Com Trae Young comprometido na defesa, Atlanta Hawks vira um candidato no Leste

Time vem de boas temporadas, mas não consegue dar o passo adiante

Trae Young Atlanta Hawks Fonte: Kevin C. Cox / AFP

Trae Young bem que tentou, mas o Atlanta Hawks caiu na primeira rodada dos playoffs. No entanto, existe uma luz no fim do túnel. A equipe adicionou bons talentos nos últimos anos e tem um elenco que é mais promissor do que parece. E tudo começa por uma troca de treinadores durante a temporada.

Nate McMillan “perdeu” Young. Não havia mais comando ali. No entanto, com a chegada de Quin Snyder, você já começa a notar algumas diferenças. Primeiro, porque Snyder é muito bom no que faz. Não foi do nada que ele levou o Utah Jazz ao primeiro lugar no Oeste. Depois, o técnico fez de tudo para manter o vestiário “saudável”. Não conseguiu, mas a culpa dele é a mínima possível.

E já deu para ver algumas mudanças em Atlanta. Ele conseguiu manter uma rotação, apesar de tirar o jovem AJ Griffin dela, após a troca por Saddiq Bey. Talvez, seja o único ponto que poderia mudar de sua parte.

Publicidade

Mas quem precisa montar o elenco é a diretoria. E, ali, é importante trocar John Collins. Até para que Jalen Johnson e Griffin ganhem mais minutos. E rumor é o que não falta antes mesmo do fim da temporada.

Apesar de Collins ser talentoso ofensivamente, ele atingiu seu teto muito rápido na equipe e, hoje, não tem como “pegar de volta”. Em um quinteto titular, ele é apenas a quarta opção de ataque, já tendo sido a segunda. Em formações baixas, quando ele ganha minutos como pivô, vira a quinta. Então, o que acontece é que, a cada ano, ele vai perdendo mais espaço ainda. E não dá para desvalorizar quem tem tal talento.

Publicidade

O Hawks conta com diversos jogadores que podem contribuir em outros times, mas não conseguem “furar a fila”. Um deles é De’Andre Hunter.

Leia mais

Hunter teve, em 2022/23, sólidos 15.4 pontos como a terceira opção ofensiva. Embora o arremesso não tenha sido tão preciso como no ano anterior, ele ainda “passa de ano” com os 35% de aproveitamento. Só que, assim como Collins, não tem mais para onde ele crescer na equipe. Talvez, um problema seja sua inconstância defensiva. Nos dois primeiros anos de Atlanta, ele mostrou que tinha o jeito para a coisa, mas despencou na terceira temporada. Já na atual campanha, ele evoluiu e fez grandes jogos daquele lado da quadra.

Publicidade

Mas o que a gente sabe é que a direção está querendo fazer o time competir. Não adianta bater e cair na primeira rodada dos playoffs. É necessário mostrar algo similar ao ano em que foi às finais do Leste. Desde então, não mostrou o suficiente para chegar lá novamente.

Uma troca, especificamente, deixaria o Hawks com condições de ir além.

Todo mundo sabe que estamos na “temporada de caça aos jogadores do Toronto Raptors”, é hora de especular. Recentemente, li que Atlanta tentaria algo, mais uma vez, por Pascal Siakam. Mas o time canadense anda “pedindo demais” pelo ala-pivô. Poderia funcionar, se começar uma conversa com Hunter, Collins e escolhas de Draft, incluindo a pick 15 deste ano.

Publicidade

Claro, não passa de especulação, mas que colocaria a equipe em um outro patamar, não tenha dúvidas.

Caso não consiga nada ali, a maior preocupação do Atlanta Hawks deve ser em cercar Trae Young de talento. Não basta apenas trazer reforços pontuais para o banco. Precisa melhorar o elenco.

Outras possibilidades

Vamos lembrar que em um eventual pacote por um ótimo ala-pivô (ou ala), Collins e Hunter somam cerca de US$45.4 milhões em salários para a próxima temporada. Então, existem outros lugares que o Hawks pode explorar. O Boston Celtics, por exemplo, é um deles.

Publicidade

De acordo com o jornalista Sean Deveney, do site Heavy, Jaylen Brown seria um alvo agora ou no ano que vem. Isso porque Brown será agente livre ao fim de 2023/24. Mas dependendo de como as coisas acontecerem na offseason do Celtics, algo pode acontecer.

Claro, surgiu um rumor de que Trae Young poderia sair em troca para o Los Angeles Lakers, mas o Atlanta Hawks não pode pensar em algo assim. Pelo menos, por agora. Sim, o armador é uma lástima defendendo, comete erros bobos e tende a forçar demais o arremesso. Mas com Snyder, é possível/provável que ele se ajuste e seja o franchise player que a direção quer.

Publicidade

Mas existe, também, um cenário em que o Hawks troca por profundidade e arremessos de três.

Em 2022/23, Atlanta foi o 28° em arremessos tentados do perímetro. E o aproveitamento foi quase tão ruim quanto: 21°. Então, a ideia seria uma negociação com o Indiana Pacers.

Publicidade

Chegariam Chris Duarte, T.J. McConnell, Jalen Smith e uma escolha de primeira rodada por Collins, segundo o Bleacher Report. Aí, é olhar o copo meio cheio. Embora nenhum deles chegaria com impacto, são peças que podem ser úteis. Duarte é muito bom no perímetro, apesar de ter “amassado o aro” na atual temporada. Por outro lado, McConnell é um excelente defensor e tem ótima visão de quadra, podendo atuar tanto ao lado de Young ou Hunter. Já Smith, é um cara que pontua, pega rebotes, mas ainda parece cru.

Trocar Clint Capela?

É possível. Capela é um pivô decente, que cumpre bem suas funções defensivas e vive de pontuar apenas perto da cesta. É seu jogo, mas como o Hawks teve sérios problemas para fazer cestas de três, não se espante se ele sair em troca. E vai ser por alguém que saiba espaçar a quadra, pois seu reserva, Onyeka Okongwu, também não é exatamente um adepto a isso (tentou 16 na carreira, acertou quatro).

Publicidade

De fato, um dos alvos seria Brook Lopez, atualmente no Milwaukee Bucks. Mas Lopez acabou de brigar pelo prêmio de melhor defensor e fez parte dos times ideais no quesito. Portanto, qualquer ideia que o Hawks tenha sobre o pivô, precisa ser em sign and trade e pagando bem. Agente livre, o atleta ganhou cerca de US$13.9 milhões em 2022/23. Capela vai ganhar US$20.6 milhões, então seria necessário Atlanta oferecer algo perto disso para bater valores.

Young é “o cara”, mas defesa preocupa

É óbvio que Trae Young tem talento para brigar por MVP, mas sua defesa é um problema muito grande e deixa o Atlanta Hawks “capenga” de um lado da quadra. Além de ser franzino, ele tem, desde que chegou na NBA, uma certa preguiça de defender. Claro que, em algumas ocasiões, você vê o esforço em cima do cara da bola, mas é em vão. Ele funciona bem nas linhas de passes, roubando a bola e partindo para o contra-ataque. Mas é só. Não passa disso.

Publicidade

Só que, com esforço, as coisas melhoram. Ele começa a passar a impressão aos colegas que quer mais. Isso já é um começo e mostra que é um líder por exemplo, não só por talento. Faz muita diferença.

Claro que não é para ele ficar apostando em roubos de bola, se arriscando a fazer faltas. Mas tudo pode mudar com o mínimo esforço.

De qualquer forma, o Hawks tem talento, tem peças para trocas e pode voltar a brigar pelo título do Leste. Tem tudo nas mãos, basta não fazer bobagem na offseason.

Publicidade

 

Assine o canal Jumper Brasil no Youtube

Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.

Publicidade

Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA

Instagram
Twitter
Facebook
Grupo no Whatsapp

Publicidade

Últimas Notícias

Comentários