O impasse entre Royce White e a direção do Houston Rockets parecia resolvido no fim de janeiro, quando o calouro foi reintegrado ao elenco e aceitou atuar pelo Rio Grande Valley Vipers, da D-League. No entanto, a calmaria não durou muito. Quase dois meses depois e ainda sem ter sido chamado de volta pela franquia, o ala acredita que o time está entre os muitos que não o querem na NBA por exigir o tratamento adequado a sua saúde mental.
“Se eu tivesse que dar um palpite, diria que [comissário da NBA] David Stern, [vice-comissário] Adam Silver, o Rockets, alguns donos de franquias e dirigentes me querem fora da NBA. Isso porque negócios giram em torno de fazer o que é conveniente e não de fazer o que é preciso. Várias vezes, o que é melhor para as pessoas não é o melhor para os negócios”, explicou White, em entrevista ao jornal The Huffington Post.
Para o novato, sua personalidade ativa e destemida pode ser encarada como uma ameaça nos bastidores da NBA. “Eu sou um problema porque não tenho medo de falar o que penso e ficar sozinho com minha posição. Passei por muita coisa tendo que advogar em causa própria contra uma corporação bilionária, mas acho que tenho sido bem sucedido – afinal, até agora, não fui tirado da liga ou colocado em uma lista negra”, avaliou, sem medir palavras.
Selecionado na 16ª escolha do último draft, White já participou de 12 partidas do Vipers na temporada da D-League. Neste período, ele acumula médias de 9.6 pontos, 5.6 rebotes, 3.3 assistências e 41.6% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Até o momento, não existem reclamações sobre o modo como o ala tem sido tratado na liga de desenvolvimento.