The New York Knickerbockers

A temporada de 2012-13 marcará o aniversário de quarenta anos da conquista do segundo e último título da franquia do New York Knicks na NBA. Tanto tempo que na época o seu nome ainda era Knickerbockers, posteriormente abreviado. Tanto tempo que muita gente, inclusive torcedores do time, já esqueceram o quão talentosa era aquela equipe, […]

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A temporada de 2012-13 marcará o aniversário de quarenta anos da conquista do segundo e último título da franquia do New York Knicks na NBA. Tanto tempo que na época o seu nome ainda era Knickerbockers, posteriormente abreviado. Tanto tempo que muita gente, inclusive torcedores do time, já esqueceram o quão talentosa era aquela equipe, ou pior, nem conhecem sua história.

Em uma pesquisa rápida na internet, até mesmo os norte-americanos não parecem se lembrar do time, com exceção dos nova iorquinos com mais de quarenta anos. Para eles, não houve até hoje nenhum time que pudesse chegar aos pés daquele Knicks, que contou com nada menos do que sete Hall of Famers no elenco.

Assim sendo, nada mais justo do que refrescar a memória daqueles que se esqueceram, e lançar um pouco de história para quem só conhece a franquia a partir do ponto em que  Patrick Ewing era ídolo no Knicks, Isiah Thomas se tornava famoso por fazer uma série de besteiras como General Manager e James Dolan passou a pagar fortunas para jogadores sub-capacitados.

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Vamos começar então com o elenco que integrava a franquia naquela temporada, que impressiona pela profundidade que alcançava:

Armadores

Walt “Clyde” Frazier – #10

Frazier era um dos seis remanescentes do primeiro título da franquia, em 1970 – quando teve uma atuação monstruosa no jogo 7 das Finais, em que fez 36 pontos e distribuiu 19 assistências, além de pegar sete rebotes. Em 72-73, atuando 40.8 minutos em média, ele liderou a franquia em pontos, com 21.1 por partida, além de dar 5.9 assistências e apanhar 7.3 rebotes durante a temporada regular. Um dos grandes defensores que não são conhecidos atualmente porque na época a NBA não contabilizava o número de roubos de bola, arte em que era mestre.

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Earl “insira aqui seu apelido preferido” Monroe – #15

Monroe era um jogador tão especial que não teve apenas um apelido durante a carreira: foi chamado de “Thomas Edison” na faculdade, por causa da facilidade com que inventava novos movimentos em quadra; pela imprensa foi conhecido “The Pearl” (a pérola); mas vem do basquete de rua seus nomes mais marcantes – “Black Jesus” e “Magic”, porque fazia coisas impossíveis com a bola.

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Monroe, que havia começado a carreira pelo Baltimore Bullets, chegou a Nova York na temporada de 1971-72, e demorou para se acertar na equipe, por jogar na mesma posição de Clyde. No ano seguinte, porém, mudou seu estilo de jogo, passando para a posição 2, e contribuiu muito mais. Suas médias, atuando 31.6 minutos por partida, foram de 15.5 pontos, 3.8 assistências e 3.3 rebotes.

Dick Barnett – #12

Outro remanescente do primeiro título, Barnett, com a idade e a chegada de Monroe à equipe, viu seus minutos em quadra serem drasticamente reduzidos durante a campanha do título. O jogador mais experiente do time, com 36 anos, seu arremesso característico – flexionando as duas pernas para trás quando saltava – não foi visto com muita frequência pelos fãs do Knicks. Em 10.1 minutos durante a temporada regular, fez 3.8 pontos e distribuiu uma assistência por partida.

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Dean “The Dream” Meminger – #7

Natural do Harlem, armador revelação na universidade e selecionado na primeira rodada do Draft de 1971, Meminger nunca conseguiu ser mais do que um role player em sua curta carreira na NBA (atuou em apenas seis temporadas), por causa da concorrência com Barnett, Monroe e Frazier. Mesmo assim, foi fundamental para o Knicks em 1973, por promover uma defesa mais forte e aguerrida do que o titular da posição, Black Jesus, conseguia fazer. Atuando 18.2 minutos por partida, teve médias de 5.7 pontos, 2.9 rebotes e 1.7 assistências.

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Henry Bibby – #17

Um dos três calouros da equipe na temporada, Bibby – pai do também armador Mike Bibby – passou pelo mesmo problema de Meminger: a grande profundidade do elenco do Knicks. Tricampeão da NCAA com a UCLA, foi selecionado na 58ª posição geral do Draft de 1973, e não era muito utilizado. Suas médias foram de 4.2 pontos e 1.2 assistências atuando 8.6 minutos.

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Alas

Dave DeBusschere – #22

Remanescente do título de 1970, DeBusschere era o coração do New York Knicks, eficiente no ataque e contagiante na defesa. Se transformou em um dos alas mais temidos de toda a NBA pelo seu estilo de jogo físico, além de ser um dos melhores reboteiros da liga e um dos melhores defensores da época. Líder dentro de quadra, em 1973 ele jogou 36.7 minutos e contribuiu com 16.3 pontos, 10.2 rebotes (único na equipe a ter um double-double de média) e 3.4 assistências.

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Bill Bradley – #24

Antes de ser senador pelo estado de Nova Jérsei por 22 anos, Bradley, outro veterano do primeiro título no Knicks, era o menos badalado dos titulares da equipe em 1973. Apesar disso, aquele foi o seu melhor ano com a camisa azul e branca: atuando por 36.6 minutos por partida, suas médias foram de 16.1 pontos, 4.5 assistências e 3.4 rebotes.

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Phil Jackson – #18

Sim, ele mesmo. Antes de se tornar o treinador mais vitorioso de todos os tempos na NBA, com 11 títulos, o ala Phil Jackson era um reserva de qualidade um pouco duvidosa, mas de vontade e raça inquestionáveis no Knicks. Um ídolo do público, Jackson sempre incendiava o Madison Square Garden quando estava em quadra. Atuando 17.4 minutos por partida, ele ajudou com 8.1 pontos e 4.3 rebotes em média.

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Harthorne Wingo – #43

Wingo sofreu com o mesmo problema de Meminger e Bibby, a profundidade do elenco da franquia nova-iorquina. Pouco aproveitado, preferiu ir jogar na Europa após apenas quatro anos na NBA. Durante a campanha o calouro foi jogador menos utilizado pelo treinador Red Holzman, atuando em apenas 13 partidas, com 1.5 pontos de média.

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Pivôs

Willis Reed – #19

O destaque do primeiro título do Knicks ao entrar em quadra mancando da perna no jogo 7 das finais de 1970 contra o Lakers – ele não deveria nem andar, quanto mais correr, saltar e girar – Reed já sofria com a lesão que forçou sua aposentadoria precoce nos joelhos. Mesmo conseguindo voltar a jogar (na temporada anterior participara apenas de 11 jogos), ele nunca mais foi o mesmo jogador. Em 1972-73 ele atuou apenas 27.2 minutos, anotando 11 pontos e 8.6 rebotes por partida.

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Jerry Lucas – #32

Lucas chegou em Nova York para ser o ala reserva e propiciar descanso para DeBusschere e Bradley na rotação do Knicks, mas com a lesão de Willis Reed foi forçado a jogar de pivô, posição em que não atuava desde a faculdade. Mesmo assim, se saiu bem, e com a sua característica de ala foi ainda mais fundamental para o título, pois forçava os seus defensores a saírem do garrafão para marcá-lo, facilitando o trabalho de DeBusschere nos rebotes. Atuando 28.8 minutos, ele teve 9.9 pontos, 7.2 rebotes e impressionantes 4.5 assistências – a segunda melhor marca do time.

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John Gianelli – #40

O terceiro e último calouro do Knicks naquela temporada era um pivô bom defensivamente, que podia descansar os veteranos Reed e Lucas – 32 e 30 anos, respectivamente – durante alguns minutos. Atuou 9.9 minutos por partida e contribuiu com 3.5 pontos e 2.9 rebotes.

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O treinador da equipe, Red Holzman, comandou a franquia durante 15 anos (entre 1967 e 1982) e foi eleito um dos dez maiores treinadores da NBA durante as comemorações de 50 anos da liga. Dois jogadores também disputaram partidas pelo Knicks nesse ano: Luther Rackley e Tom Riker, mas não são considerados campeões por não terem disputado ao menos uma partida nos playoffs.

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Para que se tenha ideia da importância desse time para o Knicks, as camisas de todos os titulares – Frazier, Monroe, Bradley, DeBusschere e Reed – foram aposentadas pela franquia, além da de Dick Barnett. Apenas Patrick Ewing é de uma geração diferente a ter seu número retirado no Madison Square Garden.

Na segunda parte, lembraremos da temporada regular e dos playoffs da franquia.

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