Fonte: Reprodução / InstagramA ausência na seleção dos EUA nas Olimpíadas de Paris abalou o astro Jaylen Brown. O ala do Boston Celtics mostrou indignação em não ter sido um dos convocados, em particular, após a dispensa de Kawhi Leonard. Tanto que ele travou uma discussão pública com o diretor da USA Basketball, Grant Hill. O ex-jogador, no entanto, assegura que isso não vai influenciar no futuro do craque no time nacional.
“Essa controvérsia com Jaylen, antes de tudo, foi decepcionante. Mas, no fim das contas, eu preciso fazer o meu trabalho da forma correta. Existe muito barulho agora, mas estou confiante de que vamos sentar e conversar sobre tudo isso em breve. Não tenha dúvida, então, que ele vai ser um candidato a entrar na seleção em 2028. Caso queira, claro”, cravou o integrante do Hall da Fama.
Brown fez publicações nas redes sociais em que deixou o seu descontentamento claro. O fato do convocado ter sido um colega de Celtics, Derrick White, deixou tudo ainda mais desconfortável. Ele cogitou, em seguida, que a sua ausência na seleção se devia a não ter o mesmo patrocinador da USA Basketball. Hill sugeriu que tudo era uma teoria da conspiração, mas não vê empecilho para uma futura convocação do ala.
“Eu aprendi que, nesse trabalho, você não pode levar as coisas para o lado pessoal. Por isso, é evidente que Jaylen vai ser muito bem-vindo na seleção em outras competições. Nós estamos focados em vencer em Paris e, assim que acabar, vamos começar a olhar para o futuro. E Jaylen é um desses nomes que vão estar em consideração para Los Angeles-2028”, apontou o ex-jogador do Orlando Magic.
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Trabalho difícil
Convocar a seleção dos EUA, a princípio, aparenta ser o trabalho mais fácil do basquete mundial. Mas não é bem assim. A impressionante disposição de qualidade, afinal, traz outros problemas. O ego dos astros da NBA fez a USA Basketball desistir, por exemplo, das pré-convocações para treinos. Hill já foi um jogador do Team USA e, por isso, sabe que precisa lidar com esses grandes atletas com muito cuidado.
“Antes da convocação, eu liguei para vários jogadores. Contatei caras como Paul George, Damian Lillard e Jaylen, por exemplo. Acho que eles são importantes a ponto de termos o cuidado de avisá-los que não estariam na lista. Agradeci o interesse de todos em fazer parte do projeto, mas não há espaço para todo mundo. Não sei se as pessoas entendem como o meu trabalho é difícil”, disse o agora dirigente.
Hill acredita que esse tipo de problema é inevitável em seu cargo. Não cometeu erros no tratamento dos jogadores, apesar das polêmicas com Brown. “Quando você possui uma disposição de talento tão grande para formar um time, é claro que as controvérsias vão existir. Mas a minha função é ser uma liderança responsável, que reconhece o significado de cada atleta para a USA Basketball”
Cortado
Mas a ausência de Jaylen Brown não é o único exemplo da dificuldade do trabalho de Hill à frente da seleção dos EUA nas Olimpíadas. O drama com o astro do Celtics, aliás, começou com outra situação delicada que o diretor precisou administrar. O corte de Kawhi Leonard foi uma decisão dura que a USA Basketball precisou tomar pouco antes do início dos Jogos. São situações em que não há uma forma ideal de proceder.
“Eu sou um grande fã de Kawhi. Sei que ele teve problemas de lesão e, por isso, pode ser uma questão de empatia porque passei pelo mesmo desafio. Estabelecemos uma comunicação muito franca com todos, entendendo a situação. Sentimos que merecia uma chance de vir aqui e ver se conseguiria fazer funcionar. Não foi uma decisão fácil, mas precisamos tomá-la”, contou o executivo.
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