Surpresas e decepções da temporada

Jumper Brasil discute os pontos positivos e negativos deste ano Os playoffs estão chegando e é hora da NBA anunciar os vencedores dos prêmios individuais e times ideais da temporada. Os ganhadores costumam ser revelados durante a primeira rodada do mata-mata e, por isso, o Jumper Brasil aproveita a última semana de jogos regulares para […]

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Jumper Brasil discute os pontos positivos e negativos deste ano

Os playoffs estão chegando e é hora da NBA anunciar os vencedores dos prêmios individuais e times ideais da temporada. Os ganhadores costumam ser revelados durante a primeira rodada do mata-mata e, por isso, o Jumper Brasil aproveita a última semana de jogos regulares para reunir sua equipe e discutir quem deveriam ser os atletas agraciados com as honrarias.

Durante esta semana, cinco integrantes de nossa equipe de colaboradores vão, diariamente, socializar suas impressões sobre a temporada e os principais destaques do ano. Todos os prêmios vão ser discutidos. Sinta-se a vontade para concordar ou discordar de nossas visões, deixe suas opiniões nos comentários.

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Hoje vamos sair um pouco da linha e discutir não um prêmio, mas as surpresas e decepções da temporada:


1 – Qual foi a grande surpresa positiva desta temporada?

Vinicius Donato: Como falamos de jogadores ontem, vou citar times hoje. A grande surpresa é o Utah Jazz. Considerado no início da temporada um dos candidatos a pior campanha do Oeste por diversos analistas americanos, a franquia uniu uma base jovem com um garrafão poderoso para lutar por uma vaga nos playoffs em uma conferência concorridíssima. Gordon Hayward, que teve boas atuações no fim da última temporada, surpreendeu no quinteto titular.

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Zeca Oliveira: Jeremy Lin surgindo do nada e colocando o New York Knicks na briga pelos playoffs em um momento crítico da temporada.

Gustavo Freitas: Não posso falar outra a não ser Jeremy Lin. Ainda que o efeito seja mais fora do que dentro de quadra, o armador surpreendeu por conta de toda a história em sua volta. Seus números foram sensacionais quando o Knicks venceu seis jogos seguidos e manteve, naquele momento, o emprego do técnico Mike D’Antoni. Depois, ele passou a ser mais observado por seus marcadores e o encanto acabou. Mas, por tudo que fez, ele é a minha surpresa.

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Tiago Vasconcelos: Gostei da campanha do Indiana Pacers. Foi de uma classificação meio sem graça em oitavo lugar com 37 vitórias na temporada passada para tornar-se a terceira maior força do Leste.

Ricardo Stabolito Jr.: Jeremy Lin é o tipo de história que só acontece uma vez por década no esporte profissional. Qualquer um que diga que previu isso acontecendo está mentindo.


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2 – Por outro lado, o que ou quem mais te decepcionou em 2011-12?

Vinicius Donato: A decepção é o Charlotte Bobcats. Óbvio que todos já sabiam que a equipe seria uma das últimas do Leste, mas não esperava tamanha deficiência. É um time que não deve ter em seu elenco um único jogador que faria alguma diferença em outra equipe da liga. Nem a primeira escolha do draft deverá salvá-los na próxima temporada. É o pior time que já vi na NBA.

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Zeca Oliveira: O Portland Trail Blazers, que prometia muito, mas foi obrigado a reconhecer que precisava de mudanças no meio da temporada e entrou em período de reformulação geral.

Gustavo Freitas: Só pode um? Então, vou de Tyreke Evans, do Sacramento Kings. Na realidade, ele está passando por um processo de regressão. Seus números pioram a cada temporada e ele está apenas no terceiro ano. Saiu de ser um dos quatro novatos da história a ter médias de (no mínimo) 20 pontos, cinco rebotes e cinco assistências para fazer um ano de 16 pontos. Perdeu o espaço de principal jogador da equipe californiana.

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Tiago Vasconcelos: Dwight Howard me decepcionou em 2011-12. A temporada dele não foi ruim, longe disso, mas a forma como conduziu as crises internas do Orlando Magic não me agradou. Foi de herói a vilão.

Ricardo Stabolito Jr.: O comportamento e produtividade de Lamar Odom pelo Dallas Mavericks não condiz com um atual melhor reserva da liga, campeão e veterano de uma década de NBA. Foi uma piada de mal gosto.

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3 – Verdadeiro ou falso: Jeremy Lin trilhará uma carreira sólida por muitos anos.

Vinicius Donato: Verdadeiro. Acho que Jeremy Lin tem condições de, a curto prazo, fazer uma boa carreira na NBA. Há diversos fatores que podem acabar com a carreira de um jogador, mas acredito em uma boa participação do armador nos próximos anos.

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Zeca Oliveira: Verdadeiro. Lin não é nenhum Messias de Nova York e não precisa de toda a badalação que teve em determinado momento, mas não dá para negar que ele mostrou muito potencial e confiança nesta temporada. Não deve ser nenhuma estrela, mas tem talento para trilhar uma carreira sólida na liga pelos próximos anos, principalmente se ganhar mais força física.

Gustavo Freitas: Difícil dizer, mas acho que falso. É melhor jogador do que seus críticos dão crédito, mas é pior do que os fãs pensam. Pode ser útil no Knicks, especialmente por trazer a torcida ao seu lado. E isso em Nova York faz muita diferença. Se vai conseguir fazer o que fez no início, é outra história.

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Tiago Vasconcelos: Verdadeiro. A próxima temporada de Lin – completa, com 82 jogos – será quando poderemos ver do que ele é capaz, ainda que muita gente duvide de seu talento.

Ricardo Stabolito Jr.: Verdadeiro. Lin será um bom reserva na NBA. Para um jogador de origem asiática vindo de Harvard, isso é até mais do que sólido.


4 – Qual foi a troca mais inesperada realizada durante a temporada?

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Vinicius Donato: A surpresa do dia de trocas, para mim, foi o Portland Trail Blazers. Partiu para a reformulação, demitiu o treinador e trocou vários jogadores. Os dois maiores candidatos a irem embora, Crawford e Felton, porém, ficaram na equipe.

Zeca Oliveira: A troca que enviou o brasileiro Nenê Hilário para o Washington Wizards.

Gustavo Freitas: Foi a do Nenê, saindo do Nuggets para o Wizards. Por que, afinal, Denver renovou com ele no começo da temporada? Não consigo entender. E fez uma besteira imensa ao trocá-lo por um pivô reconhecidamente complicado (JaVale McGee) e de inteligência questionável. A ida de Monta Ellis para o Milwaukee Bucks poderia ser uma surpresa, caso o Golden State Warriors não estivesse envolvido. Mas todo mundo sabe que o Warriors vive fazendo besteiras, né?

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Tiago Vasconcelos: Acredito que a troca do Nenê foi a mais inesperada. Ele estava com um grande contrato renovado, uma grande estabilidade no Nuggets, e foi enviado para uma das piores equipes da temporada.

Ricardo Stabolito Jr.: Nenê para o Wizards. Times não costumam admitir que cometeram um erro tão cedo. Eu dou crédito ao GM Masai Ujiri por reconhecer que exagerou e tentar consertar a pesada renovação contratual que deu a um veterano em um time majoritariamente jovem.

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5 – Um palpite para jogador que vai “estourar” ano que vem?

Vinicius Donato: Jan Vesely e o Washington Wizards, mas é puro chute.

Zeca Oliveira: Acho que Danilo Gallinari e Nicolas Batum têm tudo para repetir o que fizeram Andrew Bynum e Josh Smith nessa temporada: desenvolveram seu jogo e ganharam papel de maior importância dentro de suas equipes e da própria liga (nas suas devidas proporções). Tiago Splitter é outro em que eu estou apostando muito, além de vários outros jovens que entraram na NBA ultimamente, mas de quem já se espera uma evolução natural.

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Gustavo Freitas: Nesse ano, eu apostei (erroneamente) em Austin Daye, do Detroit Pistons. Ele até que teve uma grande pré-temporada, mas pouco jogou. Para o ano que vem, espero que o Utah Jazz faça uma troca envolvendo Paul Millsap ou Al Jefferson para que, enfim, Enes Kanter tenha tempo de quadra. E, quando ele conseguir isso, será difícil não cogitar o turco entre os jogadores que mais evoluíram.

Tiago Vasconcelos: Ricky Rubio, do Minnesota Timberwolves.

Ricardo Stabolito Jr.: O armador Goran Dragic, do Houston Rockets, será agente livre irrestrito e pode ir para um lugar onde seja titular. Se realmente for, a tendência é que seus números disparem. Os calouros do Jazz, Enes Kanter e Alec Burks, são apostas quase automáticas.

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