Shawn Marion foi um exemplo de sucesso na agência livre para o Mavs

Quatro vezes All-Star, ala levou 12 anos até conquistar o seu primeiro título na NBA

Shawn Marion agência livre Fonte: TOM PENNINGTON / AFP

A agência livre de 2009 colocou Shawn Marion no Dallas Mavericks, campeão na campanha seguinte. Um excelente defensor de múltiplas posições chegava em uma equipe que ainda buscava o seu primeiro título na NBA. No entanto, sua passagem pelo Phoenix Suns foi marcante. Sua versatilidade defensiva e sua capacidade de marcar diversos tipos de jogadores em diferentes posições, fez de Marion um dos jogadores mais úteis da liga.

Marion jogou a maior parte de sua carreira no Suns, onde foi uma peça fundamental no estilo de jogo acelerado e ofensivo da equipe. Mas suas habilidades atléticas, sua agilidade e seu instinto defensivo, o tornavam um marcador versátil. Sua capacidade de defender jogadores desde armadores até alas-pivôs, além de a habilidade de antecipação e capacidade de bloqueio de arremessos, o tornou um dos melhores defensores de sua época. Quatro vezes All-Defensive Team da NBA ao longo de sua carreira, ele tinha um arremesso um tanto diferente.

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Embora fosse espetacular defensor, Marion também era um jogador talentoso no outro lado da quadra, sendo um excelente reboteiro e pontuando. Mas só isso não era suficiente para conquistar um título. Era necessário ter, ao seu lado, jogadores que queriam e sabiam fazer o mesmo.

Em Phoenix, logo nos primeiros anos, ele já mostrava todo o seu talento. Entretanto, a equipe ainda não era tão forte. Enquanto Stephon Marbury era um dos melhores armadores, ele não tinha o suficiente para tornar o time vencedor. Tanto que, com o atleta, o Suns sempre caía na primeira rodada dos playoffs.

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Então, na offseason de 2004, tudo mudou. Steve Nash assinou na agência livre e se juntou a um jovem Amare Stoudemire, Joe Johnson e, claro, Shawn Marion. O sucesso foi imediato. Logo de cara, o time, que somou apenas 29 vitórias no ano anterior, foi aos playoffs. Mas não de qualquer jeito, como antes. Havia uma base. Tinha jogadores capazes de fazerem o Suns vencer.

Título passou perto várias vezes em Phoenix

No entanto, Phoenix caiu diante do San Antonio Spurs na final do Oeste, em cinco jogos. A equipe de Gregg Popovich ficou com o título da NBA, ao superar o Detroit Pistons naquela decisão. Mas Marion, Nash e Stoudemire, que ajudaram a conquistar 62 vitórias naquele ano, não estavam satisfeitos.

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Joe Johnson foi embora, mas a equipe fez grandes contratações naquele ano. Chegaram Raja Bell e Boris Diaw, assim como o veterano Kurt Thomas. Naquela campanha, Diaw mostrou sua capacidade de passar a bola e supriu a ausência de Johnson. O francês, que iniciou a carreira pelo Atlanta Hawks, vinha de uma temporada com 4.8 pontos, 2.6 rebotes e 2.3 assistências. Então, em seu primeiro ano no Suns, produziu 13.6 pontos, 6.9 rebotes e 6.2 passes decisivos. Enquanto isso, Nash liderou a NBA pelo segundo ano consecutivo no quesito, com 10.5.

Mas mais uma vez, o time caiu na decisão do Oeste. Agora, para o Mavs, em seis jogos.

Em 2007, o brasileiro Leandro Barbosa era um dos principais reservas. Naquele ano, ele fez 18.1 pontos e foi eleito o melhor da liga no quesito. Mas nos playoffs, o Suns falhou novamente. O time caiu na semifinal de Conferência, outra vez para o Spurs.

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Por mais que Nash, Marion e Stoudemire fizessem, o estilo de jogo de transição ainda não era vencedor.

Assim, a passagem de Marion por Phoenix estava perto do fim. A diretoria queria um jogador campeão, capaz de passar sua experiência aos colegas.

Troca para o Miami Heat

No meio da temporada 2007/08, o Suns trocou Marion, basicamente, por Shaquille O’Neal. Mas não era mais o mesmo Shaq, né? Com 15 temporadas nas costas e muito acima do peso, já não fazia mais a diferença no garrafão.

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Enquanto isso, o Heat não competia. Apesar de contar com alguns bons nomes, o time estava entrando em reformulação. Aliás, nem ele ficou.

Em 2008/09, a equipe de Miami mandou o jogador para o Toronto Raptors. Com um contrato expirante, Marion sabia que já não era mais um All-Star. Então, era o momento de ele ir atrás de um time capaz de vencer.

Shawn Marion chegou ao Mavs após passagens curtas por Miami Heat e Toronto Raptors. Mas houve uma transformação em sua carreira, até ali. Foram 11 temporadas, deixando de ser um astro se tornando um jogador útil. Era o que chamam de role player.

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Ele era agente livre no Raptors, mas para chegar a Dallas, era necessário assinar um contrato com a equipe canadense antes e, depois, sair em troca. É o famoso sign and trade. Ou seja, eler tinha o objetivo de jogar ao lado de Dirk Nowitzki e Jason Kidd. Mas para que isso acontecesse, era preciso “renovar” com Toronto.

Shawn Marion chegou da agência livre em um elenco que ainda tinha Jason Terry.

Seu impacto em Dallas foi incrível, mas o time, ainda assim, não estava pronto. Na trade deadline, trocou Drew Gooden e Josh Howard, jogadores até então, importantes. Chegaram Caron Butler, Brendan Haywood e DeShawn Stevenson.

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Nos playoffs, entretanto, uma queda na primeira rodada quase mudou tudo. Mas a diretoria apostou no elenco e trouxe reforços, como Tyson Chandler.

O ano do título

Para vencer, o Mavs precisava ainda de alguns detalhes. Então, em janeiro, assinou com o veterano Peja Stojakovic. Após quatro temporadas no então New Orleans Hornets, ele começou a campanha de 2010/11 no banco. Então, o Hornets o trocou para o Raptors, mas ele não quis ficar lá. Daí, finalmente, chegou a Dallas.

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E ter Stojakovic, um especialista no arremesso de três, era vital para o que a equipe desejava. Afinal, Butler se machucou no começo daquele mês e perdeu o resto da temporada. Mas Marion, que veio do banco em quase toda aquela campanha, voltou a ser titular em março.

A partir daquele momento, o Mavs era outro. Sob o comando de Rick Carlisle, Dallas venceu nove dos últimos 13 jogos e terminou com 57 vitórias na temporada.

Já nos playoffs, passou por Portland Trail Blazers, varreu o Los Angeles Lakers na semifinal do Oeste e superou um jovem Oklahoma City Thunder por 4 a 1 na final de Conferência. Então, na decisão contra o Miami Heat, você já sabe, né?

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Nowitzki estava com um resfriado, LeBron James e Dwyane Wade imitaram ele tossindo, o Heat fez 2 a 1 na série e, então, Dallas virou e venceu os próximos três jogos.

Foi o primeiro título do Mavericks, o único até aqui.

Marion ficou ali até 2013/14 e, no ano seguinte, tentou mais um título. Desta vez, ao lado de LeBron no Cleveland Cavaliers.

Ele encerrou a carreira após 1163 jogos, com médias de 15.2 pontos, 8.7 rebotes, 1.5 roubo de bola, 1.1 bloqueio e 1482 enterradas.

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