O gerente-geral Sam Presti construiu o time que (quase) todos invejam na NBA com o Oklahoma City Thunder. A franquia reuniu um núcleo jovem impressionante e, como resultado, já vê feitos expressivos dentro de quadra. O elenco fez a segunda melhor campanha da liga com média de só 23 anos de idade. Mas o dirigente sabe que não pode se acomodar com a base que montou. Afinal, todos buscam melhorar.
“Nós estamos em uma situação única, antes de tudo. Não podemos ignorar que somos a equipe mais jovem da história a vencer uma série de playoffs e ser líder da conferência Oeste. Então, descobrimos que possuímos um time histórico nesse sentido. No entanto, sabemos que isso não é garantia de nada. A próxima temporada começa tudo do zero”, alertou o executivo, na entrevista final dessa temporada.
Mas a temporada terminou em uma relativa decepção para o Thunder. A equipe, mesmo com a vantagem de mando de quadra, perdeu a série contra o Dallas Mavericks em seis jogos. Depois da eliminação, é normal que os torcedores critiquem decisões e busquem culpados. Presti, no entanto, enfatiza que não vai agir no calor de um desapontamento. A juventude do elenco coloca o tempo do lado de Oklahoma City.
“É importante notar que nós perdemos 58 jogos há duas temporadas e, agora, a gente ganhou 57 partidas. Mas, para isso, não sacrificamos o nosso futuro e desperdiçamos ativos. Por isso, não vamos fazer loucuras ou acelerar as coisas. A gente planeja agir com a rapidez que pudermos e, ao mesmo tempo, a pausa e calma que precisamos”, refletiu o dirigente.
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Agressividade
Uma crítica ao trabalho de Sam Presti no Thunder foi a falta de agressividade na busca de reforços para o time. O elenco já dava sinais de que seria um candidato ao título na trade deadline, então por que não ter sido mais ousado no mercado? Por que não abrir mão de alguns ativos por reforços imediatos? O dirigente acredita que, de certa forma, essa é uma percepção errada dos seus movimentos.
“Eu gosto de pensar que sempre somos agressivos. No entanto, as pessoas costumam confundir ação com agressividade. Há possibilidades que exploramos, por exemplo, e ninguém fica sabendo. Tomamos decisões importantes. Mas todos deveriam entender que nem sempre é sobre sabermos o que precisamos para melhorar. A questão é, no final das contas, entender o que você tem”, explicou o gerente-geral.
O primeiro reforço importante que o Thunder pode trazer é o novato a ser selecionado com a 12a escolha do draft. Presti, a princípio, está empolgado com as possibilidades. “Eu sei o que dizem por aí, mas gosto desse recrutamento. Acho muito bom. Sabemos que sempre existem ótimos prospectos na classe. E, mais do que isso, eles nunca são escolhidos em uma ordem perfeita de sucesso”, pontuou.
Garrafão
Os playoffs deixaram claro que o garrafão era o ponto fraco do Thunder. Em particular, a capacidade de pegar rebotes e controlar a tábua. Por isso, a offseason já começou com rumores de contratação de pivôs mais experientes à franquia. Presti está consciente da fragilidade do time, então, nesse quesito, não ficou surpreso com o que viu na pós-temporada. Ele foi surpreendido, na verdade, por outro ponto negativo.
“Nós sempre soubemos que não os rebotes eram um ponto fraco da nossa equipe. Mas prefiro construir uma defesa muito boa a um elenco de reboteiros muito bons. Foi uma escolha, em síntese. Para mim, a real surpresa dos playoffs como o nosso rendimento ofensivo caiu. E digo isso com otimismo, pois sei que só temos a melhorar daqui em diante”, finalizou um animado Presti.
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