O New York Knicks voltou a vencer uma série de playoffs na NBA após dez anos e quer se consolidar como protagonista na Conferência Leste. O mercado da equipe em 2023 teve o foco em continuar com a base do elenco do ano passado, mas também segue com o projeto da franquia. A equipe quer um astro, e dessa vez não é só por estar no grande mercado dos EUA.
Exemplo de má gestão no século 21, o time foi reestruturado, sobretudo após 2019. Na ocasião, perdeu a loteria do Draft como favoritos (queria Zion Williamson), assim como alvos da agência livre. E o pior: Kevin Durant e Kyrie Irving não só negaram o Knicks, como também assinaram com o rival Brooklyn Nets.
Desde então, em quatro anos, são duas classificações para os playoffs e a melhor campanha em mais de dez anos em 2022/23. Mas a paciência segue sendo a palavra-chave dos processos pelos quais estão passando. Afinal, apesar do desejo por um outro grande nome que represente o próximo passo da franquia, o desejo é, acima de tudo, pela “estrela certa”.
Queimar largadas e acelerar passos em troca de projetos megalomaníacos de um mercado gigantesco que precisa estar no topo, como Carmelo Anthony, não costumam levar a títulos. Então, existe muito otimismo sobre um time que quer fazer diferente desta vez e que, ao que tudo indica, pode conseguir.
Mas o que virá em 2023/24? O bom trabalho pode colocar o Knicks como a terceira força de uma disputa tão polarizada por Milwaukee Bucks e Boston Celtics?
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O elenco
PG | 51 | Ryan Arcidiacono | 1.91 m | 88 kg | ||
SF | 9 | RJ Barrett | 1.98 m | 97 kg | ||
SG | 31 | Charlie Brown Jr (TW) | 1.98 m | 90 kg | ||
PG | 11 | Jalen Brunson | 1.88 m | 86 kg | ||
SG | 0 | Donte DiVincenzo | 1.93 m | 92 kg | ||
SG | 13 | Evan Fournier | 1.98 m | 93 kg | ||
SG | 6 | Quentin Grimes | 1.96 m | 93 kg | ||
SF | 3 | Josh Hart | 1.93 m | 98 kg | ||
C | 55 | Isaiah Hartenstein | 2.13 m | 113 kg | ||
SF | 8 | DaQuan Jeffries | 1.96 m | 102 kg | ||
PG | 2 | Miles McBride | 1.88 m | 91 kg | ||
PG | 5 | Immanuel Quickley | 1.88 m | 86 kg | ||
PF | 30 | Julius Randle | 2.03 m | 113 kg | ||
C | 23 | Mitchell Robinson | 2.13 m | 109 kg | ||
C | 45 | Jericho Sims | 2.06 m | 113 kg | ||
PF | 00 | Jacob Toppin (TW) | 2.06 m | 93 kg | ||
SG | 20 | Dylan Windler (TW) | 1.98 m | 89 kg |
Movimentações na offseason
Chegaram: Donte DiVincenzo (Warriors), Dylan Windler (Cavaliers), Ryan Arcidiacono (Blazers), Jacob Toppin (não draftado)
Saíram: Obi Toppin (Pacers), Derrick Rose (Grizzlies), Isaiah Roby (sem time)
O técnico
Tom Thibodeau tem vivido uma dose cavalar de altos e baixos na equipe. Afinal, nos sete anos anteriores à sua chegada ao New York Knicks na NBA, o time teve seis técnicos diferentes. Como é de se esperar, o recorde geral foi muito negativo no período. Foram 184 vitórias, uma média de apenas 26.2 por ano, e um enorme contingente de 374 derrotas, média de 53.4 por ano.
Sua chegada é muito citada como um dos bons movimentos para essa mudança de percurso. Ele levou a franquia aos playoffs em 2020/21, em um contexto super desacreditado. No entanto, viveu a pressão da má campanha de 2021/22, que não resultou sequer em vaga no play-in. Nas previsões do último ano, era um “senso comum” dizer que seu trabalho tinha empacado e que a falta de variedade destruiria seu trabalho em breve.
Porém, foi justamente a variedade de peças e algumas mudanças coletivas que fizeram com que seu trabalho fosse salvo em 2022/23. Em 2021, a equipe era a que jogava em menor ritmo na liga, a terceira em eficiência defensiva e a pior em eficiência ofensiva.
No ano passado, foi a terceira melhor no ataque, enquanto teve a modesta 19ª na defesa. O ritmo e a fluidez ofensiva não se alteraram; foi a variedade de características que permitiu tal cenário.
Jalen Brunson e Julius Randle são ótimos nas isolações, e a segunda unidade, comandada por Immanuel Quickley, Josh Hart e outros, se manteve como uma força coletiva de movimentação de bola. Essa variedade melhorou o ataque, que sempre foi um calcanhar de Aquiles do ótimo treinador defensivo.
Ele está seguro no cargo e com algumas variações que realmente impressionaram os mais céticos.
O perímetro
Há poucas mudanças em relação ao time de 2022/23, mas pode haver uma disputa interessante pela posição dois em New York. A equipe tem várias opções interessantes para ter ao lado do grande craque do esquadrão, Jalen Brunson.
No ano passado, a afirmação de Quentin Grimes foi ótima. Ele teve 38.6% de aproveitamento no perímetro, com mais de quatro tentativas por partida, e foi muito importante na defesa. No entanto, seu desempenho nos playoffs foi bem pior, chegando a perder a posição de titular durante a disputa. Embora ele deva começar o ano na posição, a equipe espera um nível mais alto do jovem nas grandes noites, após solucionar o problema que enfrentaram no posto em 2021/22.
Immanuel Quickley é mais talentoso que Grimes, porém, é mais baixo e menos eficiente na defesa. Seu papel como sexto homem, comandando os minutos do melhor banco de reservas da liga no último ano, foi muito bom. A expectativa é que ele mantenha essa função em 2023/24, especialmente com a presença de Brunson.
Josh Hart teve um impacto fantástico na equipe após a trade deadline de 2023. Ele é o tipo de jogador operário que é muito valorizado por Tom Thibodeau. Hart se desenvolveu bem e se tornou uma peça vital, ganhando até mesmo uma convocação para a Copa do Mundo. No entanto, espera-se que ele continue vindo do banco, devido à sua versatilidade em várias funções e por ser a solução de um problema da equipe, que veremos a seguir.
Donte DiVincenzo reforça o que já está bom. É um defensor forte e apesar de inconsistente, bom atirador do perímetro nas melhores noites. Mais profundidade para as funções.
Espere mais minutos para o jovem armador Miles McBride. Muito bom na defesa, ele tende a ser o décimo homem dessa rotação.
O garrafão
Talvez a única problemática da equipe seja a falta de uma opção confiável na reserva de Julius Randle. Com a troca de Obi Toppin, o New York Knicks não terá, na temporada 2023/24 da NBA, um ala-pivô reserva de ofício.
Josh Hart é a bola da vez. Sua versatilidade como ala que pode defender várias posições, com visão de quadra para facilitar o jogo, tem um paralelo perfeito com o último campeão da NBA. Thibodeau pode usar Hart exatamente como Michael Malone utilizou Bruce Brown no Denver Nuggets de 2022/23.
Sua capacidade de preencher várias funções e necessidades de uma equipe vindo do banco é a justificativa perfeita para que a equipe não tenha investido em um substituto para Toppin.
DiVincenzo também pode ser a bola da vez em alguns momentos, e até mesmo o ainda não citado RJ Barrett. Gosto muito quando o ala pode controlar o jogo e ser agressivo, mas essencialmente nos momentos em que Julius Randle não está em quadra. É difícil encontrar o melhor papel para Barrett quando ele precisa estar fora da bola prestando espaçamento. Suas finalizações e cortes para a cesta são boas, embora inconsistentes na mesma medida. No entanto, acredito que manter os alas sempre em quadra pode ser algo muito usado pelo treinador ao longo do ano.
Por fim, a variedade que uma dupla de pivôs como Mitchell Robinson e Isaiah Hartenstein pode oferecer é interessante. Robinson é um cara mais clássico da posição, um reboteiro nato, físico e protetor de aro, enquanto Hartenstein é um dos melhores facilitadores da posição na liga e frequentemente subestimado. Não há motivos para mudar essa dupla.
O jovem Jericho Sims segue como uma alternativa caso alguém se machuque.
Análise geral
O New York Knicks está em uma posição interessante na NBA nesse momento. É óbvio que a equipe voltou a ser atrativa no mercado. Mas também é uma constatação de que o time não se reforçou a ponto de um próximo passo ser possível já em 2023/24. Fazer algo além do que conseguiram no último ano, seria uma grande surpresa.
No entanto, a Conferência Leste se enfraqueceu na faixa em que o time se encontra. Afinal, o Philadelphia 76ers está em apuros com a novela James Harden. O Cleveland Cavaliers está reforçado, mas foi derrotado com alguma dose de facilidade pelo mesmo Knicks em 2022/23. O Miami Heat é uma incógnita após perder Gabe Vincent, Max Strus e Damian Lillard.
Então, é possível não só repetir, mas também passar uma impressão importante para os grandes jogadores da liga: o Knicks está a uma peça de brigar pelo título. O Los Angeles Clippers fez o mesmo nos últimos anos, mas sem sucesso na ciência imprecisa do basquete. Tudo o que o New York Knicks fizer na NBA a partir de agora será sobre este conceito.
Seja Joel Embiid, Donovan Mitchell ou outro astro insatisfeito, é certo que a franquia do Madison Square Garden estará entre os concorrentes. Agora, é continuar fazendo diferente do que foi a tônica da franquia por quase duas décadas: decepcionar quando começamos a nos empolgar com o time.
As possibilidades são infinitas, mas o momento mais difícil de se passar pode ser a linha tênue entre o ser favorito e estar quase lá.
Previsão Jumper Brasil: quarto lugar na Conferência Leste
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