A temporada do Boston Celtics foi uma grande decepção para todos os jogadores do elenco. Mas, provavelmente, a frustração com os resultados ruins é ainda maior para Terry Rozier. O jovem armador, titular na trajetória até a decisão do Leste em 2018, voltou para o banco de reservas com o retorno do astro Kyrie Irving e teve fraco desempenho, em tempo de quadra limitado, às vésperas de ser agente livre.
“Eu sinto que ninguém se sacrificou mais do que eu aqui, mas teria feito tudo igual novamente. Muitas coisas que ocorreram nesse ano não foram justas comigo. Não me importa o que digam por aí: sacrifiquei-me mais do que qualquer atleta porque sou um armador de elite dessa liga”, desabafou o suplente de 25 anos, logo após a derrota derradeira do Celtics na série contra o Milwaukee Bucks.
A reação natural de Rozier seria culpar o treinador Brad Stevens por sua condição na temporada, já que ele é responsável por montar as rotações e pela preparação da equipe. O jogador, no entanto, não responsabiliza o técnico. Pelo contrário, na verdade: conhecendo o clima do elenco do Celtics, o jovem atleta não acha que o trabalho do comandante tinha grandes chances de sucesso.
“Todos estavam correndo em quadra como se fossem galinhas sem cabeça. Brad estava em uma posição complicada, uma das mais difíceis possíveis, precisando administrar todas essas atitudes diferentes no elenco. Havia potenciais all-stars, jogadores com altos salários e caras jogando por novos contratos. A tarefa era ingrata”, reconheceu o 16º selecionado do draft de 2015.
Rozier vai ser agente livre restrito no primeiro dia de julho e poderá negociar com qualquer time, embora o Celtics possa cobrir ofertas de outros interessados para mantê-lo. Ele não descarta permanecer, mas espera um cenário diferente. “Eu quero um recomeço, seja aqui ou em outro lugar. Quero uma equipe que receba-me como parte de uma família e invista em meu talento”, resumiu o armador.
