Fonte: Bart Young / AFPJamal Murray foi o grande destaque da primeira vitória do Denver Nuggets nas semifinais do Oeste. O armador marcou 34 pontos e, mais do que isso, dominou a marcação do Phoenix Suns na abertura da série. Ele foi o protagonista de algumas das mais comemoradas cestas da noite pelo torcedor do Colorado. Depois do jogo, o técnico Michael Malone só teve elogios ao comandado.
“Foi difícil não ter Jamal conosco nos últimos dois anos porque nós sabemos do que somos capazes quando está em quadra. Sofremos derrotas duras enquanto esteve afastado. No entanto, hoje, esse cara só adicionou mais um capítulo à lenda de sua ‘versão playoffs’. Jamal vive para momentos como esse, pois é um homem mau”, afirmou o treinador, após o triunfo por 125 a 107.
Os 34 pontos de Murray ocorreram, antes de tudo, com somente dois lances livres. Converteu 13 de 24 arremessos de quadra, incluindo seis cestas de longa distância em dez tentativas. Foi quase metade das 16 acertos de três pontos do time. Várias pessoas podem dizer que a defesa dos visitantes foi “frouxa”, mas o técnico Monty Williams discorda. São dias em que simplesmente não há o que fazer.
“Sejamos sinceros: alguns dos arremessos que Jamal converteu são simplesmente imarcáveis. Ou seja, não acho que exista algum jogador que pudesse pará-lo hoje. Nós vamos ter que fazer alguma coisa um pouco diferente, então, com os nossos esquemas. Não podemos deixar que receba a bola ou que fique em suas mãos”, explicou Williams, reconhecendo a excelência do adversário.
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Inspiração
A grande performance de Jamal Murray na vitória do Nuggets é mais um passo em sua jornada de retorno à melhor forma. Antes do início dessa temporada, o scorer passou um ano e meio sem disputar uma partida da liga. Houve instantes em que ele duvidou se retornaria com força máxima. Mas, uma vez nos playoffs, estava onde queria novamente.
“Jogos como esse são os momentos com que você sonha quando criança. Tenta repetir no quintal de casa. Brinca de acertar um arremesso da vitória ou aquela bola importante que levanta os torcedores, por exemplo. Você quer viver isso e, acima de tudo, ouvir os gritos da torcida. Esperei por muito tempo para voltar, saudável, a esse momento do ano”, contou o atleta de 26 anos.
A grande inspiração para a atuação dominante de Murray também veio da infância. Foi, afinal, ninguém menos do que o maior jogador da história da liga. “Costumava assistir às partidas de Michael Jordan quando era mais jovem, pois o meu pai e eu estudávamos os seus movimentos. Muito do que faço hoje vem daquela época”, revelou o armador.
Melhor de Denver
Murray, obviamente, não foi o único destaque do Nuggets no jogo. A referência da equipe, Nikola Jokic, também teve uma atuação categórica: 24 pontos e 19 rebotes. É o tipo de atuação, certamente, que espera-se de um duas vezes MVP da liga e finalista do prêmio mais uma vez. No entanto, ele não se vê como o líder no momento. Ele avisa que o armador é quem está no comando.
“Jamal está apresentando, em síntese, um basquete espetacular. É uma daquelas atuações que mostram do que esse cara é realmente capaz. Nós estamos vendo, por fim, o que pode fazer quando está em quadra e saudável. É o nosso melhor jogador e, por isso, vamos seguir a sua liderança no momento”, reverenciou o craque sérvio.
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