Fonte: Barry Gossage / AFPO Phoenix Suns protagonizou, talvez, a maior troca da história da NBA em trades deadlines ao adquirir o craque Kevin Durant. Mas, como esperado, a negociação não saiu barato. A equipe precisou abrir mão dos alas Mikal Bridges e Cameron Johnson, além de quatro seleções de primeira rodada de draft, pelo astro. É uma transação que pode parecer arriscada, mas Mat Ishbia garante que não foi.
“Eu não acho que há risco nesse negócio, antes de tudo. Não vejo risco nenhum, na verdade. Vejo uma decisão. Uma decisão que tomamos com convicção e, por isso, estamos prontos para bancá-la. Não significa, no entanto, que tudo vai dar certo e conquistaremos vários títulos. É preciso entrar em quadra e jogar para conquistar. Mas realmente não vejo nenhum risco”, cravou o novo dono da franquia.
Para Ishbia, a aquisição de Durant é até mais do que um movimento que abala as estruturas da NBA. Em síntese, é o seu cartão de visitas dentro da liga. O negócio foi fechado, afinal, menos de 48 horas após ser oficializado como o mandatário do Suns. Ele nega que a transação mostre a pressa ou imediatismo em ser campeão, mas é um sinal claro de sua voracidade como empresário.
“Eu não preciso chegar aqui e vencer um campeonato já no primeiro ano. Planejo, afinal, ser dono da franquia por uns 50 anos. Mas, ao mesmo tempo, nunca entrei em algo na minha vida para não ganhar. Eu sei que todo mundo tem uma opinião, então coisas vão ser ditas. No entanto, se não formos campeões agora, ainda acho que tomamos a decisão certa”, ponderou o magnata do ramo de hipotecas.
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O jogo mudou
O Suns já havia discutido, anteriormente, uma troca para trazer Kevin Durant junto ao Brooklyn Nets. O negócio tinha chances reais de sair, por exemplo, na offseason passada. No entanto, não aconteceu. E o que mudou desde então? A presença de Ishbia, basicamente, no lugar do criticado Robert Sarver. Ele não julga o antigo dono, mas conta que as negociações foram rápidas e “fáceis”.
“Eu não sei como foram as conversas da offseason, pois não estava aqui. Mas as nossas tratativas duraram horas ao longo de uns dias. Precisei entender taxas e implicações financeiras da negociação, obviamente, mas isso foi uma questão de cinco segundos. Vamos fazer o que for necessário, afinal, para vencer e sermos bem sucedidos”, revelou o mandatário de 43 anos.
Uma das críticas do torcedor do Suns à gestão de Sarver era a falta de ousadia. A franquia parecia ser tratada, acima de tudo, como um negócio que precisava dar lucros. E, assim, as pretensões competitivas ficavam em segundo plano. O título quase veio, mas nunca soou como uma prioridade. Nessa nova gestão, os fãs podem esperar uma postura muito diferente por parte do comando.
“Acredito que o dinheiro segue o sucesso nos negócios, não o contrário. Não estou focado, então, em economizar cada dólar que puder. Eu prometo que essa equipe vai ser lucrativa, pois o dinheiro vai vir. Mas a nossa mentalidade é vencer. Trazer Kevin foi uma decisão coletiva porque todos estávamos dispostos a fazer a troca. Dinheiro não é o problema”, garantiu Ishbia.
Decisão certa
Uma enorme troca por alguém como Kevin Durant, por fim, sempre é uma decisão crítica para o Suns ou qualquer outra franquia. É um grande jogador, mas também exige um alto investimento. Vem acompanhado, além disso, de grande expectativa. Ou seja, não é uma resolução simples. Ou melhor, não costuma ser. Porque Ishbia afirma que, para o seu pensamento de basquete, foi bem simples.
“Não foi uma decisão difícil, pois foi o certo a ser feito. Nós não queríamos perder jogadores como Mikal e Cam. Eles são vencedores e fazem bem para o time, mas foram o preço a ser pago pelo caminho certo. Queremos conquistar títulos e, mais do que isso, criar uma cultura vencedora. Então, o que vai ser melhor para esse time nos próximos três ou quatro anos? Foi isso que pensamos”, justificou.
O Suns sobe de patamar na visão da maioria das pessoas agora. E, como resultado, a pressão vai aumentar. A equipe do Arizona retorna aos holofotes e já estava em uma trajetória ascendente antes do All-Star Game. Para muita gente, é título ou nada para Phoenix daqui para frente. Ishbia, no entanto, não vai julgar a troca pelo número de campeonatos que conquistar.
“Você precisa tomar a melhor decisão possível com as informações que possui e, em seguida, viver com os resultados. Foi isso o que fizemos ao trocar por Kevin. Vamos tentar fazer funcionar, mas, se perdermos, estamos tranquilos. Sabemos, afinal, que tomamos a decisão certa”, reforçou o confiante empresário.
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