Anthony Davis completou 22 anos nesta quarta-feira, mas seu currículo é muito mais recheado do que a idade sugere. O craque do New Orleans Pelicans possui o título do Torneio da NCAA, troféu de campeão mundial e uma medalha de ouro olímpica, além de duas convocações para o Jogo das Estrelas e o recorde de tocos da história da franquia. Trata-se, sem dúvidas, de um dos maiores jovens talentos da NBA e o treinador Monty Williams sabe que tem um jogador especial sob seu comando.
“Tracy McGrady foi, provavelmente, o cara mais talentoso com quem joguei em minha carreira e Anthony é como T-Mac. Os dois podem fazer de tudo em quadra. Grant Hill era assim, Allen Iverson era assim também. Eles são atletas tão fora do normal, tão acima da média, que você não consegue colocar um limite. Podem fazer tudo, nos dois lados da quadra, em qualquer noite”, afirmou Williams, que jogou na NBA entre 1994 e 2003.
Prova do talento de Davis é que ele já marca presença na maioria dos debates sobre o prêmio de MVP desta temporada, ao lado de Stephen Curry, James Harden, LeBron James e Russell Westbrook. Como um legítimo “azarão”, porém, o jovem é pouquíssimo citado como o favorito de alguém. Williams não entende e considera engraçado que seu comandado seja tão subestimado nas discussões.
“Anthony é único, nada que jamais tenha visto. Por isso, eu não fico frustrado, só dou risada com os debates de MVP. Ele domina o jogo nos dois lados da quadra e todos só estão falando em jogadores que fazem estrago em um deles para ganhar o prêmio. Então, para mim, é duro ouvir essas discussões”, opinou o técnico, cuja equipe disputa a última vaga aos playoffs do Oeste com o Oklahoma City Thunder.
Em 53 partidas nesta temporada, Davis registra médias de 24.5 pontos (54.5% de conversão nos arremessos de quadra), 10.3 rebotes, 2.8 tocos e 1.5 roubos de bola em 35.6 minutos por jogo. Ele ainda lidera a liga em cestas de quadra por partida (9.5) e PER (player efficiency rating), com 31.4. Tudo isso apenas em sua terceira temporada, o que dá a entender que ele tem muito a melhorar. Até que ponto? Nem o treinador sabe.
“Eu acho que as pessoas realmente conhecedoras de basquete sabem apreciar o que Anthony vem fazendo. Para ser sincero, não acredito que exista um máximo que possa alcançar. Ele só precisa continuar trabalhando, com a mesma mentalidade, que seu talento não terá limites”, encerrou Williams, apostando que o ala-pivô pode ter temporadas em altíssimo nível – como a atual – regularmente.