Por Ricardo Romanelli
Todos nós gostamos da NBA como ela é. Com todos os defeitos que possa ter, a liga sem dúvida possui seus encantos, por formato único entre os demais campeonatos esportivos das mais diversas modalidades.
Não é, obviamente, um modelo perfeito. Por isso é que podemos sempre ter novas ideias que ajudem a liga e o esporte a evoluírem.
Listamos agora três mudanças que, se implantadas, acreditamos que mudariam a NBA para melhor.
Estas ideias, assim como outras, já circulam na internet há algum tempo, já tendo sido propostas e comentadas em diversos fóruns e artigos. Deixamos aqui nossa opinião e comentário favoráveis a respeito da adoção destas mudanças.
1 – All-Star Game valendo mando de quadra nas Finais
O All-Star Game hoje está reduzido a um bando de jogadores sem vontade de jogar. Apenas aqueles que estão lá pela primeira vez parecem se esforçar. De resto, assistimos a 48 minutos de atletas desinteressados fazendo as mesmas jogadas ano a ano.
Para consertar isso, a proposta seria de fazer com que as partidas passem a valer o mando de quadra das Finais da NBA.
A equipe que ganhasse o jogo, garantiria o mando de quadra nas Finais para o campeão da respectiva conferência.
Como a maioria dos jogadores sempre pertence a times que estão nos playoffs, isso faria com que eles tivessem real motivação para vencer a partida, que se tornaria disputadíssima.
Além disso, rivais na corrida pelo título da conferência se tornariam aliados em prol do objetivo comum. Isso adicionaria emoção e relevância ao jogo das estrelas, que tem sido modorrento ao extremo nos últimos anos.
2- Pesos iguais na loteria do draft
No atual sistema do draft, quanto pior o time vai na temporada, maiores são suas chances de ter uma alta escolha de draft.
Isso incentiva equipes a “entregar” a temporada em troca de melhores chances de selecionar um calouro mais habilidoso.
Caso atribua-se peso igual, separando-se os times apenas entre aqueles que foram aos playoffs e não participam da loteria, e aqueles que não foram aos playoffs e tem a mesma chance de ter uma escolha top 3, os times se obrigariam a ser competitivos até o final, pois não haveria propósito nesta tática de entregar a temporada.
Assim, teríamos uma briga mais acirrada na parte inferior da tabela e, consequentemente, jogos mais emocionantes durante a temporada regular.
Pode não ser o modelo mais justo, mas o atual também não é. Premiar equipes pelo mau desempenho não é interessante para a competitividade do esporte.
3 – Séries de playoff com cinco jogos
Essa mudança nunca seria aceita pela NBA, pois apesar de o argumento oficial para a adoção das séries de sete jogos foi ter sido garantir que o melhor time vença sempre, evitando as zebras, a verdade é que este modelo foi escolhido para gerar maiores receitas de bilheteria e demais ganhos que as partidas adicionais geram aos times.
No entanto, não pode se negar que séries de cinco jogos tornariam os playoffs mais intensos, com cada jogo valendo mais.
Hoje, em uma série parelha, as partidas só começam a ficar intensas a partir do jogo cinco, onde cada equipe já ganhou dois jogos e só então passam a disputar uma vantagem mais decisiva.
Com cinco jogos, a partir do segundo jogo uma equipe já pode cavar um buraco do qual pode não sair mais.
Além disso, menos jogos aumentam as probabilidades de uma zebra nos playoffs, o que convenhamos, é sempre muito interessante e rende manchetes.
Quanto ao argumento oficial da NBA, que apenas a série de sete jogos garantiria que o melhor sempre avança, só temos a propor uma reflexão: se um time é melhor, que prove isso em cinco jogos. Um time favorito não precisaria de sete jogos para demonstrar sua superioridade. Se precisa, talvez não seja tão bom assim, e que abra caminho para as zebras.
Estas são apenas três mudanças que, conhecendo a NBA, sabemos que não devem ser adotadas. No entanto, acreditamos que melhorariam a liga, tornando-a mais emocionante e competitiva durante o ano todo e em todos os eventos.
No atual estado da NBA, temos muitos jogos desperdiçados, tanto na temporada regular, quanto nos playoffs, quanto no All-Star Game. Adotando essas ideias, a competitividade geral se elevaria, sem sombra de dúvida.
