Treze de abril de 2016

Michel Zelazny analisa a última rodada de Kobe e Curry

Fonte: Michel Zelazny analisa a última rodada de Kobe e Curry

https://www.youtube.com/watch?v=XsnhE4Kxl0A

O dia 13 de abril de 2016 ficará marcado para sempre na história da NBA e dos fãs de basquete.

Kobe Bryant se aposentou. Talvez nem o melhor dos roteiristas de Hollywood, da mesma Los Angeles do Lakers, poderia criar um final tão emblemático para a carreira de Kobe. Se os seus 60 pontos vieram da maior quantidade de arremessos já tentada na história da NBA moderna, pouco importa. A estatística dá seu lugar à admiração e ao espetáculo. O que fica desta noite são os 12 pontos seguidos e sofridos que deram uma última improvável vitória ao Lakers de Bryant.

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Como grande aprendiz de Michael Jordan, até o que pode ficar marcado como jogo mais emblemático da carreira de Kobe Bryant teve sua semelhança com o maior de todos os tempos. O flu game, marcado como símbolo de perseverança e competitividade de Jordan, foi nas finais de 1997, contra o Utah Jazz. O mesmo Jazz que, com 2:30 para o final da carreira de Bryant, segurava uma confortável liderança de dez pontos. Mas poucas vantagens são confortáveis quando o camisa 24 da franquia dourada e roxa está do outro lado. Quem olhava para a cara de Kobe ao longo dos minutos finais sentia na pele o cansaço e a fadiga de 20 anos representando e simbolizando uma franquia, sendo um ícone de todo um esporte. E, ainda assim, entre as gotas de suor correndo por seu rosto, era nítido o olhar de absoluta confiança e a certeza de transformar um evento memorável em uma noite histórica.

Enquanto um último suspiro de presente passava a se tornar o primeiro instante de um brilhante passado, o mesmo momento virava uma marca para o futuro. A 550 quilômetros do vibrante Staples Center, a não menos efervescente Oracle Arena via um dos vários recordes quebrados ao longo da noite. O Golden State Warriors batia o Memphis Grizzlies para se consagrar como a primeira franquia da história da NBA com menos de dez derrotas na história da liga. Seja aclamado ou criticado, o que não se pode negar é que o Warriors está revolucionando a maneira de se jogar basquete. E, junto com eles, recordes vêm sendo pulverizados.

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Stephen Curry não jogou no quarto final. Nos três primeiros, foram dez tiros de três certeiros, que acarretaram num total de 402 para a temporada, 126 a mais do que qualquer outro jogador da NBA. Se mantivesse o ritmo no último período, chegaria a 13, ultrapassando o maior número de cestas de trás do arco numa única partida, marca dividida pelo próprio Curry e, entre outros, Kobe. A vantagem do Warriors construída ao longo do jogo fez com que seu principal jogador não entrasse em quadra, mas gosto de pensar em uma intervenção divina dos deuses do esporte.

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Que Curry vai se isolar no recorde e continuar a gozar de um arremesso de três nunca antes visto na história do esporte, poucos duvidam. Mas o astro do Warriors terá tempo para isso. Nesta noite mágica para os fãs de basquete, esse era o único recorde que não merecia ser quebrado.

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