rui Hachimura.

O objetivo final é voltar a ser campeão da NBA, em um ano que, aliás, pode ser o último de LeBron James na franquia. O veterano chega à sua 21ª temporada no currículo, sendo um dos únicos sete jogadores da história a alcançar essa marca. Apesar de não dar grandes sinais de queda e ainda ser um dos melhores jogadores do mundo, seu filho pode fazê-lo mudar de time em 2024/25.

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Ele tem o intuito de jogar ao lado de Bronny James no último ano de sua carreira. O jovem ala deve entrar na liga no Draft de 2024. Portanto, James pode ter um novo destino para realizar o desejo.

Com um time ainda melhor do que no último ano, é óbvio que a pressão está sobre o Lakers e LeBron James por mais um título, o que faria a franquia se tornar a maior da NBA nesse quesito, e o jogador chegar ao quinto campeonato. Afinal, eles estão perto desse destino final?

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Leia mais sobre o Los Angeles Lakers!

O elenco

C 14 Colin Castleton (TW) 2.11 m 105 kg
SG 10 Max Christie 1.96 m 86 kg
C 3 Anthony Davis 2.11 m 116 kg
SF 17 Alex Fudge (TW) 2.06 m 87 kg
PF 28 Rui Hachimura 2.03 m 104 kg
C 11 Jaxson Hayes 2.13 m 98 kg
SG 55 D’Moi Hodge (TW) 1.93 m 84 kg
PG 0 Jalen Hood-Schifino 1.98 m 98 kg
SF 23 LeBron James 2.06 m 113 kg
SF 21 Maxwell Lewis 2.01 m 93 kg
PF 12 Taurean Prince 2.01 m 98 kg
SG 15 Austin Reaves 1.96 m 93 kg
SF 5 Cam Reddish 2.03 m 99 kg
PG 1 D’Angelo Russell 1.93 m 91 kg
PF 2 Jarred Vanderbilt 2.06 m 97 kg
PG 7 Gabe Vincent 1.91 m 88 kg
C 35 Christian Wood 2.08 m 101 kg

Movimentações na offseason

Chegaram: Gabe Vincent (Heat), Taurean Prince (Timberwolves), Christian Wood (Mavericks), Jaxson Hayes (Pelicans), Cam Reddish (Blazers), Jalen Hood-Schiffino (Draft), Maxwell Lewis (Draft), Colin Castleton (não draftado), D’Moi Hodge (não draftado), Alex Fudge (não draftado)

Saíram: Dennis Schroder (Raptors), Lonnie Walker IV (Nets), Malik Beasley (Bucks), Mo Bamba (76ers), Troy Brown Jr (Timberwolves), Tristan Thompson (Cavaliers), Wenyen Gabriel (Celtics), Cole Swider (Heat), Scotty Pippen Jr (sem time), Shaquille Harrison (sem time)

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O técnico

Darvin Ham desperta emoções dúbias nos torcedores do Lakers. A franquia demitiu Frank Vogel um ano antes de forma estranha, visto que foi muito mais uma vítima das péssimas decisões administrativas do que um mau treinador. Como qualquer técnico novato, ele variou entre acertos e erros em seu primeiro ano.

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Assistindo à pré-temporada, já temos um claro foco de evolução. O Los Angeles Lakers está com um espaçamento muito maior do que em qualquer outro momento da equipe desde que LeBron James chegou. Nos amistosos, o estilo e a evolução do jogo contam muito mais do que o resultado. O Lakers foi bem, sobretudo no ataque, que de fato nunca foi um grande ponto forte da equipe com LeBron, desde 2018.

Há material humano para trabalhar, peças encaixáveis e, tendo isso, Ham foi um muito bom técnico em geral. Sua evolução me parece já estar acontecendo no segundo ano. Tem algumas teimosias naturais de um treinador, mas a equipe de Los Angeles está bem neste departamento.

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O perímetro

D’Angelo Russell, Austin Reaves e LeBron James seguem na casa. E é justo dizer que o reforço mais badalado e a pior perda da franquia também estão aqui. Gabe Vincent é o tipo de armador que pode se dar muito bem em times de LeBron. O astro tem uma alta polarização da bola no ataque, sendo quase o verdadeiro armador de um time que também tem alto volume de bola para Russell e Reaves.

O ex-Miami Heat, entretanto, se sente muito confortável no papel sem bola, seja no ataque ou para defender um bom pontuador adversário. Lembrando que falamos do espaçamento em 2023/24 para elogiar Darvin Ham, Los Angeles foi péssimo nesse aspecto em 2022/23, e Vincent pode ajudar justamente nesse quesito. Em mais de seis tentativas por noite nos playoffs, teve 37.8% nas bolas de três.

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Ele não será titular a princípio, mas pode ser uma boa arma para fechar jogos importantes e pode jogar em qualquer composição de rotação que Ham tente aqui de maneira confortável. No entanto, Vincent vai precisar render. Dennis Schroder era o dono da mesma função no último ano e foi um jogador muito importante na caminhada de Los Angeles, que o perdeu para o Toronto Raptors.

Além disso, espere mais minutos do jovem arremessador Max Christie este ano. Espaçador nato, ele tem se beneficiado do sistema mais fluído de ataque. Los Angeles também perdeu Lonnie Walker, que, apesar do protagonismo contra o Warriors, foi inconstante ao longo do ano. Malik Beasley foi uma grande decepção para a equipe. Não espere um grande impacto de Cam Reddish, apesar de o ala ainda ser muito jovem.

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O garrafão

Aqui morava a grande dúvida de Los Angeles. Afinal, em algum momento das férias da NBA, especulou-se que a equipe tentasse voltar a um esquema com dois pivôs, que rendeu o título ao Lakers de LeBron James em 2019/20. E de fato, parece ser uma tendência, mas não para o quinteto inicial. Anthony Davis vai se manter como pivô titular com uma grande briga pela última vaga.

Três nomes se destacam para a função: Rui Hachimura e Jarred Vanderbilt, que já haviam disputado o espaço em 2022/23, e o reforço Taurean Prince, que parece ter ganhado a vaga na equipe. O ala é ótimo nos arremessos de três (38.1% na última temporada) e também é um sólido defensor. A maior variedade em relação às outras duas peças foi decisiva.

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Vanderbilt é o melhor defensor do grupo, mas tem dificuldades enormes no lado ofensivo. Por outro lado, Hachimura foi brilhante na pós-temporada, porém teve apenas 29.6% de aproveitamento do perímetro na temporada regular. Apesar das dificuldades defensivas do começo de carreira, ele evoluiu nesse quesito em 2022/23. No entanto, a maior constância de Prince parece ser decisiva em um primeiro momento.

Os pivôs reservas têm uma variação de características. Christian Wood é um jogador que, com volume, pode fazer 20 pontos em todas as noites. Entretanto, é muito abaixo na defesa. Jaxson Hayes é uma potência física que não entregou nada a mais do que isso. Para ter minutos relevantes, sobretudo nas grandes noites da campanha, eles precisam superar suas próprias dificuldades. A vontade de jogar com dois pivôs está lá; vamos ver se algum deles se firma para levar isso além do conceito.

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Análise geral

As duas palavras-chave da histórica franquia para a temporada são: Continuidade e variação. As mesmas lideranças foram mantidas, ao invés de projetos megalomaníacos dos últimos anos, que não permitiram que uma base sólida fosse montada ao redor de LeBron James e Anthony Davis no Lakers, impedindo as maiores chances de um novo título.

A variação de rotações e formas de jogar é ainda mais visível em um elenco dos mais profundos de toda a NBA. James vai completar 39 anos em dezembro. Ele não pode mais se dar ao luxo de jogar 36 minutos durante os 82 jogos da longa campanha regular. Mais espaçamento, mais ideias de jogo, menor dependência. A receita para que ele chegue na ponta dos cascos quando a hora da verdade chegar nos playoffs. Não foi o que aconteceu no último ano, infelizmente.

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Anthony Davis e sua saúde, então, se tornam ainda mais fundamentais para o sucesso. Um novo título para o Lakers e para LeBron James passa pela maior dominância defensiva da NBA, que é fornecida pelo pivô quando não está no departamento médico. A ideia de ter dois pivôs em momentos específicos é justamente dar-lhe mais liberdade para agir em quadra e tirá-lo dos duros confrontos físicos de imposição no garrafão da liga.

Em outras palavras, se o Lakers tinha um plano, ele foi bem traçado e realizado. O time está melhor, está mais encaixado, tem variações táticas e está aperfeiçoando o seu estilo de jogo. As inúmeras variáveis da NBA vão dizer se o enfim bom trabalho da franquia, após anos de decisões questionáveis, resultará em um campeonato. Um time ajeitado e uma dupla que ainda é top-10 da liga certamente estão na disputa.

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Previsão Jumper Brasil: quarto lugar na Conferência Oeste

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