Rivalidade entre Knicks e Pacers nos playoffs da NBA é antiga

Sexto jogo da série acontece nesta noite

Pacers Knicks playoffs NBA Fonte: Reprodução / X

O sexto jogo da série entre New York Knicks e Indiana Pacers pela semifinal do Leste nos playoffs da NBA acontece nesta sexta-feira. Caso o time de Nova York vença fora de casa, avança às finais de Conferência contra o Boston Celtics. Mas se der Pacers, a sétima partida acontece na casa do Knicks no domingo.

Enquanto a rivalidade entre as duas equipes vem de longa data em mata-matas, Indiana tem a vantagem no confronto, com 24 vitórias e 22 derrotas (incluindo 2024). No entanto, a atual série tem New York na liderança por 3 a 2.

New York Knicks e Indiana Pacers jamais varreram um ao outro desde o primeiro confronto nos playoffs de 1993 da NBA. Naquela época, o time de Nova York tinha como principal destaque o pivô Pat Ewing, enquanto Indiana contava com o cestinha Reggie Miller. Só que a defesa do Knicks tinha caras como Charles Oakley, Anthony Mason e Doc Rivers (sim, o atual técnico do Milwaukee Bucks).

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Apesar de Miller fazer mais de 31 pontos por jogo de média na série, ele contou apenas com as ajudas de dois caras grandes: o pivô holandês Rik Smits e o ala-pivô alemão Detlef Schrempf. O resto do time não colaborava, embora o banco tivesse jogadores capazes disso, como George McCloud e Jerome (Pooh) Richardson.

Então, o Knicks venceu por 3 a 1 (na época, a primeira rodada era melhor de cinco) e avançou até alcançar às finais do Leste. Aí a coisa complicou, pois enfrentou o Chicago Bulls. E aí, você já sabe, né? Michael Jordan mitou e o Bulls foi campeão de Conferência e, dias depois, da NBA.

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Leia mais sobre Knicks e Pacers

Vale ressaltar, entretanto, que os confrontos eram muito físicos e havia trash talk para todos os lados. O que você esperava? Reggie Miller tinha Dale Davis, LaSalle Thompson, enquanto Pat Ewing estava cercado de “anjos” como John Starks, Charles Oakley e Anthony Mason. Starks, inclusive, deu uma cabeçada em Miller no jogo 3 e participou da quarta partida. Foi expulso daquele embate, mas nada de suspensão.

Só que o confronto aconteceu nas duas temporadas seguintes, deixando os ânimos ainda mais exaltados.

Em 1994, por exemplo, o Pacers empatou a série em 2 a 2. Então, no quinto jogo, o Knicks vinha melhor e com chances reais de vencer em casa. Só que Miller iniciou a reação com uma parcial de 17 a 2 em pleno Madison Square Garde, fez 25 pontos no último quarto, provocou Spike Lee e venceu para Indiana virar em 3 a 2.

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No entanto, o Knicks venceu as últimas duas e levou a série com mais uma virada.

Naquele ano, o time de Nova York foi às finais da NBA (Jordan estava aposentado pela primeira das três vezes), mas perdeu para o Houston Rockets na decisão.

Final épico

Já em 1995, Reggie Miller apareceu mais uma vez. O Knicks vencia o Pacers por 99 a 95, restando um minuto para o fim do primeiro jogo das semifinais do Leste nos playoffs da NBA. Depois, restando 32 segundos para o fim, o time de Nova York tinha a posse de bola após rebote ofensivo, liderando por 101 a 97. Indiana ainda demorou sete segundos para cometer a falta. John Starks ampliou a vantagem para seis.

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Byron Scott cortou para quatro, mas Greg Anthony (pai de Cole Anthony, armador do Orlando Magic) sofreu falta e converteu dois lances livres. Restavam apenas 18 segundos para acabar.

Então, veio o “milagre” de Reggie Miller. Primeiro, ele acertou uma de três. Na sequência, roubou a bola na saída do Knicks e empatou em 105. Starks sofreu outra falta, mas errou os dois lances livres. Após uma batalha pelo rebote, Miller levou falta, converteu os dois lances livres e virou em 107 a 105. Desde aquela primeira cesta dele no fim, foram oito pontos em nove minutos.

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O Pacers venceu o jogo e a série após sete partidas.

Indiana foi às finais do Leste, mas por lá encontrou um Orlando Magic com Shaquille O’Neal e Anfernee Hardaway e parou em sete jogos.

1998: Pacers passa fácil pelo Knicks

Mais uma vez em semifinais do Leste pelos playoffs da NBA, Knicks e Pacers se enfrentaram. Mas Patrick Ewing, já aos 35 anos, não era mais o mesmo. Tanto que o cestinha de Nova York foi Allan Houston, que chegou dois anos antes vindo do Detroit Pistons.

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Houston foi parte de um combo de contratações da equipe, ao lado de Chris Childs (ex-New Jersey Nets) e Larry Johnson (ex-Charlotte Hornets). Mas era pouco. Isso porque o Pacers tinha um time muito melhor.

Chris Mullin e Mark Jackson, além de um então jovem Jalen Rose e um Antonio Davis, em crescimento na carreira, reforçaram um elenco que já contava com Dale Davis, Smits e Miller. No fim, 4 a 1 sem grandes problemas, mas com muitas brigas.

1999: a revanche do Knicks

Se em 1998 Ewing já não era mais uma grande referência, imagine no ano seguinte. Então, a direção do Knicks recebeu o então garoto Marcus Camby em troca por Charles Oakley em fim de carreira, além de Sean Marks (sim, aquele que a torcida do Brooklyn Nets ama). Ao mesmo tempo, o time fez uma aposta de risco em Latrell Sprewell.

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Spree era ótimo jogador, um cestinha nato, mas com um parafuso a menos. Ele foi suspenso um ano antes por tentar estrangular (isso mesmo) o então técnico do Golden State Warriors PJ Carlesimo. O detalhe é que ali, Sprewell já era três vezes All-Star. Então, o Knicks despachou o veterano Terry Cummings, o ala Chris Mills e John Starks para o Warriors para receber o craque.

Mas aquela temporada foi a do primeiro locaute da NBA. Ou seja, greve. A campanha, ao invés de ter 82 jogos, foi encurtada para 50.

Só que o Knicks tinha muitos problemas. Larry Johnson, por exemplo, sentia fortes dores nas costas. Ewing não atuava com frequência, enquanto Charlie Ward era titular por ser um ótimo defensor, mas pouco colaborava pontuando. O próprio Sprewell perdeu alguns jogos no começo da temporada.

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Assim, a equipe só foi aos playoffs com a oitava posição.

Mas como era um time de muita raça, bateu o Miami Heat na primeira rodada com cesta de Allan Houston no fim. Depois, o Knicks atropelou o Atlanta Hawks e encontrou o Pacers mais uma vez na final do Leste.

Com Ewing se arrastando em quadra, ele sofreu uma lesão no segundo jogo da série e não voltou mais. Assim, Chris Dudley assumiu a titularidade, enquanto Kurt Thomas o auxiliava no garrafão e Camby vinha do banco.

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Jogos 5 e 6

A série, como quase sempre, estava equilibrada. Um empate em 2 a 2. Então, a quinta partida aconteceria em Indianapolis. O Pacers entrou no último quarto na frente, enquanto o Knicks tinha sérios problemas ofensivos. Mas Larry Johnson encontrou forças sabe-se lá de onde para fazer 12 de seus 17 pontos naquele período, incluindo duas cestas de três decisivas.

Com a vantagem na série, o Knicks bateu o Pacers com grandes apresentações de Houston, Sprewell e, principalmente, Camby. O pivô saiu do banco para somar 15 pontos, nove rebotes e três bloqueios, enquanto Larry Johnson não tinha condições de pisar em quadra.

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O Knicks foi às finais da NBA mais uma vez, mas perdeu de novo para um time texano. Agora, para o San Antonio Spurs das “Torres Gêmeas” David Robinson e Tim Duncan.

Troco do troco do Pacers

Em 1998 deu Pacers. No ano seguinte, o Knicks venceu. Então, em 2000, Indiana voltou a vencer.

Pat Ewing, pasme, ainda era o pivô titular do Knicks. Ele, aos 37 anos, lutava contra o próprio corpo para seguir jogando. No entanto, ele sofreu uma lesão ainda no primeiro quarto do segundo jogo das semifinais do Leste e perdeu as duas partidas seguintes.

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Enquanto isso, o Pacers não tinha mais Chris Mullin. Reggie Miller estava começando a cair, mas Jalen Rose era realmente muito bom.

Após abrir 2 a 0 na série, o Pacers permitiu o empate do Knicks nos playoffs de 2000 da NBA. Muito por conta de Larry Johnson, mais uma vez brilhando nos arremessos de três.

Para quem não sabe quem foi Johnson, ele era um dos jogadores mais fortes da liga. Apesar de baixo (2,01 metros), o ala-pivô era muito explosivo no início de carreira, algo que lhe rendeu convocações para o All-Star Game. No entanto, ele era bastante pesado. Era algo como um Zion Williamson nos dias de hoje. Só que por conta de todo esse peso, ele tinha muitas dores na coluna.

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Então, ele adicionou o arremesso do perímetro em seu repertório para seguir brilhando. Fez 25 pontos (cinco cestas de três) no jogo que o Knicks empatou a série.

Mas Ewing queria voltar para as partidas restantes, só que sua condição física estava muito abaixo do normal. E contra uma defesa como a do Pacers, não teve a menor chance nos últimos dois jogos.

Ali, foram as últimas partidas do pivô pelo Knicks.

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O Pacers foi às finais, mas encontrou Shaquille O’Neal e Kobe Bryant pelo Los Angeles Lakers. Shaq brilhou, foi o MVP da decisão e o Lakers venceu.

2013

Depois de muitos anos com sérios problemas na administração, o Knicks foi aos playoffs apenas uma vez nos próximos nove anos. Em 2011 e 2012, o time até foi aos mata-matas, mas caiu logo na primeira rodada. Então, em 2013, voltou a encontrar o Pacers em semifinais de Conferência.

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Só que Indiana tinha um time melhor e um jovem astro crescendo de produção (Paul George). Apesar de o Knicks contar com Carmelo Anthony e Amare Stoudemire (sem condições de contribuir normalmente), o Pacers ganhou após seis jogos.

No entanto, parou no Miami Heat do trio LeBron James, Dwyane Wade e Chris Bosh. Um jogo, em específico, o técnico Frank Vogel fez uma grande bobagem ao tirar Roy Hibbert de quadra, abrindo espaço para LeBron desfilar no garrafão.

2024

Indiana Pacers e New York Knicks voltaram a se encontrar nos playoffs após um longo período. Após os dois primeiros jogos em Nova York, o Pacers enviou um relatório constando 78 erros da arbitragem. Indiana empatou jogando em casa, mas o Knicks venceu a quinta partida.

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Hoje, o Pacers recebe o Knicks com as costas na parede para forçar um jogo 7 nos playoffs da NBA.

E aí, quem leva hoje?

Então, acerte o seu aí que eu vou arredondar o meu aqui e fique de olho no Jumper. Um abraço, my friend.

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