Fonte: Michael Gonzales/AFPA temporada 2021-22 da NBA, em sua fase regular, está cada vez mais próxima do fim e, hoje, vamos listar as piores trocas que ocorreram. Para fazermos o ranking, todas as negociações realizadas serão consideradas, desde a offseason.
Kings trocou Tyrese Haliburton
Era esperado que o Sacramento Kings fizesse trocas na última trade deadline e o nome de De’Aaron Fox era um dos mais especulados. No entanto, o time californiano negociou Tyrese Haliburton para o Indiana Pacers. Tudo bem que a equipe recebeu Domantas Sabonis, em contrapartida. Mas quando saiu Haliburton ao invés de Fox, havia uma certeza: o Kings fez bobagem (de novo).
Após confirmar a sua décima sexta temporada com campanha negativa, o Kings não evoluiu em nada. Além disso, a diretoria enviou Buddy Hield, que poderia ser utilizado em qualquer outra troca melhor que Sabonis. Vá lá, Sabonis foi para dois Jogos das Estrelas, mas passa longe de ser do primeiro escalão. Haliburton é excepcional defensor, arremessador e organizador. Tudo o que Fox não é. Fox é um cestinha (dos bons) e só.
Sorte do Pacers, que tenta montar um grupo mais forte para as próximas temporadas, depois de um vexame em 2021-22.
CJ McCollum trocado para o Pelicans
A gente entende que o Portland Trail Blazers estava querendo reformular seu elenco, mas liberar CJ McCollum por Josh Hart e Didi Louzada é muito pouco. Embora Hart seja um jogador subestimado e o brasileiro, promissor, não fez muito sentido. O Blazers poderia receber mais em troca. Bem mais.
É só ver o que McCollum anda fazendo no New Orleans Pelicans. Nos últimos cinco jogos, o time venceu quatro de seus adversários por, pelo menos, 15 pontos. E faltou pouco para superar o Denver Nuggets, mas acabou falhando na prorrogação no último domingo.
Enquanto isso, o Blazers faz campanha de reconstrução, Damian Lillard não joga e o time faz testes com jovens atletas.
Doação do Grizzlies ao Bucks
Foi doação, né? O Memphis Grizzlies olhou para o Milwaukee Bucks e pensou: “Ah, deixa eu mandar esse cara pra lá porque eles precisam mais que a gente”. Foi assim que o Grizzlies negociou Grayson Allen com o Bucks. Só pode. Não existe outra explicação.
De fato, o Bucks precisava de alguém ali, pois Donte DiVincenzo estava machucado e não iria começar a temporada jogando. Em contrapartida, os atuais campeões enviaram Sam Merrill e duas escolhas de segunda rodada de draft. Sério, foi isso.
Tudo bem que Allen passa do ponto de vez em quando, mas é excelente defensor e tem aproveitamento de 39.4% nos três pontos.
Hoje, Allen é titular no Bucks, enquanto Merrill foi dispensado em janeiro, após seis jogos pelo Grizzlies.
Russell Westbrook no Lakers
Tudo bem. Russell Westbrook é um dos 75 maiores jogadores de todos os tempos da NBA. Tem prestígio, números e tudo mais, mas não fazia sentido ele jogar ao lado de LeBron James. Não fazia e não faz. Os dois fazem a mesma função no jogo: ambos possuem, como característica principal, organizar o ataque por onde jogam. Então, a diretoria do Los Angeles Lakers tinha opções de trocas por Buddy Hield e DeMar DeRozan (sign and trade com o San Antonio Spurs). Optou por Westbrook.
Foi uma das piores trocas da atual temporada da NBA.
Sabe quem é o menos culpado disso tudo? O próprio Westbrook. O Lakers sabia da falta de encaixe, mas precisava de um armador melhor que Dennis Schroder. Tudo certo. Só que o combo Westbrook te dá, além de números positivos, muitos outros negativos. Se você acha que o povo pega muito no pé dele, leia o artigo que publicamos recentemente. Explica tudo.
O técnico Frank Vogel tentou de tudo: tirar a bola das mãos dele, tirar Westbrook dos momentos decisivos e cogitou utilizar o armador saindo do banco. Nada funciona.
Portanto, é provável que cada um siga seu caminho na próxima temporada. Westbrook ainda é capaz de produzir, vender camisa, e chamar a responsabilidade para si, como fizera no Washington Wizards. No Lakers, porém, não é possível.
Cam Reddish para o Knicks
Nathaniel S. Butler/AFP
Convenhamos, a troca não é ruim assim, mas Tom Thibodeau se recusa a dar tempo de quadra para Cam Reddish. O New York Knicks tem uma temporada horrorosa e, por enquanto, não vai a lugar algum. Por que não dar minutos a ele? Torcedores do Knicks esperam que isso mude dentro de algumas semanas, mas não tem acontecido. Reddish é um bom defensor e sabe arremessar. É tudo o que a NBA pede. No Atlanta Hawks, o jogador teve dois jogos com 30 pontos ou mais em um curto período. Ou seja, se ele tiver minutos, vai contribuir.
Embora Thibodeau não concordasse com a negociação, ela poderia fazer do Knicks um time bem mais competitivo. Em Atlanta, Reddish somou 11.9 pontos, 2.5 assistências, 1.0 roubada e aproveitamento de 37.9% em três pontos. Ele fazia isso em menos de 24 minutos por partida.
Tudo bem, o Hawks é um time que briga por play-in e as posições de ala e ala-armador estão lotadas. Natural que ele não tivesse espaço, mas no Knicks? Reddish poderia, muito bem, ser a primeira opção do banco.
Em contrapartida, o que o Hawks vai fazer com Kevin Knox? Nona escolha do draft de 2018, o ala não jogava no Knicks. Agora, em Atlanta, isso se repete e ele tem contrato expirante.
Por fim, o Hawks deu ao Knicks um bom jogador, recebeu alguém que não joga, uma escolha protegida de draft (top 18 em 2022, top 16 em 2023, top 14 em 2024 e 2025, mas pode resultar em duas de segunda rodada em 2026 e 2027).
Spurs foi legal com o Celtics
Assim como o Memphis Grizzlies fez com o Milwaukee Bucks, o San Antonio Spurs se livrou de Derrick White em troca com o Boston Celtics. O time de Massachusetts enviou Josh Richardson e Romeo Langford por White. Embora Richardson seja um bom defensor, ele pouco produziu no Celtics e, em San Antonio, praticamente não joga. E é por opção mesmo.
White deu ao Celtics uma ótima opção ofensiva saindo do banco de reservas, mas o que ele faz de melhor, ainda, é na defesa. Ele é uma ameaça ao oponente em todas as posses de bola, apesar de ser muito subestimado no quesito.
O Spurs deu mole. Fez uma das piores trocas na atual temporada da NBA, enviando um jogador capaz de ajudar dos dois lados da quadra.
Se o Celtics precisar, White também sabe organizar o ataque.
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