Fonte: Reprodução / XEstamos nas férias da NBA, então é o tipo de conteúdo que vai aparecer cada vez mais nas redes sociais. E aqui, também. Mas Stephen Curry retirou o Golden State Warriors em seu perfil no Instagram, colocando que foi campeão nas Olimpíadas. O que isso quer dizer, afinal?
Bem, vamos ser sinceros, né? Nada. Ao menos, por enquanto. Estamos em 2024 e você acha que a diretoria do Warriors não sabe que a situação pode partir de absolutamente nada até, no máximo, uma pressão. E, mesmo assim, que tipo de pressão seria?
Sim, Stephen Curry retirou o Warriors pelas Olimpíadas, mas e daí? É algo que marcou o jogador, quatro vezes campeão da NBA. Simples assim, certo? Então, vamos tentar evitar especulações.
Quer dizer…
É fato que Curry deu entrevistas estranhas ultimamente, especialmente durante seu período nas Olimpíadas. Em um determinado momento, ele falou que quer ser campeão, mas não importa muito onde.
Até aí, tudo bem. Pode ser mesmo uma certa pressão sobre a diretoria. Afinal, em pouco tempo, o Warriors perdeu Jordan Poole, Klay Thompson, Chris Paul e quase mandou Kevon Looney embora, o que teria deixado Curry irritado.
Mas será que as Olimpíadas mudaram a cabeça de Curry? Será que a parceria com LeBron James o afetou? Apesar de ser comum acontecer situações assim na seleção dos EUA, não é possível que ele teria vontade de deixar o Warriors.
Vamos relembrar que em 2016, Kyrie Irving, Kevin Durant e De’Andre Jordan combinaram de jogar juntos. Aconteceu no Brooklyn Nets, mas poderia ser em qualquer outro lugar.
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Mas o mesmo LeBron, em 2008, acertou com Dwyane Wade e Chris Bosh. E jogaram no Miami Heat por quatro anos. Então, existe a dúvida se a prática estaria acontecendo novamente.
A aposta geral, entretanto, é que não tem nada disso. Ele pode, inclusive, estar brincando com os caçadores de rumores. Nós, por exemplo, não criamos. Apenas replicamos.
O Warriors, com o novo elenco, pode competir por playoffs, mas dizer que vai brigar no topo, é bem mais difícil. Precisa de encaixe e é complicado cravar, agora, que terá. O fato é que Stephen Curry poderia estar testando a diretoria, pois não conseguiu reforços de peso. Até fez propostas por Paul George (o Los Angeles Clippers não quis) e Lauri Markkanen (Utah Jazz achou a proposta fraca), mas ficou por isso mesmo.
Com Giannis Antetokounmpo deu certo, mas o grego foi mais radical. Ameaçou que não estenderia seu contrato, deixou de seguir absolutamente todo mundo do Milwaukee Bucks e bateu o pé por mudanças.
Conseguiu que a equipe fizesse a troca por Jrue Holiday e conquistou o título na campanha seguinte. Mas são situações bem diferentes.
Aquilo aconteceu quando o astro tinha 25 anos, estava em sua sétima temporada no Bucks e tinha contrato pendente. Por outro lado, Stephen Curry está perto da aposentadoria, com 15 campanhas pelo Warriors e quatro títulos na bagagem. Ele sairia em busca de um quinto para igualar Magic Johnson e entrar na conversa de melhor armador de todos os tempos?
Difícil, mas…
E se…
Vamos por partes, analisando o que ele disse, o que o Warriors tem disponível e se o período nas Olimpíadas foram suficientes para Stephen Curry pedir uma troca.
Primeiro, logo após a entrevista sobre a saída de Klay Thompson.
“Acho que é difícil prever o futuro. O que posso dizer é que sempre falei que queria ficar aqui até o final da minha carreira como jogador de basquete. Mas é muito importante ser competitivo. E acho que é possível fazer as duas coisas até acabar. É claro que penso em uma garantia de brigar por título e acho que a franquia está fazendo o que pode para garantir isso. É o necessário em meio a tantas mudanças que a NBA tem passado e ao número de times talentos que temos agora”, explicou Curry.
Uma troca, agora, poderia ser uma mancha em sua carreira? Depende. Muita gente acha que sim, especialmente se ele quiser realmente ir para o Los Angeles Lakers. Aliás, a união quase aconteceu antes, mas em San Francisco.
O Warriors queria contar com LeBron, mas seu agente apareceu para evitar o negócio.
Mas caso aconteça algo, o Lakers teria de se virar e mandar algo como D’Angelo Russell, Rui Hachimura, Austin Reaves, além de outros contratos menores e escolhas de Draft. Ou seja, é algo realmente difícil. Ainda mais que o Warriors não quis Russell em uma possível ida de Klay Thompson para Los Angeles.
Contrato e LeBron James
Antes das Olimpíadas, Curry falou sobre a expectativa de jogar ao lado de LeBron.
“O que ouvi dizer é que LeBron James é o tipo de cara com coração leve, que cria um grande ambiente. Mas também existe o competidor, o cara que motiva o vestiário. Não com tanta força como Jordan, provavelmente; Michael é mais intenso e feroz do que LeBron por esse lado. Porém, ele também pode chegar a esse nível de competitividade. Então, claro que desejo estar ao lado da grandeza e atuar com ele. Acho que não vamos fazer isso na NBA, mas vamos ter uma experiência ótima na seleção”, afirmou.
E a seleção dos EUA venceu o quinto ouro consecutivo com os dois brilhando.
Para ter uma ideia, dos 89 pontos que Stephen Curry fez nas Olimpíadas, 36 deles partiram de passes de LeBron James e ele não terá isso no Warriors. Sim, Draymond Green “dá a vida” por ele e o encontra em qualquer lugar da quadra, mas não contribui mais do que isso ofensivamente.
Seu contrato acaba em 2025/26, quando ele terá 38 anos. Até lá, LeBron James deve ter encerrado a carreira. Mas o fato é que deu liga a parceria.
Vai acontecer?
A NBA é surpreendente e já vimos quase de tudo, mas se fosse para responder agora, diria que é praticamente impossível. Aliás, bem improvável. Stephen Curry tem muito a perder com isso.
Tudo bem que Karl Malone passou toda a carreira no Utah Jazz e jogou um ano no Lakers (e não foi campeão), mas são outros tempos. E tem a diferença que Curry já venceu quatro vezes, enquanto Malone não tinha título.
Por fim, os times são da mesma divisão. A não ser que o Warriors queira embarcar em um tank para buscar os talentos do próximo Draft (e tem muitos), também não faz muito sentido para a equipe.
Portanto, hoje é muito mais fácil cravar que não, de jeito nenhum.
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