O Charlotte Hornets prepara-se para um recomeço após a saída do astro Kemba Walker – e, a frente desse novo início, Terry Rozier é quem vai estar conduzindo a bola. O armador de 25 anos foi contratado com a (ingrata) missão de substituir o provável maior atleta da história da equipe e liderar o processo de reconstrução de elenco, com um investimento de US$58 milhões por três temporadas.
“Entendo o que Kemba fez e significou para essa equipe. Foi incrível, dentro e fora de quadra. Eu tenho um tremendo respeito por sua trajetória aqui e, sem dúvidas, é um jogador fantástico. Não será fácil assumir o seu lugar, mas estou preparado para essa oportunidade. Já estou pronto e à espera dessa chance, na verdade, há muito tempo”, cravou o jogador, em entrevista ao jornal The Charlotte Observer.
A importância de Rozier para o sucesso futuro do Hornets foi evidenciada na última semana, quando o técnico James Borrego e o gerente-geral Mitch Kupchak foram até Ohio para uma reunião com o atleta e “desfalcaram” a equipe nos preparativos para a disputa da Liga de Verão. O treinador acredita que o armador seja o tipo de personalidade certa para ter um papel crítico na reabilitação da franquia.
“Terry vai entrar em nosso ginásio mostrando suas qualidades como uma liderança. Nós vamos trabalhá-lo e incentivá-lo para que seja o líder desse grupo do ponto de vista competitivo. Ele trará esse espírito para cada um de nossos treinos e partidas, como uma referência pelo exemplo”, apostou Borrego, um dos defensores da contratação do jovem jogador para assumir o lugar de Walker.
Rozier deu provas de que pode ser um titular de alto nível na temporada retrasada, quando assumiu a armação do Boston Celtics após lesão do astro Kyrie Irving e ficou a apenas uma vitória do título do Leste. Ele voltou para o banco de reservas na campanha seguinte, o que levou-o a afirmar que ninguém fez maior sacrifício do que ele em Boston em 2019. Em Charlotte, o sacrifício acabou.
“Eu sei que, como titular, as coisas funcionam melhor para mim. Todos os jogos em que começo em quadra, não tenho que preocupar-me com quando vou entrar ou sair da partida. Torna-se simplesmente mais fácil fazer o meu jogo fluir. Foi isso que ficou claro nas oportunidades em que estive no quinteto inicial. Posso ser eu mesmo quando sou titular”, concluiu Rozier, com sua confiança característica.