Sacramento Kings (28-54) – 13º lugar na conferência Leste
Time base
Isaiah Thomas
Tyreke Evans
John Salmons
Jason Thompson
DeMarcus Cousins
Principais reservas
Patrick Patterson
Marcus Thornton
Chuck Hayes
Toney Douglas
James Johnson
Líderes (mínimo de 30 jogos disputados)
Pontos: DeMarcus Cousins – 17.1
Rebotes: DeMarcus Cousins – 9.9
Assistências: Isaiah Thomas – 4.0
Roubadas: DeMarcus Cousins – 1.4
Bloqueios: James Johnson – 0.9
Agentes livres irrestritos: Toney Douglas (assinou com o Golden State Warriors), James Johnson e Cole Aldrich.
Agentes livres (player option ou qualifying offer): Tyreke Evans (trocado com o New Orleans Pelicans).
Não há modo gentil de dizer isso: o Sacramento Kings acomodou-se com a mediocridade nos últimos anos. Assim, a última temporada foi apenas mais um capítulo no histórico recente de fracassos da franquia – o que ainda se torna ainda mais melancólico quando se percebe que as 28 vitórias conquistadas na campanha são a melhor marca do time desde 2008. Essa é a rotina dos californianos: inércia e derrotas. Com um elenco bem semelhante com ao de anos anteriores e técnico fraco (Keith Smart), não dava para imaginar o cenário mudando.
O fraco recorde é um reflexo de um time que, como de costume, nunca conseguiu decolar ou emplacar durante o ano. O Kings venceu três jogos consecutivos apenas uma vez e perdeu três ou mais partidas seguidas em dez oportunidades. Para piorar, no meio desta temporada, teve que lidar com situações que foram desde o temperamento explosivo e suspensões do pivô DeMarcus Cousins a inexplicável troca de Thomas Robinson – que haviam selecionado meses antes com a quinta escolha do último draft.
Sem dúvidas, a maior (e talvez única) vitória do Sacramento Kings foi ter evitado sua extinção. Em janeiro, a equipe chegou a ser vendida para um grupo de investidores de Seattle e esteve sob sério risco de sair da Califórnia. Um esforço liderado pelo prefeito Kevin Johnson fez com que a mudança fosse vetada pela NBA e a cidade mantivesse a franquia. No fim das contas, a sensação é que tudo poderia ser pior: o time vai mal, mas pelo menos ainda existe um time lá.
O que deu certo
Em sua primeira temporada saindo do banco, Marcus Thornton confirmou as previsões de que seria perfeito para a função de sexto jogador. Como reserva, o ala-armador teve uma das campanhas mais eficientes da carreira e esteve entre as poucas coisas que deram certo no Kings. Ele foi o quarto cestinha da equipe no ano (12.7 pontos por jogo) atuando somente 24.0 minutos em média. Mais do que isso, teve o melhor índice de true shooting percentage como profissional (55.2%) – o que revela melhora na seleção e conversão de arremessos – cometendo menos de um erro de ataque por confronto (0.94).
Thornton destaca-se, inclusive, quando comparado com outros sextos jogadores da liga: ele foi um dos três reservas da liga a ter duas ou mais atuações de 30 ou mais pontos na temporada e teve 13 partidas com, no mínimo, 20 pontos saindo do banco.
O que deu errado
O fracasso do Kings nos últimos anos passa obrigatoriamente pela defesa. É uma equipe que marca mal porque não tem qualidade, equilíbrio e, acima de tudo, vontade. Sacramento ficou somente acima do Charlotte Bobcats no índice de eficiência defensiva, permitindo (abissais) 108.6 pontos a cada 100 posses de bola dos adversários. O time ainda foi quem mais cedeu pontos em transição na temporada e permitiu maior aproveitamento aos oponentes em tentativas de cesta dentro de garrafão (58.5%).
Ou seja, pontos fáceis nunca foram tão fáceis quanto quando se jogou contra o Kings.
Futuro
Certamente, a venda do Kings para um grupo de investidores da cidade de Sacramento é a melhor notícia que a franquia recebeu nesta década. Parte da inoperância do time vinha da postura descompromissada dos antigos donos, os irmãos Maloof, que investiam cada vez menos na organização e militavam abertamente pela mudança de sede da equipe. Todos ganham com o afastamento deles da NBA.
A nova direção chegou fazendo mudanças no comando do time (Mike Malone), gerência geral (Pete D’Alessandro) e trocando um dos dois principais atletas do elenco (Tyreke Evans) com o New Orleans Pelicans por uma necessidade latente – um armador passador, Greivis Vasquez. Já é mais atitude, mais reação do que nos acostumamos a ver em Sacramento. É um começo. Começo de um processo que deverá ser mais lento do que muitos imaginam, pois a franquia está praticamente presa com seu atual elenco. Contratos até 2015 com John Salmons, Chuck Hayes, Travis Outlaw e outros são parte da herança maldita deixada pelos Maloofs.
O primeiro passo foi dado pelo Kings, mas as coisas ainda estão longe de se acertar em Sacramento.