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Portland Trail Blazers (51-31)
Playoffs: quarto colocado na conferência Oeste. Eliminado pelo Memphis Grizzlies na primeira rodada em cinco jogos
MVP do time na campanha: LaMarcus Aldridge – 23.4 pontos, 10.2 rebotes e um toco
Pontos positivos
– LaMarcus Aldridge ditou o ritmo do Blazers na temporada. Foram quase 20 arremessos por partida, com aproveitamento de 46%. Números significativos, mas que se tornaram ainda mais cruciais após o ala-pivô adiar uma cirurgia na mão esquerda em janeiro, após romper um dos tendões. O procedimento tiraria Aldridge de ação por até quatro meses, o que na época, representaria o fim da temporada regular do jogador, que só voltaria às vésperas dos playoffs. A decisão de Aldridge permitiu ao Trail Blazers assegurar o mando de quadra na pós-temporada.
– O quinteto ideal do Blazers realmente funcionou. Quando iniciou as partidas com Damian Lillard, Wesley Matthews, Nicolas Batum, Robin Lopez e Aldridge, a equipe de Portland venceu 24 vezes, e perdeu apenas oito, alcançando um aproveitamento de 75%. Além deste quinteto, o técnico Terry Stotts iniciou partidas com outras 19 formações, e as alterações resultaram em 23 derroas em 50 jogos, derrubando o aproveitamento para 26%.
– Ataque e defesa funcionaram bem em conjunto na temporada 2014-15. Após ter o 4ª melhor ataque e a 8ª pior defesa na temporada passada, o técnico Terry Sttots conseguiu equilibrar os números nos dois lados da quadra, alcançando o nono melhor ataque com 102.8 pontos e a 11ª melhor defesa com 98.6 pontos sofridos por jogo.
Pontos negativos
– Contusões, contusões e mais contusões. Fora o armador Damian Lillard, que iniciou todas as partidas do Trail Blazers na temporada, e o fato de Aldridge ter adiado sua cirurgia, os outros três titulares perderam tempo na temporada. Robin Lopez quebrou a mão e ficou fora de 23 jogos. Batum sofreu com dores nas costas, no pulso e ainda teve uma contusão no joelho, enquanto Matthews rompeu o tendão de Aquiles e não atuou mais após o início de março.
– Três problemas durante a temporada formam uma justificativa considerável para o rendimento de Batum na temporada. O francês não jogava tão pouco desde 2011-12, quando atuou por três minutos a menos por partida. Seu número de arremessos tentados caiu de 10 para oito, e o aproveitamento de acertos despencou para 40%. Após uma temporada de 13 pontos, 7.5 rebotes e 5.1 assistências, o ala foi a principal decepção do Blazers, o que forçou ainda mais a dependência da dupla Aldridge e Lillard.
– Os 26% de aproveitamento quando um dos cinco titulares não iniciou a partida provam o fraco trabalho do banco da franquia de Oregon. Os reservas do Trail Blazers tiveram a 6ª menor média de minutos da NBA, com 16 por noite. A restrição de tempo em quadra resultou na 4ª pior contribuição em pontos no quesito, com 27.4. Não foi atoa que os titulares somaram para mais de 75% das tentativas de arremesso da equipe por jogo.
Análise
Portland conseguiu afastar os rumores sobre uma possível saída de Aldridge após a temporada 2014-15, mas não chegou nem perto de resolver o problema do banco de reservas durante a offseason para o novo campeonato. Após perder Mo Williams, seu melhor contribuinte vindo do banco, a franquia apostou nos veteranos Steve Blake e Chris Kaman, que não deram conta do recado.
O ótimo quinteto titular resolveu, e se a equipe conseguiu ficar entre as quatro melhores do Oeste, deve-se ao alto rendimento de Aldridge, Lillard e Matthews, que jogaram o seu máximo durante a temporada regular. Até a parada para o Jogo das Estrelas, Portland estava empatado com o Houston Rockets e a frente do Los Angeles Clippers, equipes que terminaram a frente do Blazers ao final dos 82 jogos.
A parte dos problemas com o banco na metade da temporada, a diretoria buscou o ala Arron Afflalo, mas o plano foi por água abaixo com a lesão de Matthews. A equipe forçou até o máximo seus titulares e pagou o preço da ótima campanha logo na primeira rodada da pós-temporada.
Um ano após Lillard vencer a série contra o Houston Rockets, a torcida do Blazers viu seu time perder três jogos seguidos para o Memphis Grizzlies e dar adeus a temporada 2014-15, talvez, a última boa chance de conquistar o segundo título da franquia nos próximos anos.
Futuro
A saída de LaMarcus Aldridge de Portland após oito anos foi um choque. Por mais que o jogador não tenha repetido os discursos de meses atrás, se comprometendo com a franquia, a expectativa sobre a volta de Aldridge só deixou de existir quando o ala-pivô assinou com o San Antonio Spurs. Perder o seu Franchise Player sempre afetará os planos para o futuro, e com Portland não foi diferente.
O Blazers decidiu seguir novos caminhos ao não renovar com Wesley Matthews e Robin Lopez, além de trocar Batum por Gerald Henderson e o jovem Noah Vonleh. Lillard será o novo líder do time. O jogador assinou um novo contrato no valor de US$ 120 milhões por cinco anos e comandará a maior mudança para a nova temporada: A velocidade da equipe em quadra. Substituto de Batum, Al-Farouq Aminu também será grande arma em contra-ataques e jogadas ofensivas com poucos toques.
A nova dupla de garrafão, Mason Plumlee e Ed Davis, não terá o mesmo número de tempo com a bola que Aldridge tinha, facilitando o jogo mais rápido.
Após duas temporadas seguidas na pós-temporada da forte conferência Oeste, Portland não deve atuar na segunda metade de abril em 2016, e trabalhará em uma base forte via draft e agência livre daqui a um ano.