Rob Dillingham

O Jumper Brasil dá sequência à série “Prospectos do Draft 2024” com o armador Rob Dillingham. O atleta fez uma temporada chamativa como sexto jogador de Kentucky e, assim, surge como uma possível escolha TOP 5 do recrutamento. Confira a análise do site para o talento de 19 anos.

Idade: 19 anos
País: EUA
Time: Universidade de Kentucky
Posição: armador
Altura: 6’2.25″ (1,89m)
Envergadura: 6’3’’ (1,92m)
Peso: 74,5 kg

Médias nesta temporada (NCAA): 15,2 pontos, 2,9 rebotes, 3,9 assistências, 1,0 roubo de bola, 0,1 toco, 2,0 turnovers, 47,5% nos arremessos de quadra, 44,4% nas bolas de três pontos (com 4,5 tentativas por jogo) e 79,6% nos lances livres (com 3,1 tentativas) em 23,3 minutos por jogo

Atributos físicos e atléticos

– Dillingham, em primeiro lugar, é um armador baixo para os padrões da NBA atual. Os seus menos de 1,93m de altura e envergadura são um difícil encaixe em uma liga que caminha para times “homogêneos” fisicamente;

– As dimensões físicas, no entanto, são um pouco compensadas pela condição atlética. É um jogador bastante rápido e ágil, além de registrar bons resultados nos testes atléticos durante o Combine;

– Passa ainda mais impressão de ser pequeno por causa dos seus 74,5 quilos. Franzino em um nível quase proibitivo, pois só três jogadores que entraram em quadra nessa temporada da NBA registram um peso igual ou menor.

Ataque

– A NBA está cada vez mais “frenética”, então Dillingham imprime a velocidade e ritmo ao jogo que a liga busca. É um jogador que atua em alta rotação, força transições e coloca pressão nas defesas rápido;

– Possui o melhor controle de bola da classe, provavelmente. Ele muda de direção com rapidez e fluidez, enquanto exibe um vasto arsenal de recursos no drible para criar separação de defensores;

– É um finalizador criativo e acrobático, embora nem sempre eficiente. Apresenta um floater eficaz, mas, mais do que isso, combina agilidade e controle corporal para encontrar ângulos em torno do aro;

– Dillingham é um ótimo arremessador, que coloca muita pressão sobre as defesas por causa da capacidade de converter pull ups em alcance. Acertou quase 45% das suas tentativas de longa distância e 80% dos lances livres;

– Tornou-se um prospecto subestimado em termos de movimentação e posicionamento sem a posse da bola. Espaçou a quadra com eficiência na última temporada, pois virou um sólido chutador em catch and shoot;

– É um passador melhor do que recebe crédito em situações de pick-and-rolls. A NBA vai oferecer-lhe melhor espaçamento do que a NCAA e, com isso, essa virtude do seu jogo pode aparecer mais;

– Trata-se de um pontuador profissional e, por isso, está acostumado com alto volume ofensivo. Os playoffs sempre mostram a importância de ter atletas que podem “achar” uma cesta para você nos piores momentos. Dillingham é um desses.

Defesa

– Até mostra algum potencial como defensor em ponto de ataque por causa das mãos rápidas e velocidade. Mas, no geral, é um dos piores – se não o pior – marcador da classe no um contra um;

– O prospecto conseguiu registrar um roubo de bola em média na última temporada por insistência, pois tenta quebrar linhas de passe o tempo inteiro. Não mostra instintos apurados para isso e compromete a equipe;

– É um marcador “coletivo” tão ruim quanto individual, por incrível que possa parecer. Jogador defensivo avoado, que observa a bola e deixa os adversários se livrarem do seu controle com enorme facilidade;

– Dillingham apresenta óbvias limitações físicas para ser um defensor positivo, mas o problema é maior. A forma como ele fica “preso” em bloqueios e desiste de jogadas, por exemplo, evidencia um atleta que não se esforça o bastante.

Pontos fracos

– A sua estatura e envergadura, para começar, são limitadores por si só. Vai ser muito difícil “escondê-lo” no lado defensivo, enquanto tende a enfrentar marcadores muito mais altos e físicos entre os profissionais;

– É o tipo de jogador que, a princípio, exige um sistema em torno dele para cobri-lo. Um protetor de aro de alto nível vai ser imprescindível, se tiver essa mesma postura defensiva na NBA;

– Assim como qualquer prospecto de suas características, a seleção de arremessos de Dillingham é um trabalho em progresso. Exibe a tendência, em particular, de tentar tiros precipitados com poucos segundos de posse;

– Ainda não se trata de um armador que consegue organizar um ataque ou envolver os seus companheiros de forma regular. Estamos falando de um combo guard baixo e, assim, o seu encaixe torna-se ainda mais complicado;

– E, afinal, como esse prospecto pode ajudar o meu time quando a sua bola não cai? O seu impacto em outras áreas do jogo é mínimo e, por isso, tornou-se “injogável” em noites ruins por Kentucky;

– Dillingham foi um sexto jogador no basquete universitário, pois era o papel em que melhor se encaixava. O histórico de jogadores que foram reservas na NCAA e, depois, viraram titulares na NBA é bem curto;

– Não há dúvidas de que Dillingham é um dos prospectos mais divertidos de se assistir em quadra. Mas, nesse momento, ele joga basquete como quer. Parte de ser um atleta profissional é se esforçar mais em áreas que não domina ou gosta.

Conclusão

Dillingham, em síntese, é um jogador ofensivo elétrico. Acompanhá-lo em quadra é uma aventura por causa de sua velocidade, ímpeto e habilidade especial para criar separação de defensores. Por outro lado, deve ser o pior defensor da classe. Até já vimos esse tipo de atletas serem ótimos na NBA, mas, em geral, trata-se de talentos extraordinários. Afinal, Dillingham é bom a esse nível? Essa é a pergunta que fica.

Comparações: Darius Garland (Cavaliers) e Lou Williams (ex-Clippers)

Projeção: TOP 10

Confira alguns lances do prospecto do Draft 2024, Rob Dillingham

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Rob Dillingham – NBA Draft 2024

Armador de Kentucky é projetado como uma das dez primeiras escolhas do recrutamento desse ano