Saiba como ficaram Grizzlies, Raptors e Pistons após a troca tripla

Memphis Grizzlies, Toronto Raptors e Detroit Pistons movimentaram a NBA nessa quarta-feira, após a finalização de uma troca tripla. Na negociação, o time de Memphis obteve o ala-pivô Ed Davis e os alas Tayshaun Prince e Austin Daye, além de uma escolha de segunda rodada do draft, que seria do Raptors. Já o ala Rudy Gay se […]

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Memphis Grizzlies, Toronto Raptors e Detroit Pistons movimentaram a NBA nessa quarta-feira, após a finalização de uma troca tripla.

Na negociação, o time de Memphis obteve o ala-pivô Ed Davis e os alas Tayshaun Prince e Austin Daye, além de uma escolha de segunda rodada do draft, que seria do Raptors. Já o ala Rudy Gay se transferiu para o time canadense, juntamente com o pivô iraniano Hamed Haddadi. Por sua vez, a equipe de Detroit recebeu o armador espanhol Jose Calderon.

Acho que o Pistons foi o grande vitorioso na troca. Grizzlies e Raptors também não se deram mal na troca. Nas linhas abaixo explicarei o objetivo de cada franquia na negociação.

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Grizzlies

A nova direção do time de Memphis, que adquiriu a franquia há pouco tempo, queria aliviar a folha salarial e se livrou do jogador de “pior contrato” (Gay) e de um pivô que nem costuma entrar em quadra (Haddadi).

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Em contrapartida, o Grizzlies recebeu dois alas: um experiente (Prince) e um jovem (Daye), e um jogador de garrafão de muito potencial (Davis). Prince, de 32 anos, tem um contrato de 21,7 milhões de dólares válido até 2015. Obviamente, ele já não é mais aquele jogador que foi peça importante no título do Pistons em 2004. Apesar da queda, sobretudo física, ele chega ao time de Memphis para trazer experiência e mais solidez defensiva ao perímetro, que já conta com os ótimos defensores Mike Conley e Tony Allen.

Daye terá que disputar minutos em quadra com outro jovem ala, Quincy Pondexter. Já Davis vai preencher o vazio deixado por Marreese Speights, negociado na última semana com o Cleveland Cavaliers, também por questões econômicas. Com Marc Gasol, Zach Randolph, Ed Davis e Darrell Arthur, o Grizzlies terá uma das melhores rotações de garrafão da Liga.

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Sem Rudy Gay no elenco, a tendência é que a equipe concentre seu jogo ofensivo no garrafão, assim como fez em 2011, quando eliminou o então favorito San Antonio Spurs e chegou à final da conferência Oeste.

Enfim, o Grizzlies perdeu talento com a saída de Gay, mas ganhou alívio na folha salarial e encorpou o elenco. Muitos vão falar que a franquia jogou fora as chances de título. Só digo uma coisa: lembrem-se dos playoffs de 2011.

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Raptors

O time canadense tinha interesse em Rudy Gay há muito tempo. Vale lembrar que, há seis meses, antes da noite do último draft, o Raptors tentou adquirir o ala, mas não obteve sucesso. Na época, a franquia de Toronto ofereceu ao Grizzlies a oitava escolha do recrutamento e Calderon.

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A oportunidade de negociação apareceu agora e a franquia de Toronto não mediu esforços para conseguir o desejado ala. Para isso, abriu mão do armador  que vem sendo o titular na temporada e que tem contrato expirante (Calderon), e de um ala-pivô de muito potencial (Davis), que aproveitou muito bem a chance de ser titular com a contusão de Andrea Bargnani. Além disso, o Raptors cedeu ao Grizzlies uma escolha de segunda rodada de draft.

Agora, o time de Toronto tem um perímetro muito atlético e explosivo, com Kyle Lowry, DeMar DeRozan e Rudy Gay. Mas o detalhe é que a rotação nas alas está lotada: Alan Anderson, Terrence Ross, Landry Fields, Mickael Pietrus e Linas Kleiza. Vai ter mais de um jogador da posição esquentando o banco por um bom tempo…

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O Raptors queria o chamado franchise player e sair do marasmoConseguiu. Sem Ed Davis e com Bargnani sendo oferecido para todos os times da NBA, o time canadense quer dar mais tempo de quadra ao novato Jonas Valanciunas e a Amir Johnson, que vem fazendo uma boa temporada. O recém adquirido Hamed Haddadi não faz parte dos planos e deverá ser dispensado nos próximos dias.

Para 2013/2014, o Raptors não terá espaço na folha salarial para assinar com agentes livres de qualidade. Ao absorver o contrato de Gay, a franquia terá que melhorar o elenco através de trocas e do draft. Missão para Bryan Colangelo, gerente-geral da equipe.

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Pistons

O time de Detroit entrou de última hora na negociação e foi o que mais se deu bem, na minha opinião, já que pensou a médio e longo prazo. O Pistons liberou o veterano Tayshaun Prince, além do jovem Austin Daye, que pouco atuava. Em compensação, trouxe um armador de qualidade (Calderon). Mas o principal atrativo foi o contrato expirante do espanhol. Com a campanha fraca que vem fazendo, o time já está pensando nas próximas temporadas.

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Com essa movimentação e com os expirantes de Corey Maggette, Will Bynum, Jason Maxiell, a franquia de Detroit terá, na próxima temporada, 33 milhões de dólares de espaço na folha salarial para assinar com agentes livres de qualidade.

Joe Dumars, presidente do Pistons, tem uma chance de ouro para reconstruir o elenco. Ele só não pode repetir o erro de 2009, quando ofereceu um caminhão de dinheiro para Ben Gordon e Charlie Villanueva. Os resultados daquela desastrosa free agency ainda são sentidos pela equipe.

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O Pistons tem jovens de qualidade como Greg Monroe, Andre Drummond, Kyle Singler e Brandon Knight, uma escolha que deverá ser de loteria no draft deste ano e a oportunidade de contratar bons agentes livres na próxima offseason. Chris Paul, Dwight Howard, Josh Smith, Al Jefferson Paul Millsap, David West, Brandon Jennings, Kevin Martin, J.J. Redick, Tyreke Evans, entre outros, serão agentes livres a partir de julho. Por isso, os fãs da equipe devem ter muita esperança de que coisas boas estão por chegar ao Pistons.

Contratos dos jogadores envolvidos na troca

Detroit
Tayshaun Prince: contrato de 21,7 milhões de dólares válido até 2015
Austin Daye: contrato expirante de 2,9 milhões de dólares

Memphis
Rudy Gay: contrato de 53,6 milhões de dólares válido até 2015
Hamed Haddadi: contrato expirante de 1,3 milhão de dólares

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Toronto
Jose Calderon: contrato expirante de 10,5 milhões de dólares
Ed Davis: contrato de 5,3 milhões de dólares válido até o final da próxima temporada

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