O Naismith Memorial corrigiu uma de suas maiores injustiças recentes na histórica classe de 2020 do Hall da Fama. Entre ídolos como Tim Duncan e Kobe Bryant, o ex-jogador e técnico Rudy Tomjanovich finalmente conseguiu a aprovação mínima do comitê de honra para entrar no templo máximo do basquete. O ídolo do Houston Rockets desabafa que, após anos de espera, a confirmação da notícia ganhou contornos de inacreditável.
“Isso é uma sensação quase surreal. Deu aquele branco, uma desorientação, quase igual quando conquistamos títulos da NBA. Eu não cai na real até viajar para essa cerimônia de anúncio e ver alguns vídeos dos nossos times passando em uma televisão. Gostaria de aproveitar o momento e agradecer todos os treinadores que deram-me apoio nos últimos anos”, comemorou o veterano, em entrevista à ESPN.
Tomjanovich trabalhou por 34 anos ininterruptos no Rockets, onde comandou a equipe que foi bicampeã da NBA na década de 1990 e conquistou a medalha de ouro olímpica em Sidney-2000. Ele é um dos três técnicos da história do esporte a conquistar títulos da liga profissional norte-americana e das Olimpíadas. Mas, nesse momento de glória, sua maior lembrança remete ao amor pelo basquete que iniciou na infância.
“É realmente incrível pensar que estou entre os maiores, pois ainda lembro que minha mãe não tinha dinheiro e comprava livros de segunda mão dos atletas da NBA para poder acompanhá-los. Passei por muitas coisas como um fã do jogo para chegar até aqui”, refletiu o único homem da história da liga a acumular 10.000 pontos anotados como jogador e 500 vitórias como treinador.