Times perdedores da trade deadline da NBA

Cinco equipes tiveram a chance de algo melhor, mas passaram longe

times trade deadline NBA Fonte: David Liam Kyle / AFP

A trade deadline passou e, a partir de agora, os times terão de se virar com o que possuem para o resto da temporada da NBA. Apesar de o período de trocas ajudar algumas equipes, como New York Knicks e Dallas Mavericks, outras sofreram baixas importantes. Enquanto isso, três franquias fincaram o pé, acreditando que podem brigar com seus atuais elencos (mesmo longe da classificação para os playoffs). Então, hoje vamos falar um pouco delas.

Em suma, a trade deadline da NBA serve para que times reforcem o que estão buscando. Seja subir na tabela ou abraçar o tank, é o momento em que as diretorias trabalham duro para estabelecerem o que querem, de fato, para aquela temporada. Mas, sendo bastante honesto, as cinco equipes que vamos citar hoje estão se enganando ou erraram feio.

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Obviamente, aqui é a opinião de uma pessoa, mas outras podem e devem ter pensamentos diferentes. Então, tudo certo. Se não gostar, os comentários estão aí para isso, pois ninguém é dono da verdade.

Philadelphia 76ers

Mas vamos começar com o Sixers, que fez várias trocas um tanto quanto estranhas. Tá. Talvez, uma delas seja bastante, que foi mandar Jaden Springer para o Boston Celtics, um rival de divisão. Fez sentido para alguém? Springer ganhava um salário tão alto assim para justificar a negociação?

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Bem, a resposta para ambos eu acho que é um sonoro “não”.

Para começo de conversa, Springer tem uma team option de US$4 milhões para a próxima temporada. Em salários na NBA, ele é um dos jogadores mais subestimados da liga, o que é natural, pois tem contrato de calouro ainda. Mas por que o Sixers reforçou o Celtics? E mais: por que quis abrir mão de um bom defensor jovem?

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Depois, mandou outro ótimo defensor para o Milwaukee Bucks, Patrick Beverley. Pegou Cameron Payne.

Sério?

Por fim, foi atrás de Buddy Hield, que é até uma boa. Mas o contrato de Hield é expirante, assim como quase todo o elenco.

Dá para entender por alguns motivos, entretanto. Primeiro, Hield vai levar volume de arremessos de três, já que o Sixers é apenas o 25° na NBA que mais arrisca dali. Depois, falando em competitividade, ele é um cara que vai ajudar ofensivamente. Mas existe o cobertor curto, já que ele não é bom bom defensor.

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A não ser que a direção entenda que Joel Embiid retorne dentro de cinco semanas e bem, a troca por Hield só tem outro sentido se ele ficar para a próxima temporada. E o Sixers tem alguma garantia disso?

Não.

Além disso, o time não explorou o contrato de Robert Covington em nada. Pensando em basquete mesmo, claro que Covington não ajuda muito hoje, mas eram US$11.6 milhões que poderiam ser investidos em um pivô reserva para Embiid. Com tal valor, Philadelphia poderia incluir escolhas de Draft para ter Daniel Gafford, por exemplo. E Gafford foi para o Dallas Mavericks por Richaun Holmes e uma pick de primeira rodada. Era só mandar o expirante de Covington e, no máximo, duas de segunda que levaria o pivô.

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Nem precisava pensar muito no que Gafford poderia fazer a mais do que Paul Reed.

Enfim, o Sixers foi um dos times que perderam muito na trade deadline da NBA.

Los Angeles Lakers

A diretoria do Lakers deve estar muito satisfeita com o que tem e com sua campanha, né? Afinal, 28 vitórias e 26 derrotas leva o time finalista do Oeste de 2023/24 para… o play-in. De novo.

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Enquanto LeBron James busca mais um título para a sua carreira, ele “passou a tocha” para Anthony Davis ser “o cara”. Mas o resto do elenco poderia estar fazendo melhor. Se esperava muito mais de Austin Reaves, por exemplo. Ao menos, o que ele fez na segunda metade da última campanha (17.6 pontos, 5.5 assistências e aproveitamento de 44.3% do perímetro). Foi por conta de números assim que o Lakers estendeu seu contrato.

Por outro lado, eu defendo a manutenção de D’Angelo Russell. Eu sei que o torcedor do time não gosta muito dele, mas o cara não comete erros de ataque, é uma ótima arma ofensiva e contribui nos arremessos do perímetro. Não defende e vira um problema nos playoffs, é fato.

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Embora o momento da publicação seja ruim (pois o Lakers bateu o New Orleans Pelicans jogando muito bem), é bom lembrar que o time é “de lua”. O mesmo que vence o Oklahoma City Thunder, Boston Celtics fora de casa sem LeBron e Davis é o que perde para Brooklyn Nets, Houston Rockets e Atlanta Hawks, por exemplo.

E ainda as lesões não ajudam, né?

Gabe Vincent fez apenas cinco jogos, enquanto existe um certo temor em relação ao ala-pivô Jarred Vanderbilt. A grande sorte do time de Los Angeles é que nenhuma das principais peças (James, Davis, Russell e Reaves) se machucou gravemente.

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Quase teve Dejounte Murray

Mas o Lakers até tentou fazer trocas com outros times da NBA na trade deadline. O Atlanta Hawks queria Reaves ao invés de Russell na negociação por Dejounte Murray. Entre Reaves e Murray, quem o torcedor prefere?

Se acha o primeiro melhor, então tudo bem.

Agora, sendo bem sincero? Eu não pensaria duas vezes, pois Murray faz muito bem os dois lados da quadra, joga sem a bola e cria arremessos para os companheiros. Poderia fazer uma grande dupla com Davis depois que James encerrar a carreira.

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Mas não. Enquanto isso, o Lakers sonha com Donovan Mitchell.

E você acha mesmo que o Cleveland Cavaliers, brilhando no Leste, vai querer trocar Mitchell?

Seja como for, o Lakers teve chance de melhorar seu elenco e não quis. Apostou no que tem porque acha que possui chances por ser “copeiro”. Pode até funcionar como foi no ano passado, mas é arriscado.

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Golden State Warriors

O mundo inteiro achava que um dos times mais ativos na trade deadline da NBA seria o Golden State Warriors. Afinal, Klay Thompson e Andrew Wiggins não fazem boa temporada, Chris Paul chegou e não resolveu todos os problemas e Steve Kerr gosta de competir.

Mas a diretoria optou por ficar quieta.

Aliás, se mexeu mandando Cory Joseph para o Indiana Pacers, o que é até um reforço para o Warriors. Mas tirando isso, nada. Zero. Nadinha.

Até quando Stephen Curry vai ter de tirar o coelho da cartola e acertar cinco, seis cestas de três para salvar o time? Draymond Green deu sinais de que está mais calmo, mas o foco deveria ser em montar um elenco para os próximos anos.

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Digo isso porque Jonathan Kuminga saiu do casulo e já começa a mostrar que pode ser All-Star em breve. Brandin Podziemski foi um steal no Draft. Trayce Jackson-Davis apareceu bem, mas aí vem um grande problema.

Steve Kerr gosta de trabalhar com jogadores mais maduros e teve muitos problemas com jovens, como Moses Moody e Kuminga. E ainda tem Gui Santos nessa. Era hora de agradecer Wiggins e Thompson pelos serviços prestados, mandar Paul para outro lugar e trazer peças que funcionem imediatamente.

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Além disso, fazer Kerr entender que a molecada pode vir junto e amadurecer ao lado de reforços e do que ficasse (Curry e Green).

Mas a equipe acha melhor manter e esperar Paul voltar de lesão e fazer mais uma tentativa com o que tem. Aquela defesa que fazia o Warriors brigar pelo título não existe mais e é apenas a décima nona em eficiência. Nas quatro vezes que a equipe foi campeã recentemente, a defesa estava entre as cinco melhores.

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Chicago Bulls

Certo. O Bulls continua se enganando. Apesar de ter bons defensores, o time ocupa só o meio da tabela em eficiência no quesito. Então, era o momento de mudanças e partir para o tudo ou o nada. Ou seja, melhorar o elenco para subir ou piorar para abraçar o tank.

Não fez nenhum dos dois e Arturas Karnisovas quis dar mais uma chance ao atual grupo. No entanto, DeMar DeRozan tem um contrato expirante e já disse que ama Chicago. Então ele fica, né?

Pode até ficar, mas Dwyane Wade falou a mesma coisa e voltou para o Miami Heat. Patrick Beverley, idem. E foi embora para o Philadelphia 76ers.

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Então, esse papo de amor vai até a segunda página. Agora, o Bulls corre o risco de perder o jogador por nada na próxima offseason. Você, torcedor, vai dizer que poderia acontecer o mesmo com Nikola Vucevic e ele ficou. Mas quem garante que DeRozan, no fim da carreira, pensa a mesma coisa?

E outra: times da Califórnia vão investir em cima dele, já que ele é de lá e expressou o desejo de atuar ali.

Aí tem Zach Lavine e Lonzo Ball para a próxima temporada, apenas. Enquanto LaVine teve uma temporada horrorosa, Ball não pisa em quadra há dois anos. Ele até apareceu em alguns vídeos se movimentando, arremessando, mas está longe de retornar.

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De novo, Karnisovas segue se enganando, achando que aquele time que liderou a NBA em 2021/22 vai voltar a brilhar.

Detroit Pistons

Olha… Detroit Pistons, eu não sei bem como explicar a trade deadline sem sair da linha. Mas vamos lá.

Certo, todo mundo entendeu, né?

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Bogdanovic valia uma escolha de primeira rodada, antes de qualquer coisa. Seja lá para onde ele fosse, uma pick chegaria por ele. Nem isso a diretoria foi capaz de conseguir.

Ah, recebeu Fournier para alívio financeiro.

Agora, vamos conversar aqui. Por que alívio financeiro, sendo que o Pistons não atrai nenhum astro na agência livre? Quem está com o contrato acabando e diz: “oba, vou jogar pelo Pistons, time de pior campanha da temporada”?

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De fato, o Pistons tem grande flexibilidade financeira, mas não tem o que fazer com isso. Não é uma grande agência livre que está por vir. Vai continuar investindo no tank ou vai dar espaço aos jovens para competirem? Ou ainda, vai contratar um grande nome no próximo mercado?

Realmente, é difícil defender.

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