Assim que a eliminação do New York Knicks dos playoffs foi confirmada, muitos apontaram o dedo para Carmelo Anthony e escolheram o ala como grande símbolo da derrota. Seu estilo pouco passador e a média de mais de 25 arremessos por jogo na pós-temporada fizeram com que se tornasse alvo de críticas instantâneas. No entanto, o treinador da Universidade de Syracuse, Jim Boeheim, viu a derrota dos nova-iorquinos de forma muito diferente.
“Carmelo fez o que pôde. Ele jogou muito bem na partida final. Todos estão o criticando, mas Tyson Chandler não conseguia pegar uma bola. Raymond Felton não acertou um arremesso. Jogamos umas sete vezes contra a seleção da Argentina e Pablo Prigioni nunca fez uma cesta. E vocês ainda colocam a culpa no Carmelo?”, questionou Boeheim, que foi campeão do Torneio da NCAA comandando o ala (2003).
Para o técnico universitário, a expectativa de título criada em torno do Knicks era totalmente infundada pelo fraco elenco de apoio ao astro da franquia. “Quando Carmelo decidiu ir para Nova York, eu disse-lhe que sempre iriam colocar a culpa nele. J.R. Smith e Felton nunca foram grandes jogadores e agora são a segunda e terceira opções desta equipe. Você precisa ter atletas para ganhar campeonatos”, avaliou.
O gerente-geral do Knicks, Glen Grunwald, disse ter compreendido a postura de Boeheim e fugiu de possíveis polêmicas ao não condenar as declarações. “Jim é um grande treinador e, obviamente, muito leal a Carmelo. Então, eu posso entender o motivo dos seus comentários”, limitou-se a afirmar.
Cestinha da temporada regular, Carmelo completou seu 10º ano na NBA com 28.7 pontos e 44.9% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Sua pontuação cresceu para 28.8 em média nos 12 jogos disputados nos playoffs, mas o índice de conversão nos chutes caiu para apenas 40.6%.
