RJ Barrett, certamente, não é o jogador mais lembrado quando o assunto é a ascensão competitiva do New York Knicks na NBA atual. O ala-armador não era o atleta favorito dos torcedores em sua passagem pelo time. E a troca em que esteve envolvido, aliás, trouxe um dos jogadores mais importantes do elenco hoje. Mas ele acredita que deve receber mais crédito por sua participação nesse processo.
“Eu acho que as pessoas esquecem o que nós construímos em Nova Iorque. E, mais do que isso, que ajudei a construir também. Quando cheguei à equipe, a gente não estava nem perto de competir por alguma coisa. No entanto, logo na temporada seguinte, nós retornamos aos playoffs. É duro conquistar o amor dessa cidade, mas entregamos um produto pelo qual valia a pena torcer”, disse o jovem, em entrevista à revista Sharp.
Barrett foi escolhido com a terceira posição do draft de 2019. Dois anos depois, com o jogador como titular, a franquia voltou aos playoffs após jejum de quase uma década. Mais um passo à frente veio em 2023, quando ajudou os nova-iorquinos a vencerem a sua primeira série de pós-temporadas em dez anos. Mas, durante a última temporada, ele acabou trocado com o Toronto Raptors por OG Anunoby.
“Há algumas coisas das quais sinto falta em Nova Iorque. Tenho saudades dos colegas de time, pois criamos uma relação forte ao longo dos anos. Eu sinto falta do torcedor, pois a pressão que existe lá é bem especial. Mas Toronto também me traz um tipo de cobrança diferente. Estou pressionado porque esse é o meu retorno para casa, mas encaro essa pressão como uma bênção”, contou o atleta de 24 anos.
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Volta para casa
Então, o Knicks é passado na vida de RJ Barrett na NBA. E deixou isso claro em quadra, pois teve um início forte com a camisa do Raptors. Ele registrou médias de 21,8 pontos, 6,4 rebotes e 4,1 rebotes em seus 32 jogos pela nova equipe. Além disso, acertou mais de 55% dos arremessos que tentou. Todas as marcas são superiores a qualquer temporada anterior da carreira do canadense.
“Jogar em Toronto é, antes de tudo, um sonho que virou realidade para mim. Eu cresci, afinal, com o meu pai me levando aos jogos dessa equipe. Quando descobri que a troca era para cá, eu não soube direito como agir. Precisava me beliscar a todo instante, pois era o que sempre quis. Eu dizia para as pessoas que jogaria pelo Raptors sem acreditar no que estava acontecendo”, lembrou o ala-armador.
Barrett foi selecionado no draft no ano em que a franquia do Canadá conquistou o título da NBA. Ele sente que, agora, a sua missão é escrever um novo capítulo nessa história. “Estar em casa faz com que veja várias coisas que já vivi sob uma nova perspectiva. Eu quero ser campeão aqui, mas também quero ‘carregar’ todos que estão comigo a essas vitórias”, ressaltou.
“O cara”
Barrett chegou à NBA com altíssimas expectativas depois do draft. Não se tornou o astro que o torcedor do Knicks esperava e, assim, virou alvo de críticas com o tempo. O ídolo Carmelo Anthony, por exemplo, já o definiu como um jogador decepcionante durante a sua passagem por Nova Iorque. O ala-armador sabe que ainda corre atrás dessas altas projeções, mas aprendeu a relativizá-las ao longo da carreira na liga.
“É interessante pensar em tudo o que me trouxe até aqui. Tive altos e baixos, instantes bons e ruins, mas tem sido uma jornada extraordinária. Eu mudei bastante e, por isso, há muitas pessoas que preciso agradecer. Quanto mais envelheço, mais percebo que a minha ideia de sucesso não é o que todos esperam. Ser ‘o cara’, em síntese, é sobre quantas pessoas consigo levar comigo até o topo”, concluiu o jovem pontuador.
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