O gerente-geral do Utah Jazz, Dennis Lindsey, deu entrevista à NBA nesta semana em que revelou ter planos para que o pivô Rudy Gobert torne-se um tipo de “Bill Russell” da franquia. A comparação com um dos maiores jogadores da história do esporte e ícones da liga, lógico, foi recebida com bastante controvérsia. Para o técnico Quin Snyder, porém, o ousado paralelo não parece absurdo.
“Eu acho que é uma ótima comparação, na verdade. Cresci acompanhando Bill, já como técnico em Seattle, e admiro-o em vários níveis. Rudy é muito bom e ainda está melhorando a cada dia. Só isso já nos empolgaria, mas eu gostaria que ele continuasse evoluindo para tornar-se o homem que Bill foi também”, afirmou o treinador, fazendo referência à luta do ex-jogador pelos direitos civis nos EUA.
Um dos principais candidatos ao prêmio de melhor defensor da temporada, Gobert sabe que a comparação com o lendário ex-pivô é ambiciosa, subjetiva e acarreta uma enorme pressão. “Eu adoro Bill, mas, ao mesmo tempo, não gosto desses paralelos. Era uma outra época, um outro jogo. Sei que, provavelmente, trata-se de um ótimo sinal de qualquer jeito”, ponderou.
O atleta francês esteve presente em 68 das 69 partidas do Jazz na campanha, com médias de 13.2 pontos, 12.8 rebotes e 2.5 tocos por jogo. Grandes números, mas ainda longe dos 15.1 pontos, 22.5 rebotes e 4.3 assistências registrados pelo 11 vezes campeão da NBA na carreira. Na época de Russell, os tocos ainda não eram contabilizados estatisticamente.