O armador Stephon Marbury, ex-New York Knicks, foi um dos jogadores da NBA a “desbravar” o basquete chinês nos últimos anos. Agora, por causa da greve patronal da liga, o veterano poderá reencontrar vários de seus ex-companheiros e adversários na liga asiática. No entanto, ele não crê que todos se adaptarão bem à realidade do país e duvida que os grandes astros vão escolher a China como destino durante o locaute.
“A China não é para todo mundo, é outro mundo. Eu não creio que venham, pelo menos os nomes mais importantes. Provavelmente, poderiam jogar aqui por um curto espaço de tempo, mas, se a temporada for cancelada, não acredito que vão querer estar na China o ano inteiro”, declarou Marbury, em entrevista ao jornal New York Post.
O hoje astro do Foshan Dralions também vê o rigor dos treinamentos dos times chineses como um obstáculo para os jogadores da liga norte-americana, acostumados a trabalhos mais leves no dia a dia. “Querem que corramos até a morte. No meu primeiro treino, nós ficamos correndo durante duas horas e me perguntei ‘Isso é o que vamos fazer todos os dias?’”, lembrou.
Caso realmente pensem em assinar com um time chinês, os atletas também vão ter que abrir mão de algumas regalias típicas da NBA. “Viajamos em aviões, trens e ônibus como pessoas normais, nenhum veículo particular. Tenho que carregar bolsas pesadas nas viagens. Foi uma lição de humildade e por isso estou gostando tanto. Se você vai jogar aqui, tem que chegar com a mentalidade adequada”, afirmou o armador.
Marbury, de 34 anos, está no basquete asiático desde janeiro de 2010. Naquele ano, participou do seu primeiro All Star Game chinês e foi o MVP do jogo festivo. Em dezembro, se transferiu para o Dralions. Em 32 jogos pela equipe, ele acumulou médias de 25.2 pontos, 6.2 rebotes, 5.7 assistências e 1.6 roubo de bola.
