Sem o que fazer na NBA, Chicago Bulls precisa partir para a reconstrução

Time sofreu 150 pontos para um desfalcado Minnesota Timberwolves, quarta pior marca de sua história

reconstrução Chicago Bulls NBA Fonte: JEFF HAYNES / AFP

Quando o seu time sofre 150 pontos do Minnesota Timberwolves cheio de desfalques, automaticamente é ativada a função tank. O Chicago Bulls levou uma pancada de um time que ainda não funcionou na temporada 2022/23 da NBA e precisa ir para a reconstrução. Mas precisa ser agora. Troque tudo, abra mão de veteranos e vá atrás de escolhas de Draft.

O Timberwolves era uma das equipes mais empolgantes no papel, antes do início da temporada. Entretanto, o esquema com dois caras altos não deu certo. É papo para outro texto, mas o time enfrentou o Bulls fora de casa e sem Karl-Anthony Towns, Rudy Gobert, Taurean Prince e Jordan McLaughlin. Enquanto os dois primeiros são astros, Prince e McLaughlin são jogadores importantes para a rotação.

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Para piorar, Minnesota tem apenas o 21° offensive rating. Ou seja, não anda assustando ninguém com modesto nono lugar na conferência Oeste. Portanto, o que o Bulls encarou é um time que tinha tudo para brigar pelos primeiros lugares do Oeste, mas não é. Com desfalques de peso, pior ainda.

Então, o que é o Bulls a partir de agora? Nada além de tank. A diretoria precisa fazer trocas, se livrar do que não funciona e trabalhar pelo futuro. Esqueça as apresentações de jogadores, danças e tudo mais. Faça jogos com portões fechados, até. Só não pode perder tomando 150 pontos, em casa, para um time todo remendado.

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Mas como é que o Chicago Bulls, que liderou o Leste em boa parte da última temporada, se tornou um time de reconstrução na NBA?

Bem, eu posso até parecer insistente, mas é por causa de Lonzo Ball.

Escrevi sobre isso ontem, mas vou repetir.

Até a lesão do armador (14 de janeiro de 2022), o time de Illinois era o primeiro no Leste com 27 vitórias e 13 derrotas. Ball havia perdido alguns jogos por contusão, mas a equipe conseguiu se manter na ponta. Só que depois disso, nas 42 partidas restantes, o Bulls venceu 19 e perdeu 23. Ou seja, até aquele momento, tinha 67.5% de aproveitamento. Depois, 45.2%.

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Enquanto se esperava que pudesse ser Alex Caruso, que também esteve fora em boa parte de 2021/22, o ótimo defensor atuou em quase toda a atual campanha. Então…

Mas o que faz de Ball tão importante?

Ele é um cara que faz tudo. Nada brilhante, mas impactante. Defende, organiza o ataque e arremessa bem. O pai dele (LaVar) é um mala, o prejudicou demais, mas depois que sumiu do mapa, Lonzo conseguiu mostrar que é um bom jogador. De novo, não é o sujeito que vai liderar um time ao título, mas tem todo encaixe que um grupo precisa.

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Não existe, entetanto, prazo para o retorno de Ball.

Por onde começar a reconstrução do Chicago Bulls na atual temporada da NBA?

A trade deadline é apenas em fevereiro, então o que o Bulls precisa fazer é agir logo, antes de todo mundo. Porque se for deixar o atual elenco, com toda certeza, os jogadores que estão lá vão tentar competir. Apesar de ter apenas 11 vitórias em 29 jogos, o time conta com caras que vão dar a vida em quadra. Então, vitórias eventuais vão acontecer pelo puro talento.

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DeMar DeRozan, 33 anos

Com contrato até a temporada 2023/24, DeRozan está entrando naquela fase final da carreira. O valor, no entanto, não é tão alto assim. Ele vai receber US$27.3 milhões na atual campanha.

Nikola Vucevic, 32 anos

O pivô Nikola Vucevic está no último ano de contrato, no valor de US$22 milhões. Então, o ideal é negociar antes que ele saia de graça ao fim da temporada.

Coby White, 22 anos

O salário não é exatamente um problema, mas ele tem mercado. Apesar de não ser um grande defensor (está evoluindo), seu grande potencial é no ataque. E até por ser um jogador pretendido por aí, é fácil arrumar um pacote para o encaixar. White vai receber US$7.4 milhões em 2022/23.

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Ayo Dosunmu, 23 anos

O armador é muito bom defensor, jovem e é um líder, mesmo aos 23 anos. No entanto, ele não tem tanto espaço no Bulls como poderia, apesar de o mercado gostar dele.

Opção 1

Somando os quatro contratos, o Bulls tem US$56 milhões para distribuir no mercado. Então, vamos tentar encontrar destinos para os atletas acima.

O Toronto Raptors amaria receber alguém que pudesse ajudar no ataque. E se o time canadense recebesse alguém que já jogou por lá? O ideal seria uma troca quádrupla.

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Bulls recebe: Fred VanVleet e Jakob Poeltl
Raptors recebe: DeMar DeRozan e Killian Hayes
Spurs recebe: Nikola Vucevic e Thaddeus Young
Pistons recebe: Coby White e Juancho Hernangomez

Por partes.

Enquanto o Bulls abre mão dos três (DeRozan, Vucevic e White), o time recebe dois ótimos defensores (VanVleet e Poeltl), capazes de mudarem o estilo de jogo para melhor. Falta um armador que simule as funções de Lonzo Ball, como o time funcionou melhor há um ano.

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O Raptors, que quer ir aos playoffs, tem a volta de um veterano, capaz de fazer o time pontuar em meia quadra. Aliás, a equipe possui 89 pontos por 100 posses de bola assim, a pior performance de toda a NBA. Depois, teria Hayes como um bom organizador, mas ainda melhor defensor.

Já o Spurs ficaria com Vucevic e Young. Apesar de o segundo ter contrato até 2023/24, ele é um típico jogador que Gregg Popovich gosta de ter em seu elenco.

Por fim, o Pistons teria um cestinha para vir do banco de reservas em White, enquanto Hernangomez só chega para bater salários.

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Opção 2

Primeiro, trocar DeRozan para o Raptors.

Bulls recebe: Fred VanVleet, Juancho Hernangomez e uma escolha de primeira rodada de 2023
Raptors recebe: DeMar DeRozan e Ayo Dosunmu

A ideia segue sendo quase a mesma da primeira, mas com a diferença que Dosunmu chegaria ao Raptors para ser o armador titular. Alto para a posição, ele ainda pode ajudar no arremesso de três (37% na última temporada).

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Trocar Vucevic e White para o Miami Heat.

Bulls recebe: Max Strus, Caleb Martin, Duncan Robinson e escolha de primeira rodada de 2024
Heat recebe: Nikola Vucevic e Coby White

Em contrapartida, o Heat enviaria Max Strus, Caleb Martin e teria de engolir o contrato ruim de Duncan Robinson.

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Aqui é simples. A direção de Miami quer um pivô para fazer Bam Adebayo atuar como ala-pivô há muitos anos. Vucevic poderia fazer isso logo de cara.

Para Chicago, Martin tem se mostrado um defensor muito bom em Miami, enquanto Strus e Robinson são especialistas no arremesso de três.

Nas duas trocas separadas, o Bulls receberia duas escolhas de Draft. Uma do Raptors e outra do Heat.

Opção 3

Bulls recebe: Russell Westbrook, escolhas de primeira rodada de 2025 e 2027
Lakers recebe: Nikola Vucevic e DeMar DeRozan

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É a fome com a vontade de comer. O Los Angeles Lakers quer brigar por playoffs, até porque não tem motivo algum para ir ao tank. Como sua escolha de 2023 já pertence ao New Orleans Pelicans. Então, receber DeRozan e Vucevic pode funcionar. Primeiro, porque Anthony Davis só volta às quadras em um mês. Depois, Vucevic e Davis podem coexistir. Ambos conseguem sair do garrafão.

A ideia seria LeBron James voltar a ser armador, como na “bolha”, com DeRozan na ala.

Para o Bulls, é ganhar duas escolhas futuras de Draft e espaço enorme na folha salarial para o próximo ano. Westbrook será agente livre irrestrito, após o contrato de US$47 milhões expirar.

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Funcionariam?

As opções de trocas para o Chicago Bulls surgem de uma reconstrução a ser feita para a próxima temporada da NBA. Tudo poderia dar muito certo para 2023/24 se o time abrir espaço em sua folha salarial, ter uma boa escolha no Draft e, por fim, se tornar alvo de agentes livres.

Claro que é necessário ter sorte de ficar entre as quatro primeiras picks, mas perder agora pode significar vencer muito no futuro.

O time atual não vai a lugar algum.

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