A dança das cadeiras dos treinadores continua na NBA. Scott Skiles surpreendeu na manhã desta quinta-feira e apresentou sua carta de demissão ao Orlando Magic, que aceitou o pedido de saída. Contratado na última offseason, o ex-armador ainda tinha mais três temporadas de contrato garantido com a franquia e mais de US$10 milhões em salários a receber.
“Depois de muita reflexão, eu cheguei à conclusão que não sou o profissional certo para comandar a equipe. Portanto, com efeito imediato, renuncio ao cargo. Peço sinceras desculpas por consequências que possam ser geradas indiretamente pela minha decisão. O Magic é uma organização de ponta e só lhes desejo o melhor”, declarou o treinador, por meio de nota oficial.
De acordo com Josh Robbins, do jornal Orlando Sentinel, Skiles estava infeliz nos últimos meses e vivia em rota de colisão com o gerente-geral, Rob Hennigan. As divergências chegavam até à construção do elenco, especialmente à armação: a direção apoiava Elfrid Payton como dono da posição para o futuro, enquanto o agora ex-técnico não compartilhava da opinião.
Os rumores de diferenças internas, porém, não faziam os dirigentes anteciparem o pedido de demissão. Hennigan admitiu ter sido pego de surpresa pela decisão do ex-atleta. “Nós compreendemos que foi uma temporada desafiante e aceitamos, com relutância, a renúncia de Scott. Agradecemos seu trabalho instalando uma cultura de responsabilidade aqui”, disse o GM.
Em sua primeira e única temporada à frente do Magic, Skiles deixa o time depois de recorde de 35 vitórias e 47 derrotas na campanha 2015-16. O profissional de 52 anos também foi jogador da franquia entre 1989 e 1994, quando conquistou um prêmio de atleta que mais evoluiu na NBA. Até hoje, ele permanece como o segundo maior assistenciador da história da franquia (2.776).