Uma das discussões mais quentes da liga no momento gira em torno de um número: 65. Afinal, por regras da liga, os jogadores precisam disputar mínimo de 65 partidas para serem elegíveis aos prêmios da temporada. Os torcedores cada vez mais questionam a norma, enquanto os atletas estão irritados. Tyrese Haliburton, por exemplo, definiu a questão do número de jogos como uma estupidez por parte da NBA.
“Assim como muitos colegas, eu acho que isso é estúpido. É uma regra estúpida. Mas é o que os donos das equipes querem. Então, como jogadores, nós temos que entrar em quadra e fazer o nosso trabalho. Precisamos disputar essas 65 partidas e bater a meta. No entanto, ao mesmo tempo, temos que cuidar dos nossos corpos para estarmos em condições de jogo”, criticou o astro do Indiana Pacers.
Esse limite, para começar, foi estabelecido no novo acordo coletivo de trabalho da liga. Uma negociação, aliás, que favoreceu bastante os mandatários em relação aos atletas. Assim, revelou-se uma das várias “respostas” à crescente política de poupar jogadores saudáveis durante a temporada regular. Para Haliburton, isso criou um grande dilema e risco na cabeça dos jogadores.
“O limite de jogos e a saúde, em síntese, apresentam um dilema para todos. Acho que já estamos vendo alguns jogadores da liga lidando com essa situação. Não é fácil, mas vai ser assim. Contanto que os donos estejam felizes, tudo certo. Isso é o que importa, certo?”, disse o jovem craque, em um tom de ironia.
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Questão pessoal
Tyrese Haliburton é um dos atletas que podem ser impactado pelo limite de jogos da temporada da NBA. O líder absoluto de assistências da liga já perdeu 14 partidas do Pacers na campanha por causa de lesões. Ou seja, já está bem perto no limite. Isso deve custar-lhe uma seleção para um dos quintetos ideais da liga. A situação, como resultado, pode impactar os valores de seus contratos futuros na NBA.
“Eu sou um humano, assim como todos vocês. Uso a internet e leio o que publicam por aí. Então, eu entendo o que está em jogo para mim do ponto de vista financeiro. Mas, no fim das contas, cuidar do meu corpo precisa ser a prioridade. Só assim, afinal, vou conseguir aproveitar as minhas habilidades para performar o meu melhor basquete”, refletiu o astro de 23 anos.
O critério é rigoroso, mas, ao menos, a conta fica clara. Para resumir, Haliburton precisa jogar 20 minutos em 32 dos últimos 35 jogos de Indiana para ser elegível a premiações da temporada. “Para mim, o ideal seria trabalhar para colocar-me nas situações certas. Mas a equação é complicada, pois sei que não tenho muitas partidas a perder para atingir o número”, admitiu.
Reavaliação
A discussão e polêmica vão seguir até o fim da temporada, pois, agora, não há o que ser feito. Joel Embiid, por exemplo, corre sério risco de ser inelegível ao prêmio de MVP da temporada por isso. Mas, depois da campanha, as coisas podem ser revistas. A pressão por parte de imprensa, torcedores e jogadores vai ser forte. O técnico do Pacers, Rick Carlisle, aposta que a questão vai ser reavaliada.
“Essa regra vai ser um tópico de discussão séria ao fim da temporada, pois vamos ver impacto. Há muitos jogadores de elite que estão bem próximos desse limite. E não só isso. Nós disputamos a final da Copa da NBA, por exemplo, e isso não conta para os tais 65 jogos. Vamos ver o que vai acontecer, mas tudo será discutido novamente em breve”, previu o presidente da Associação dos Treinadores.
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